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16/11/11 | 12:36h (BSB)

Valadares: "Densidade eleitoral de Adelson é meritória, como também a nossa"

Valadares Filho diz que "tentam passar impressão de ocorrer problema", mas escolha do PSB partirá do eleitor

Por Raissa Cruz

 

 

Apesar de ter ouvido no Encontro do PSB, diante do presidente nacional do partido, Eduardo Campos, e de lideranças sergipanas, o deputado estadual Adelson Barreto dar a entender em seu discurso que sua reconhecida densidade eleitoral deve pesar na escolha do candidato do PSB à Prefeitura de Aracaju, o deputado federal Antônio Carlos Valadares Filho preferiu minimizar. E avaliando como "normal" a postura de Adelson, se valeu do eleitorado de ambos para comentar: "a densidade eleitoral de Adelson é indiscutível, como também a nossa demonstrada nas urnas em 2006 e 2010". Nesta entrevista ao Universo Político.com, além de falar sobre sua atuação parlamentar, Valadares enfatiza que a definição do PSB entre ele ou Adelson para participar da disputa a prefeito da capital partirá do eleitor. "Vamos conversar com os outros partidos, mas principalmente vamos saber o que deseja o principal interessado: o eleitor", disse ele. Veja mais:

 

 

Universo Político.com - O deputado Valadares Filho está decidido a disputar como prefeito de Aracaju?

Valadares Filho - Dentro do bloco que reelegeu o governador Marcelo Déda em 2010 tem vários pré-candidatos. O PSB colocou à disposição o meu nome e o do deputado Adelson Barreto. Não há nada decidido, mas as pré-candidaturas do PSB já saíram dos muros do partido e tem recebidos apoios não só da sociedade, mas a simpatia de vários outros partidos.

 

 

UP - Qual será o norte utilizado pelo PSB para escolha do candidato que representará o partido na disputa?

V. F. - Vamos conversar com os outros partidos aliados, mas principalmente vamos saber o que deseja o principal interessado: o eleitor. Para isso, após a definição, vamos colocar os dois nomes, juntamente com os pré-candidatos dos outros partidos e aquele que tiver a maior viabilidade de crescimento, que aglutinar maior número durante o processo pré-eleitoral para vencer as eleições, deverá ser o candidato.


UP - Como o senhor encara o discurso constante do deputado Adelson Barreto, repetido no último Encontro do PSB, de que ele é o nome do partido que tem a maior densidade eleitoral em Aracaju?

V. F. - Normal. A densidade eleitoral de Adelson é indiscutível e meritória, como também a nossa demonstrada nas urnas em 2006 e 2010. Alguns setores tentam passar a impressão que pode ocorrer algum problema. Adelson Barreto não só é um homem partidário, como é um político sério e com uma sensibilidade política acima da média. Nós estivemos juntos, lado a lado em 2010 nos bairros de Aracaju. Nos conhecemos muito bem e não adianta: se o PSB tiver candidato, seja eu ou Adelson, nós estaremos lado a lado novamente nas ruas de Aracaju.

 

 

UP - A proximidade de Adelson Barreto com Amorim, inclusive notoriamente demonstrada nas últimas eleições, quando ele cogitou até migrar de legenda, não deixa o partido "com o pé atrás" com ele?

V. F. - De maneira nenhuma, Adelson é um político, como muitos outros, que transita com naturalidade em todos os grupos e, principalmente tem o respeito de todos. O partido tem, não só o respeito, mas toda confiança em Adelson Barreto. Eu e Adelson Barreto temos uma relação de irmãos, fizemos dobradinha em duas eleições, conversamos sempre não só sobre política, mas sobre os mais variados assuntos. Temos os mesmos anseios e desejos para Aracaju. Isso só fortalece o PSB.

 

 

UP - O partido cogita a possibilidade de fazer uma chapa puro sangue, talvez com o senhor e o deputado Adelson?

