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24/02/14 | 13:15h (BSB)

Eduardo: “Acreditaria muito mais em Belivaldo do que no que aí está”

Senador fala abertamente sobre diversos temas, e diz que nunca quis romper com PSB

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“PSB está percebendo o quanto eles pagaram por alguns acordos”

Por Raissa Cruz

Entrevista longa, mas segundo o próprio senador, “muito aberta”. Aqui Eduardo Amorim não se limitou apenas às suas muitas criticas quanto à saúde do Estado, mas responde ao Universo Político sobre a tal “influência” na decisão do prefeito Ezequiel Leite para o Projeto Carnalita, e aproveita para pontuar a posição do seu grupo quanto ao empréstimo do Proredes. “Tem que fazer igual ao dinheiro do Proinveste, amarrar, dizendo para onde vai cada centavo”, defende ele. Mostrando sua disposição em fechar chapa com o PSB, o senador confirma ainda seu diálogo com o senador Valadares e o deputado Valadares Filho, e citando também Belivaldo Chagas, enfatiza: “Nunca houve interesse em rompimento com o PSB”. Observe os intertítulos, e confira ainda respostas sobre aliança com o prefeito João Alves (DEM), lideranças do PRB, entre outros temas. 

 

Exonerado?/ A saúde

Iniciando pela saúde, o deputado federal Mendonça Prado (DEM) afirmou recentemente que o senhor tinha sido exonerado quando era secretário de Estado da Saúde, e nos últimos dias o senhor tem feito uma série de divulgação de visitas a maternidades, hospitais, discutindo sobre a situação da saúde no Estado. O senhor realmente foi exonerado? E qual o comparativo faz da saúde na sua época para agora?

Quem disse isso está faltando com a verdade, pois isso é uma mentira. Tenho minha consciência tranquila e procurei ajudar o Dr. João, e modéstia parte conseguimos fazer muitas coisas em pouco tempo. Quem não enxerga, ou não tem vontade de conhecer, ou tem a maldade de querer desconhecer e caluniar e difamar. Mesmo que você não goste da pessoa, a verdade existe independente da gente querer ou não. Então, mesmo que o deputado não goste de mim, não é verdade e digo que ninguém deveria ser patrocinador de inverdades ou de mentiras nem que seja por atrás de votos. Acho que tem que conquistar e buscar o voto é convencendo, trabalhando, fazendo e não denegrindo. Isso é feio e fere qualquer princípio, ética e moral. Na minha época como secretário da Saúde as dificuldades existiam e herdamos muitas dificuldades, não tivemos tempo de terminar tudo. Naquela época já sonhávamos com o Hospital do Câncer, o Hospital de Pediatria, sonhávamos com a maternidade, o Samu estadual, sonhávamos com a Escola de Saúde Pública, que depois foi fechada, o Centro de Especialidades do Interior, a valorização do servidor público e não tivemos uma greve sequer, porque tínhamos um diálogo permanente com os servidores. Mas ofender e caluniar, é feio e não conquista voto.

 

Qual a sua consideração sobre a saúde hoje? Inclusive com a recente notícia de que o Ministério Público Estadual encontrou uma grande quantidade de medicamentos vencidos, apesar do momento em que o Estado anunciou R$ 10 milhões em compras de medicamentos.

Na minha época não houve um pedido de intervenção e agora não só o MPE como o MPF também pediu a intervenção federal diante do que está acontecendo. Hoje o orçamento da saúde é dez vezes mais do que a gente tinha na minha época, então é lamentável tudo isso que está acontecendo. Na minha época como secretário a oncologia era um centro de referência com dois e hoje não passo de um laboratório, ou seja, muitos serviços que se tinha organizado com certeza foram desmontados e desconstituídos e lá pra cá é perceptível que a coisa piorou muito, embora o recurso do orçamento tem aumentado muito.

 

E o que estaria faltando?

Falta gestão. Falta prioridade e dizer que saúde pública tem que ser prioridade para qualquer Governo. Diria que primeiro antes de qualquer outra coisa a saúde, depois educação e segurança pública e com esse tripé a gente constrói qualquer outra coisa.

 

Nacionalmente estão ocorrendo discussões entre o Ministério da Saúde e os senadores e deputados de Sergipe sobre essa questão da intervenção?

