Na Política

Biblia Online

10/06/12 | 23:08h (BSB)

João Alves diz que, sem planejamento, Déda governa na base do improviso

Ex-governador diz ainda: "Sou fiscalizado à base de lupa. Não ouso dizer que sou pré-candidato"

Ampliar Foto

João: temendo revelar que disputa a eleição

Por Joedson Telles


À véspera de os partidos definirem seus candidatos a prefeito de Aracaju, o presidente do DEM de Sergipe, o ex-governador João Alves Filho, não verbaliza que ele mesmo é o nome. Todavia, ao ratificar que há muito colocou seu nome à disposição do partido que comanda, e cujos membros em sua totalidade sonham vê-lo na disputa, João Alves manda um recado aos adversários nas entrelinhas: está dentro. O ex-governador só não admite ainda temendo problemas com o Ministério Público Eleitoral, que pode ser acionado por algum adversário ao menor deslize. "Sou fiscalizado à base de lupa. Não ouso dizer que sou pré-candidato", diz João Alves. Neste domingo, quando os partidos foram liberados para realizar convenções e definir candidatos, o ex-governador conversou com o Universo Político.com e, não só comentou o processo, como também assegurou que o governo Marcelo Déda age sem planejamento. A entrevista:


Universo Político.com - Recentemente, o senhor compareceu a um evento no bairro Cirurgia e, mesmo sem dizer que é sequer pré-candidato, as pessoas lhe cercam e prometem apoio. Segundo o ex-deputado federal José Carlos Machado (PSDB) isso tem acontecido em todos os pontos de Aracaju. O motiva a entrar na disputa?
João Alves Filho -
Isso me emociona muito. Andar nos bairros e receber o carinho da sociedade sergipana. Graças a Deus, eu sempre tive esse carinho e, cada ano, eu me sinto mais ligado e responsável por tudo aquilo que eu puder fazer em favor do povo sergipano, e uma das razões é esse carinho que o povo tem. A simpatia, esse afeto que é um patrimônio que eu honro isso. Aumenta minha responsabilidade pelo bem do sergipano.


U.P. - O senhor não abriu a boca para dizer que é candidato ou mesmo pré-candidato. Entretanto, há especulação no sentido de o senhor não entrar na disputa por questões pessoas, saúde, problemas com a Justiça... Sempre tem alguém especulando algo. Fala-se até em medo, a depender do adversário que representará o grupo do governador Marcelo Déda. O que o senhor pensa a este respeito?
J.A.F. -
Eu sou um ser humano comum que tem poucas virtudes e muitos defeitos. No entanto, eu nunca tive e não tenho o defeito da covardia. Esse sentimento não existe em meu coração. Então, não há porque temer ninguém. Eu não estou falando aqui como candidato e sim como cidadão. Eu já coloquei há muito tempo meu nome à disposição do meu partido, se assim ele quiser, no meio da convenção do fim de junho, então, decidirá. Eu tenho um cuidado muito grande (quando o assunto é candidatura) porque eu sou, hoje, uma pessoa fiscalizada à base de lupa. Se eu entrar com uma palavra fora do contexto, eles vão querer entrar com uma ação contra mim. Então, não ouso dizer que sou pré-candidato. O máximo que eu digo é que coloquei o meu nome à disposição dos Democratas. Os Democratas estão trabalhando, intensivamente, para conhecer todos os problema de Aracaju e criar soluções, e eu como democrata estou participando diretamente desse processo.


U.P. - E essa possibilidade de acordo com o vice-governador Jackson Barreto, visando também 2014, o senhor tem conhecimento?
J.A.F. -
Nunca tive conhecimento. Não existe isso. Quem está falando isso quer criar uma rede de intrigas. Não existe esse contexto. Eu tenho dito que não existe um político em Sergipe que eu não possa estender a mão e dialogar. Se há um sentimento que eu também repudio é o sentimento do ódio, porque eu acho que o ódio faz mal a quem o cultiva. Não há político em Sergipe, seja Jackson Barreto, seja Déda, seja quem for que eu não possa conversar civilizadamente. Eu fui convidado por Déda no dia da inauguração do palácio, que ele abriu a galeria dos governadores e transformou em uma espécie de museu. Desci as escadas do palácio com ele. Eu disse a ele que estava achando o palácio encantador, e ele disse para eu não admirar muito não. (risos). Uma coisa que eu tenho que dar graças a Deus: nunca perco o humor e dialogo com qualquer pessoa. Da mesma maneira, se eu encontrar com Jackson Barreto na rua, eu levanto a mão e o comprimento. É preciso acabar isso que estão criando, que em Sergipe que os políticos têm que ser inimigos. Minha mulher é senadora da República, no entanto, se Marcelo Déda chegar lá (Senado) com um projeto de interesse do Estado, ela nunca vai deixar de votar favorável. Coisas que interessam a Sergipe temos que estar juntos.


