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27/11/12 | 18:25h (BSB)

“Não ajuda se fazer discursos para amedrontar a população, criar pânico”

Reação é do comandante da PM Maurício Iunes, sobre críticas de deputados à Segurança Pública

Por Raissa Cruz

 

O comandante da Polícia Militar de Sergipe, o coronel Maurício da Cunha Iunes, contesta às críticas de parlamentares sobre a Segurança Pública em Sergipe, considerando que há uma tentativa de amedrontar a população. "É preciso se passar essas verdades e ter cuidado para não estarem causando pânico a uma população que merece acima de tudo respeito. O pânico ao invés de ajudar vai causar é outros problemas. Pessoas idosas, por exemplo, podem passar a ter síndrome do pânico diante dessas declarações. Isso não é humano, nem justo", diz.

 

Universo Político.com – Coronel, qual a sua avaliação diante das críticas ao comando da Polícia Militar de parlamentares, como o Capitão Samuel, Augusto Bezerra e outros, citando a falta de segurança e pessoas à mercê da violência?

Maurício Iunes - As pessoas que falam em segurança precisam diferenciar o que é segurança e o que é violência. Muitas vezes se divulgam um fato, por exemplo, há quinze pessoas no IML, mas quando vai se apurar o fato é três homicídios, oito acidente de trânsito, dois por afogamento e assim vai. Então, muitas vezes a forma como é divulgado, com sensacionalismo, não traz fruto nenhum positivo. Quem quiser abrir o site da Polícia Militar todos os dias podem testificar que há sempre diversas operações e essas críticas, às vezes, não vem com consciência técnica do que vem sendo realizado e dos índices que estão sendo alcançados. Para se ter uma ideia, a companhia de Radiopatrulha falta apenas oito armas a serem apreendidas para que bata o recorde do ano passado. O número de assaltos a ônibus no mês anterior, comparado ao ano passado, reduziu a 68%, e este mês já houve uma redução de 52%.

 

UP - O senhor desafiaria para um debate, apresentando dados contra esse discurso que o senhor classifica como sensacionalista?

M.I. - Eu só não vou discutir dados com pessoas que não têm acesso a essas informações. Eu trabalho em cima de dados. E não vou aceitar de forma alguma que alguém cogite que meus policiais militares não estão trabalhando. Os índices são claros e eu como comandante tenho que me basear nos trabalhos que os policiais têm realizado.

 

UP - E quanto aos casos apontados de policiais em desvio de função, aqueles que estão nas ruas zelando pela população?

M. I. - Os policias que estão fora da atividade estão por previsão legal. Nosso capitão e deputado Samuel tem conhecimento de legislação e sabe disso. Mas esqueceu de comentar que houve, ao longo desses seis meses, o retorno de 307 e mais 48 policiais militares. E esse retorno está sendo gradativo. Eu faço um desafio a qualquer pessoa que mostre uma gestão que no prazo de seis meses tem efetuado o retorno da mesma quantidade de policiais ou mais. Veja mais uma vez que os dados falam por si só. As pessoas precisam falar com base e citando o que é verdadeiro. Até porque não ajuda se fazer discursos para amedrontar a população, criar pânico. Quando se entrevista um turista sobre Sergipe, Aracaju, falam logo da sensação de segurança que têm aqui.

 

UP- Procede à informação comentada entre os parlamentares que a partir do próximo ano as ruas terão a menos 400 policiais?

M.I. - Nesse ano tivemos, até a presente data, 317 policias ingressando o processo de reserva. Nós não podemos dizer o quantitativo do ano que vem, até porque o policial ainda vai requerer, e existe um processo. Eu acho que é antecipação de algo que nem nós sabemos. Havia pessoas divulgando que esse ano a policia militar perdeu 600 policiais, isso é mentira! Nós perdemos 317 policiais. E isso estava previsto. Mas eles vão ser substituídos automaticamente.

 

UP - Como o senhor avalia a contribuição dos discursos parlamentares reivindicando melhorias e investimentos na segurança?

M. I. - A Polícia Militar tem recebido toda a estrutura. Nós compramos colete, fardamentos, coturno, rádios, munição, fardamentos novos para policiais femininas... Então, vemos muito comando e investimento. É preciso se passar essas verdades e ter cuidado para não estarem causando pânico a uma população que merece acima de tudo respeito. O pânico ao invés de ajudar vai causar é outros problemas. Pessoas idosas, por exemplo, podem passar a ter síndrome do pânico diante dessas declarações. Isso não é humano, nem justo.

 

UP - Qual seria seu recado hoje para esses parlamentares que reclamam da segurança no Estado?

M. I. - Eu só pediria, aos querem ajudar, que colaborem na aprovação das nossas leis. Nós precisamos do nosso código de ética, da lei de substituição de vagas... Então, tudo que é a contento da nossa instituição possa ser aprovado, porque vai trazer motivação e qualidade melhor ao serviço. Não é simplesmente passar a responsabilidade com críticas. Precisamos de todos os deputados estaduais, até porque sabemos bem que todos estão preocupados com a segurança pública.

 

Da redação Universo Político.com



18-05-2024
 

 

 

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