Na Política

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02/07/10 | 01:05h (BSB)

"Eleitor diferenciará quem tem papo bonito, a quem é tocador de obras"

Pedrinho detalha sua desfiliação do PSDB, e comenta: Déda é bom orador, mas sua gestão é uma tragédia

Por Raissa Cruz

 

 

No último dia para a realização das convenções partidárias, dia 30, o secretário geral do PSDB, Pedrinho Barreto, estava se desfiliando do seu partido. Pedrinho esperava que o líder maior dos tucanos em Sergipe, o deputado Albano Franco, desistisse do projeto de lançar sua candidatura independente ao Senado, e marchasse ao lado do ex-governador João Alves Filho (DEM) na conquista de um novo governo. Mas isso não aconteceu. Pedrinho, que já vinha defendendo não só esta aliança, mas também a volta de João Alves, decidiu, então, afastar-se daquilo que para ele era um equívoco. O ex-tucano detalha essa situação nesta entrevista e ainda aponta o governo Déda como "administrativamente uma tragédia", que, para ele, não convencerá os eleitores. "O eleitor fará nessa eleição a comparação de quem tem papo bonito, a quem é tocador de obras". Confira:

 

Universo Político.com - O que motivou o secretário geral do PSDB em Sergipe, Pedrinho Barreto, abandonar o barco dos tucanos, que é comandado por Albano Franco?

Pedrinho Barreto - Não abandonei barco algum. Apenas como não concordei com a posição adotada pelo comando maior do PSDB em Sergipe, preferi me afastar para que não fosse especulado que o secretário geral do partido estaria tomando posição contraria ao determinado pelo diretório. Mas tenho o maior respeito e carinho ao PSDB e em especial ao Dr. Albano Franco.

 

U.P. - A falta de entendimento do PSDB com o DEM contribuiu para esta decisão?

P.B. - Sem dúvida foi o maior motivo para minha decisão. Tendo em vista que desde 2006 defendo tal aliança. Nessa eleição, preferi me afastar, a ter que dar declarações na mídia como secretário geral. Isso só levaria o PSDB ao desgaste perante a opinião pública.

 

U.P. - Qual a sua avaliação sobre a posição de Albano em desistir da aliança com João?

P.B. - Albano é um político experiente, testado e que tem uma gama de serviços prestados ao estado. Mas politicamente falando, acho que foi uma posição equivocada.

 

U.P. - Pedrinho ainda aposta na vitória de Albano ao Senado?

P.B. - Acredito na sua eleição, tendo em vista ser um político que tem penetração em ambos os lados.

 

U.P. - É verdade que o senhor já está se filiando ao DEM?

P.B. - Apesar de ter muita simpatia pelo DEM, não é verdade que esteja me filiando a qualquer partido. Terei até outubro de 2011 para decidir. Isso é uma questão matemática. Só garanto que não me filiarei a qualquer partido aliado ao PT.

 

U.P. - Pedrinho estará defendendo nas ruas a candidatura de João Alves ao governo?

P.B. - Para mim, João Alves é um nome que merece o apoio e respeito de todos os sergipanos. Digo isso em virtude da sua competência administrativa, e humildade pessoal. Irei às ruas pedir aos meus amigos que votem Serra (para presidente) e João (para governo), além dos demais, candidatos os quais têm nossa simpatia.

 

U.P. - Então, apesar de desfiliado, o senhor continua a apoiar o tucano José Serra?

P.B. - Não tenha dúvida que votarei e pedirei voto para Serra. Ele é um homem capaz, honesto e que não colocará o Brasil estampado em manchete policial. Serra é um candidato ficha-limpa.

 

U.P. - Em sua opinião, qual o diferencial de um governo João para o governo Déda, que pode ainda contar com o apoio de Albano Franco nestas eleições?

P.B. - Não há o que comparar. João é um governador dinâmico, que fez o Estado caminhar para frente. Governante que tem projetos e que não trata as pessoas com arrogância. Já o atual governador apesar de ser excelente orador, administrativamente é uma tragédia. E conversa bonita, não enche barriga de ninguém.

 

U.P. - O senhor acredita que as condições financeiras para bancar uma candidatura contarão nestas eleições?

P.B. - Essa eleição será uma eleição diferente. Vejamos: Déda com uma coligação onde participa 13 ou 14 partidos, com as maiores lideranças políticas do estado, com vários empresários o apoiando, além do mais com o cofre do estado cheio de dinheiro. Mas me parece que o povo não está com ele. O povo votará 25!

 

U.P. - Para o senhor, o que diferenciará o candidato eleito do que não será eleito? Como será o parâmetro do eleitor?

P.B. - O parâmetro que o eleitor fará nessa eleição será justamente a comparação de quem tem papo bonito, a quem é tocador de obras e tem competência administrativa. Ai será fácil escolher.

 

U.P. - Desfiliado, Pedrinho Barreto, apesar de ser um nome influente, de acordo com a legislação eleitoral, não tem mais tempo para se filiar e se candidatar este ano, certo? Decidiu, então, se afastar da disputa agora pensando no pleito de 2012?

P.B. - Não estava em meus planos concorrer em 2010, mas para ajudar a aliança DEM/PSDB, seria capaz de ir ao sacrifício, menos disputando uma cadeira na Assembleia, pelo motivo de ter compromisso com um amigo/irmão, que é deputado e irá à reeleição - o deputado Zeca da Silva (PSC). Em 2012, será outra eleição e conjectura. (Em outra entrevista ao Universo Político, Pedrinho declarou seu desejo de disputar em 2012 uma vaga de vereador) Aí sim, colocarei meu nome a disposição do partido ao qual me filiarei em momento oportuno.

 

Da redação Universo Político.com



18-05-2024
 

 

 

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