U.P. - Especula-se muito sobre uma aliança do seu grupo com grupo dos irmãos Edvan e Eduardo Amorim. O senhor descarta de imediato ou tudo é uma conversa?
J.A.F. -
Como já disse, sou um homem que não êxito em levantar a mão para qualquer político em Sergipe. Mas acordo político já é outra história. Isso só será estabelecido, da minha parte, mais adiante. Só posso entrar para qualquer tipo de diálogo sobre escolha de vice, disso ou daquilo, depois que o DEM estiver decidido pelo seu candidato a prefeito. Eu estou agindo, agora, como presidente do DEM. Meu estilo de ser é esse. Eu não sou um uma pessoa de atitudes precipitadas. Eu digo sempre que improviso é arte de incompetente. A gente tem que planejar. Tem que estruturar. Tem que fazer um cronograma. No meu cronograma o que me cabe como presidente do Democratas é articular quem será o candidato do Democrata, e, evidentemente, nós temos um grupo de partidos que, felizmente, e com muita honra nossa, está conosco. Tem o PSDB, o PP, o PMN e estamos abertos a receber adesões. Têm outros partidos que estamos conversando formalmente, eu na condição de presidente do DEM. Mas não João Alves candidato.


U.P. - Como o senhor avalia a declaração de que nem o nazista Adolf Hitler tratou a Educação como o governo Marcelo Déda trata?
J.A.F.-
A primeira coisa que se deve fazer no início de um governo, antes mesmo de assumir, é fazer um projeto estratégico. Depois disso, se deve escolher os secretários, não em função de partido, mas sim de méritos, e procurar fazer o melhor pelo povo. O sentimento que existe, hoje, em Sergipe é que não houve um planejamento de metas do atual governo. Não estou atacando a pessoa de Marcelo Déda. Mas estão fazendo a coisa na base do improviso. Eu posso dizer que a essa altura, faltando um mês para ser decidida a eleição, o DEM tem planos completamente estabelecidos para a saúde que é a grande preocupação, já tem plano para a educação, para a segurança e para todas as áreas que a gente sente. No caso de Aracaju, nós estamos correndo os bairros, especialmente, na periferia, para ouvir a população. Temos técnicos especialistas trabalhando para o DEM e não para candidato "A" ou "B". Eu faço questão de dizer. Eu posso lhe garantir que esse tipo de improviso não vai haver conosco na educação nem em nenhuma área. Nós já sabemos tudo que nós pretendemos fazer. Nós temos planejamento para um problema crucial como é o do transporte coletivo. Sabemos como resolver o problema do centro comercial. Não se pode admitir uma loucura daquela: suspender os estacionamentos no centro? Os comerciantes estão quebrando e demitindo as pessoas porque o prefeito tomou uma atitude unilateral. O DEM tem soluções para o estacionamento no centro de Aracaju. Seja quem for indicado para disputar as eleições, ele já receberá uma estrutura completa e definida sobre como resolver os grandes problemas.


U.P. - Estando disparado à frente em todas as pesquisas há como dizer não a Aracaju? Inclusive, comenta-se que o Ibope lhe confere quase 50% dos votos...
J.A.F. -
Nunca o Democratas vai falhar nem com Aracaju e nem com o estado de Sergipe. Mas essa questão de pesquisa, eu prefiro não comentar porque qualquer palavra que eu der fora contexto vão querer pedir minha inelegibilidade. Hoje, eu sou o homem mais vigiado do estado. Cortaram os comerciais nossos, alegamos que nós fizemos antecipação de campanha. Nossos adversários estão nos acompanhando milimetricamente. Qualquer palavra fora do lugar, eles vão entrar com uma ação. Eu tenho que ter cautela. Eu posso falar no máximo isso: o DEM tem várias pesquisas, nós não vazamos, mas nós sabemos em qual terreno estamos pisando.


Da redação Universo Político.com



18-05-2024
 

 

 

Resultados - Elei��es

 

Setransp

 

Setransp

 

Setransp

 

 

Parceiros

 

 

Fazer o Bem

 

Ciclo Urbano

 

Adjor

 

Sindjor

 

 

Twitter