Esse pedido foi passado para o procurador da República e o MPE está aguardando uma resposta da Procuradoria Geral da República. Segundo ouvi da promotora Euza Missano e o procurado Ramiro, eles estão esperando por uma resposta do Ministério da Saúde. O que vemos é a saúde em coma, na UTI. Se a saúde está assim, imagine o povo que a procura. Imagine o cidadão que não tem um plano de saúde porque ganha pouco. O nosso estado é pequeno e possui um percentual expressivo onde com cerca de 87% do nossa gente não tem qualquer plano de saúde, então se falta remédio, hospital e médico pode significar entre a vida e a morte. Como é que pode uma Fundação recém-criada já está falida com dívida pública com mais de R$ 200 milhões? Outra coisa, lembrar que os celetistas não entram na responsabilidade fiscal, ou seja, que artifício se usou para fugir da responsabilidade fiscal criando disparidades até entre os servidores da saúde. Alguns têm obrigatoriedade para reajuste e outros que deveriam ter não tem absolutamente nada. Então, esse Governo não valoriza a vida, e há três que não se fazem um transplante e não é por falta de profissionais competentes, capacitados não, pois nós temos quem sabe os melhores do Brasil, o que falta é um laboratório que é menos de R$ 1 milhão, enquanto o Governo gasta mais de R$ 200 mil por cada dia em propaganda enganosa dizendo que tem remédio.

 

Carnalita e a influência

Em relação à Carnalita, na última reunião já houve um entendimento para que o projeto da Vale seja cumprido em Sergipe, mas há um questionamento em relação à influência do senador Eduardo Amorim na decisão do prefeito Ezequiel Leite de ceder ou não ao projeto. Houve de fato essa influência de sua parte?

Não houve. Ezequiel está como ele sempre esteve. Ele disse que nem a mãe dele, dona Inês, pedindo ele assinava. O que fez Ezequiel se propor a assinar foi exatamente o que o Governo foi tão incompetente que para promover, mas eu conversei com o senador Valadares, e promovemos esse diálogo começando pelo Ministério de Minas Energia, e lá não tendo êxito tivemos a ideia juntos de fazer uma audiência pública das duas comissões. Foi no ambiente do Senado Federal que se chegou a consenso ou está se encaminhando para um consenso. Isso mostra a incompetência do Governo do Estado e vou dizer o que facilitou. Nem o governo sabia, mas a fábrica não ficava só no município Capela, ela ficava em cima da linha. Isso foi o que facilitou no ponto de vista tributário para se buscar o entendimento. Nem isso o governo se preocupou em buscar, acompanhar e isso mostra que é um governo despreparado.

 

Mas e quanto ao que o governador Jackson Barreto propôs (sobre a divisão proporcional das riquezas minerais) não foi enriquecedor para esse entendimento?

O que deu para se perceber é que não se confia na palavra governador, tanto é que isso vai ter que passar pelo Parlamento Estadual e Municipal. A palavra do governador percebi que ninguém confia. Lá em um ambiente diferente, se chegou a essa ideia e se descobriu que a fábrica não está apenas de um lado e sim sobre a linha divisória, o que facilitou todo o entendimento. Agora é incompreensível que o Governo do Estado não sabia disso.

 

Se fosse traduzir para os capelenses, como é que está essa situação agora quanto ao que Capela reivindicava?

Está bem próxima da linha final, mas não vou dizer que está na linha final, porque só se encerra quando todos assinarem. Só estamos tranquilos porque está bem encaminhado. O setor técnico da Vale, setor tributarista de Capela, Japaratuba e alguém da Secretaria da Fazenda, só falta eles redigirem o texto para que se passe pela Assembleia Legislativa e se encaminhe para a Câmara de Vereadores de cada Município, mas digo que o ambiente para isso foi Brasília. É interessante como o Governo não sabia propor isso que a fábrica em cima da linha divisória tinha uma parte em Capela e outra em Japaratuba. A mercadoria sairá proporcionou para cada município.

 

Proredes

Na Assembleia Legislativa o debate agora é sobre o Proredes, e já começam os discursos de que pode existir também uma influência sua, com seu grupo, para que esse projeto de empréstimo de verbas para a saúde não seja aprovado. O que o senhor pode a dizer a respeito?