V. F. - Estão querendo antecipar tudo. Primeiro as candidaturas e agora a chapa completa. Depois que o PSB bater o martelo e decidir que terá candidato a prefeito, com o respaldo de outros partidos da base aliada, aí vem o segundo passo de escolher o candidato e depois decidir como será a composição da chapa.

 

 

UP - O senhor acredita que o apoio do prefeito Edvaldo Nogueira pode fortalecer um candidato a seu sucessor, mesmo ele exercendo um mandato que está tendo rejeição dos aracajuanos?

V. F. - As pesquisas internas não mostram essa rejeição de Edvaldo Nogueira. Pelo contrário: a administração dele está numa média excelente. Tem problemas, como em todos os municípios. Por exemplo, a questão do trânsito não é só em Aracaju, mas em todas as capitais, principalmente as de médio porte. Nos últimos anos, com o crescimento da classe média o acesso ao veiculo particular é uma realidade para milhares de brasileiros. Precisamos buscar alternativas para a mobilidade urbana em Aracaju. A administração de Edvaldo tem uma política habitacional nunca vista em Aracaju, tanto é que foi reeleito no primeiro turno em 2008. Nós achamos o apoio dele fundamental e importante.

 

 

UP - Para o senhor, como será a disputa eleitoral de 2012 levando em conta o candidato de maior destaque da oposição, que, como já está sendo anunciado pelo DEM, será o ex-governador João Alves Filho?

V. F. - Toda disputa eleitoral deve-se respeitar seus adversários. Um adversário como o ex-governador João Alves deve ser respeitado muito mais. Ele foi governador e prefeito, mas nós temos o que apresentar para Aracaju. Novas propostas com uma visão desenvolvimentista e avançando nas ações que estão dando resultado.

 

 

De Brasília

UP - Qual o propósito principal da sua defesa pelo Estatuto da Juventude, que foi aprovado na Câmara?

V. F. - O propósito é fortalecer a juventude respeitando seus direitos. O Estatuto é um avanço e o antigo anseio da juventude. Foi um momento histórico sua aprovação. E agora a nossa luta que seja aprovado o mais rápido possível no Senado.

 

 

UP - O senhor tem acompanhado as discussões sobre esquemas de desvio de investimentos para a Copa? Nacionalmente, como é postura do PSB em relação a essas suspeitas?

V. F. - Tenho acompanhado diretamente inclusive com visitas a todas as sedes da Copa porque faço parte da Comissão de Turismo e Desporto. Cabe ao parlamentar fiscalizar e acompanhar. E continuaremos fazendo isso, porque por mais importante que seja o evento para o país é preciso transparência e respeito com o uso do dinheiro público.

 

 

UP - O senhor tem cobrado investimentos maiores na Educação. Seria preciso um gerenciamento melhor na distribuição dos recursos federais?

V. F. - Quanto mais investimentos públicos na educação temos mais possibilidades teremos de qualificar o ensino público em nosso país que já foi referencia no passado. Por isso que neste momento que está em discussão o Plano Nacional de Educação defendo 10% do PIB para a essa área tão importante para o futuro do país.

 

 

UP - Como o senhor avalia a postura do governo federal no que tange aos investimentos nos municípios?

V. F. - Jamais foram investidos tanto recursos nos municípios brasileiros como no governo Lula. Esse ano o governo Dilma tem demonstrado algumas dificuldades em relação a liberação de recursos para nossas cidades, mas tenho a certeza que através de nosso empenho e do Congresso com a sensibilidade da presidenta, essas dificuldades serão superadas.

 

 

UP - Em sua opinião, como deveria se definir a questão da distribuição dos royalties?

V. F. - Os Estados produtores não podem ter prejuízos até em virtude dos compromissos já assumidos, mas entendo e defendo que todos os Estados e municípios brasileiros também devem participar dessas riquezas que afinal de contas é do país.

 

 

Da redação Universo Político.com



18-05-2024
 

 

 

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