Acho que deve ser aprovado aquilo que for colocado com muita responsabilidade, mas a gente não vê atitudes responsáveis, por exemplo, o Governo deu ordem de serviço, segundo propaganda, que essa não vi se é mentirosa ou não, da terraplanagem. É muito estranho, como é que ele tem um dinheiro depositado há mais de dois anos na Caixa Econômica do Ministério da Saúde, um dinheiro que não é de graça, um dinheiro de tributos, do suor do povo sergipano. Como é que ele tem esse dinheiro de “graça” e prefere utilizar primeiro o dinheiro emprestado? Só de juros que o Governo vai pagar desse dinheiro emprestado em um ano daria para cobrar o melhor aparelho de radioterapia, toneladas de remédio, isso é muito, muito estrado. Um Governo que tem na conta mais de R$ 35 milhões que se não utilizar logo será devolvido como de fato perdeu. Um dinheiro que está parado e não rende absolutamente nada para o governo, que deixa de usar esse dinheiro para utilizar dinheiro emprestado. Qualquer gerente de qualquer mercearia faria essa conta, ou maldade com o erário público ou é incompetência, mas não acredito que alguém não tenha feito essas contas. Acho que todo o dinheiro que esse governo pedir dinheiro emprestado tem que fazer igual ao dinheiro do Proinveste, amarrar. Amarrar dizendo para onde vai cada centavo. O juros não é nada barato, é 6,5 % mais inflação e beira a casa dos 15% ou mais. Então, veja a conta que o Governo vai pagar só na terraplanagem podendo utilizar o dinheiro de graça. O que estamos vendo no nosso Estado nunca se viu.

 

O senhor teme que governos futuros, talvez até o senhor que tem uma pré-candidatura posta, sofram prejuízos em relação às finanças do Estado?

Temo não só pelo governo futuro, e sim que o povo pague por isso que pode significar motivo de morte na hora que não tiver um equipamento, na hora que não tiver um enfermeiro, um médico. Quantos entram no Huse e não conseguem sair? Quantos morrem em Sergipe por dia? O que escutei nas andanças que fiz nos hospitais públicos foi os hospitais extremamente angustiantes. Falta material para fazer curativo, antibiótico, falta roupa, cirurgião pediátrico, isso é um absurdo. Descompromisso mesmo com a vida.

 

Proximidade com Valadares

Voltando agora às questões políticas, a gente viu esse entendimento entre o senador Eduardo Amorim e o senador Valadares para discutir a questão da Carnalita, e sabemos também que já há conversas, assim como o senador tem conversado com outros grupos partidários, entre Valadares e Eduardo em relação às eleições deste ano. É verdade, já existe essa proximidade, inclusive envolvendo também o deputado Valadares Filho?

É verdade, conversamos com ele. Não escondemos isso. Também não conversamos ainda com nenhum outro bloco político, mas com certeza vamos procurar outros. Dentro da nossa base temos hoje 14 partidos emanados no mesmo projeto. Mas vamos buscar sim, e vamos manter um diálogo de forma muito respeitosa. As diferenças partidárias existem, é natural, mas sempre as colocamos com respeito.

 

Em entrevista ao Universo, o secretário Belivaldo Chagas mencionou que naquele rompimento do governador Marcelo Déda e o PSC, o PSB acabou perdendo muito com a saída de dois deputados estaduais, Maria Mendonça e Adelson Barreto, que eram também ligados ao grupo do senhor. Fazendo uma consideração sobre esse fato, era do interesse do PSC que aquele rompimento com Déda também fosse com o grupo de Valadares?

Não. Eu entendo que o PSB, e o cidadão Belivaldo foi quem mais pagou por esse rompimento do ponto de vista político. Porque ele tinha um espaço como vice-governador, e nós para o bloco que fossemos queríamos a candidatura ao Senado. Não fizemos nenhuma objeção para se Belivaldo se mantivesse como vice, teria o nosso total apoio. Mas essa decisão não foi nossa, foi dos outros partidos interessados e do governador à época.

 

Então, o senhor quer dizer que desde essa época não havia interesse do PSB romper com Valadares?

Não nunca houve esse interesse. E os deputados migraram porque houve o rompimento com o governo do Estado, e o governo acreditou que não deveria manter a deputada Angélica, do PSC, na presidência da Assembleia, como teria sido acordado. Todos os deputados por unanimidade, acho que nenhum assinou contra o requerimento conduzindo Belivaldo ao Tribunal de Contas, mas daí com o rompimento, muda-se toda a história. Mas nós não fomos culpados, de forma alguma, pelo que aconteceu com Belivaldo. Ele deveria ter continuado como vice, e, se a história se mantivesse, ele seria hoje o nosso governador. Sinceramente, acho que ele trataria com muito mais zelo, muito mais responsabilidade a questão da saúde e a segurança pública se estivesse governando o Estado. E eu acreditaria muito mais na pessoa de Belivaldo do que no que aí está.

 

Assim como há uma proximidade nacional do PSC com Eduardo Campos (PSB) havia um interesse de que a proximidade com o PSB continuasse? E essa ligação pode voltar?

Isso pode voltar, ou pode não voltar. Mas o respeito com raríssimas exceção é absoluto. Mas nós não faríamos nenhuma objeção. Tudo que foi pactuado com o PSC e os partidos emanados do PSC foi cumprido. Isso com o governador Déda, com o senador Valadares. No momento em que não se quis mais o PSC e seus representantes do lado, cada um teve que procurar o seu destino. Quando se toma algumas decisões alguém paga politicamente, e neste caso quem pagou foi o PSB, que poderia ter tido a vaga de vice, poderia ter tido a vaga de conselheiro do Tribunal de Contas, e perdeu dois deputados. Aí você me pergunta, foi alguma coisa contra o PSB? Não. Foi da própria conjuntura, e volto a dizer se fosse Belivaldo o vice, tenho certeza absoluta que ele não deixaria a saúde como está. É uma pessoa que quando assumiu tinha diálogo. Tenho essa imagem dele. Eu, inclusive, cuidei do pai como médico, foi um dos primeiros pacientes que tive quando voltei da residência. Enfim, PSB e PSC até alfabeticamente estão próximos.

 

Há especulações sobre a aproximação do ex-prefeito Manoel Sukita (PSB) com o grupo do PSC. É verdade, senador?

Eu não conversei com ele. Conversei somente com Valadares pai e Valadares Filho, encontro com outros membros. Lideranças nacionais, deputados e senadores, que encontramos em Brasília e a gente conversa. Rodrigo Rolemberg, que é sergipano, mas senador por Brasília...

 

Com a posição de lideranças nacionais do PSB de afirmar que o partido não deverá se unir ao PT e PMDB nos Estados, o senhor acredita que aumentam- se as chances do partido se aproximar do PSC?

O PSB nacional está percebendo o quanto eles sofreram e pagaram por alguns acordos, e, com isso, fizeram a reflexão de buscar caminho independente em uma hora como essa.

 

Aliança com João

Sobre a aliança que o PSC manteve com o prefeito João Alves em 2012, houve alguma promessa de que essa aliança se mantivesse, ou o senhor espera que ela se mantenha?

O desejo é para que essa aliança persistisse, mas relação só existe quando mais de um quer. Não exigimos nada, não cobramos nada, sempre procuramos ajudar Dr. João a conduzi a prefeitura da melhor maneira possível, seja batendo nas portas dos Ministérios, conversando com os lideres. Desejamos realmente uma administração profícua, principalmente na saúde, educação, mobilidade urbana. Essa relação de forma respeitosa existe, inclusive com líderes nacionais do DEM e do PSDB (do vice-prefeito Machado). Mas não é unanimidade, alguns não gostam de mim. Fazer o que?... Mas com Dona Maria e Dr. João sempre relacionei muito bem.

 

Devido ao desempenho nas eleições para prefeito da capital, e resultados de pesquisas, dá-se a impressão de que o relógio de alguns partidos está esperando o relógio do prefeito João Alves para se definirem por suas chapas. Acontece o mesmo com o PSC?

Não. Cada um é senhor do seu destino, por tanto condutor da sua alma, como diz o poeta inglês. A gente tem nosso tempo para cada ação e cada reação. Então a gente age com naturalidade. O fato é que essas discussões têm um prazo a se encerrar, 30 de junho. Até muitos se aproximaram, outros se afastaram, mas o que você não pode é abandonar os princípios que você adotou para construir sua vida e para fazer esse projeto de um Sergipe novo e muito mais humano.

 

Heleno e Jony: silêncio

Falando de outros aliados, agora ex-aliados, prefeito Heleno Silva e vereador Jony Marcos, o PRB nacional chegou declarar disposição de apoio a uma candidatura de Eduardo Amorim ao governo aqui, mas agora vemos as maiores lideranças sergipanas do PRB se voltando para o governo do Estado. Qual sua avaliação desse processo? Nacionalmente colocam outra perspectiva para o senhor?

Você me fez várias perguntas, e poderá me fazer outras mais, mas essa é a única que eu vou lhe pedir o direito de não responder. Deixar simplesmente que o tempo responda...No momento certo, na hora certa, eu direi.

 

Exceção em uma chapa / Resposta à Gualberto

Se o senhor fosse fazer uma perspectiva para a chapa ideal para o PSC estar junto, existem partidos que seria uma exceção para essa chapa?

Existe uma exceção, que eu disse até para a presidente Dilma e estou dizendo aqui pela primeira vez publicamente a você. Eu conversei com a presidente Dilma, e ela me disse algumas coisas que eu fiquei muito animado, isso a um mês e pouco atrás. E eu lhe disse: presidente, eu só não acredito naquele governo que está lá. Só não quero isso para o meu Estado. Meu povo não merece tanto descaso, tanto desvalor com a vida. Não falo de partido, mas de pessoas de caráter de índole e de valores. Partidos às vezes se deixa uma sigla por qualquer coisa...A gente via uns bradando pelo certo, o deputado Gualberto, por exemplo, defendendo o trabalhador, a gente não vê mais isso. Qual o trabalhador? Esqueceu que o servidor público está passando? Dois anos que não tem sequer aquilo que a inflação comungou do direito de reajuste do trabalhador público ao reajuste. Os servidores do Detran arrecadam ali uma imensidão, talvez é o Detran mais caro do Brasil, mas o que pior paga aos seus servidores. Essas pessoas esqueceram desses trabalhadores foi? Cadê o discurso da defesa do trabalhador? Do socialista, do proletário, do frágil na relação com o patrão. Será que não é realmente triste, para não dizer decepcionante, você ver tanta incoerência. Essas acreditavam realmente que o trabalhador era o mais frágil, ou isso era só uma escadinha para se chegar ao poder? Ou elas mudaram quando começaram a ter as benesses do poder? Dois anos com a inflação enorme e o funcionário público não tem sequer um reajuste para compensar todas as perdas, e a se a gente pensar que o orçamento a cada ano é maior, dito pelo Sindfisco. E essas pessoas não dizem agora uma só palavra em defesa daqueles que o ajudaram a chegar ao poder.

 

Suas palavras já são uma resposta às críticas do deputado Francisco Gualberto (PT) a sua pessoa?

Isso por só fala. Ele usa expressões que ele deveria melhorar em respeito a população que assiste através da TV Alese, em respeito aos jornalistas, ninguém merece ouvir aquilo. Isso em respeito não só a mim e minha família, mas em respeito a qualquer pessoa. Justifique que seu governo é bom, mas justifique com ideias, com trabalho e não com agressões e calúnias. Essa é uma prática antiga, feudal, para não até dizer romana, como ele citou Roma, mas a Roma que ele citou não era republicana, era imperialista. A política enquanto instrumento de justiça social não deve ser conduzia com frases ofensivas e maléficas.

 

Quando o senhor coloca, como disse a presidente Dilma, que sua exceção é apenas ao governante do Estado, então os demais partidos da base do governo o senhor está aberto ao diálogo?

 

Um exemplo é o PSB. Porque nós não devemos concordar com esse tipo de gestão...

 

O senhor poderia estar dialogando até com o PT se numa aliança entre PMDB e DEM o PT não se sentir confortável e procurar o PSC?

Ainda não pensei nisso, mas eu falo com muitos petistas, com a ministra Idelli, me relaciono muito bem com a presidente. Posso ter minhas diferenças na hora da defesa pela saúde, pelos servidores e outras questões que posso não concordar. E eu mesmo disse a ela, presidente de mim a senhora vai ouvir muitos sim ‘s, mas também muitos não’s, e essa é uma relação política sincera. E ouvi dela que gostava de ouvir o que a gente falava.

 

Candidatura nacional do PSC

Para concluir, o PSC tem lideranças fortes nacionais, mas não cogitam lançar sua candidatura própria à Presidência?

Há essa possibilidade, é um partido relativamente jovem, que nomes estão surgindo aqui em Sergipe, no Paraná com ratinho Júnior. Mas a discussão sbre candidatura própria é possível sim.

 

E esse nome seria mesmo o do vice-presidente do partido (Everaldo Dias)?

Sim. Ele já colocou seu nome à disposição, mas é uma decisão que o partido ainda vai firmar se é isso mesmo ou não.

 

Essa é uma disposição realmente de candidatura própria ou de buscar compor com outra chapa? Eduardo Campos...

Não vou dizer que tudo é possível, mas tem coisas prováveis. Se você perguntar se já houve conversas com Eduardo, com Aércio também não sei...

 

Mesmo com Aércio Neves, que tem uma proximidade grande com o PSC?

Sim, o PSC nasceu em Minas Gerais. Mas eu acho que ainda não houve esse diálogo nem com um nem com outro, senão nós saberíamos no Congresso. Mas o PSC deve tomar uma posição nas próximas semanas sobre se apoia ou se lança.

 

Da redação Universo Político.com

A entrevista completa pode ser ouvida também na Rádio Universo.

 



26-04-2024
 

 

 

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