Na Política

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01/08/11 | 08:05h (BSB)

André Moura se diz soldado do partido para disputar o Senado em 2014

Deputado vê favoritismo em João, mas acredita ser possível derrotá-lo na disputa pela PMA, em 2012

Por Joedson Telles

 

O deputado federal André Moura (PSC) pode ser o nome do grupo liderado pelos irmãos Edvan e Eduardo Amorim que disputará a única vaga aberta para Sergipe no Senado Federal, em 2014. Nesta entrevista, André não lança seu nome. Todavia não desmente as especulações e vai mais longe, ao admitir ser soldado do partido. O deputado desmente as notinhas publicadas em sites e jornais noticiando um racha entre o PSC e o governador Marcelo Déda. E comenta a possibilidade de o deputado federal Laércio Oliveira (PR) ser o candidato do grupo nas eleições de 2012 para a Prefeitura de Aracaju.

 

UniversoPolitico.com- Deputado, mais uma grande responsabilidade atribuída ao PSC - governar o Estado na ausência do governador Marcelo Déda...
André Moura-
É verdade. O governador Marcelo Déda, com esse ato, demonstra não só o reconhecimento pela importância do PSC no processo eleitoral de 2010 - que contribui muito para sua reeleição - como também demonstra disposição. E é um simbolismo nessa transição de cargo para a deputada Angélica Guimarães, que é do PSC, a gratidão pelo partido ter com o governo do Estado uma parceria em nível estadual, os deputados estaduais do PSC e do nosso bloco partidário como também os deputados federais do PSC, o próprio senador Eduardo Amorim tem sido um parceiro da administração do governador Marcelo Déda não só nesse mandato como também no mandato passado.

 

U.P.- Este ato do governador serve para desmentir notinhas publicadas em sites e jornais noticiando um racha na base?
A.M.-
Com certeza. Essa possibilidade de racha, de rompimento, na verdade, nunca existiu. Sequer discutimos isso internamente no bloco. Logicamente que as divergências existem. Fazem parte da democracia. Se não existissem, é como diz o governador, ‘algo estaria errado' e, logicamente, que nós estamos nos aproximando de um processo eleitoral do próximo ano, e cada um dentro de seu bloco partidário defende suas posições. É natural. O próprio governador Marcelo Déda, e todos os partidos ligados a ele, vão defender seus nomes. Mas tenho certeza que o bom senso vai prevalecer, e no momento propício o grupo vai se reunir para decidir os nomes, para marcharmos rumo ao projeto de 2012.

 

U.P.- Essa "torcida pelo racha" é pequena, grande, está crescendo... como o senhor avalia?
A.M.-
Eu acho que a torcida pelo racha é muito pequena perto do projeto maior, que é o bem dos sergipanos. A qualidade de vida para todos nós. Eu entendo que na política tudo é possível, mas há disposição, se não de todos, mas da grande maioria dos membros do nosso bloco pela manutenção dessa coligação. Eu acho que isso (tentar rachar o grupo) é muito pequeno. Temos que pensar grande. Em todos nós sergipanos. Mas é lógico que as divergências vão continuar existindo. Ninguém pode comungar do mesmo pensamento, e vamos discutir o processo municipal tanto na capital quanto no interior. Eu volto a pedir que o bom senso venha a prevalecer: que venham a existir discussões para que todos os partidos venham escolher seus nomes na capital e no interior. Se proceder dessa maneira, eu não tenho dúvida que essa coligação vai permanecer unida e vitoriosa, agora na eleição de 2012. Espero que isso possa ocorrer e que possamos marchar com o mesmo projeto, a mesma base que nós caminhamos em 2010.

 

U.P.-Na semana passada, o deputado federal Laércio Oliveira disse ao Universo Político.com que o senador Eduardo Amorim e o empresário Edvan Amorim são entusiasta a uma candidatura dele a Prefeitura de Aracaju. André também pensa dessa forma?
A.M.-
Também penso. Eu entendo que nós temos hoje muitos bons nomes e entre eles o deputado federal Laércio Oliveira. Eu entendo que o nosso bloco pode apresentar nomes de viabilidade eleitoral como é o caso do deputado Laércio, que teve uma grande votação aqui na capital, mostrando que sua força política faz parte desse processo de renovação política, que acho que esse País tem que passar porque nós temos que apostar nas ideias novas, modernas, mesclando a experiência com a juventude. Essa juventude não quer dizer o cronologicamente, mas sim juventude de ideias, e o deputado Laércio tem essa juventude para somar e contribuir não só para o Estado de Sergipe, mas também para o Brasil. Então, eu acho que o deputado Laércio é hoje um nome que reúne amplas condições de poder ser colocado pelo nosso agrupamento na mesa de diálogo dentre os outros partidos que compõem a base do governador. E não tenho dúvida que o bloco do PSC com o nome dele e com outros, a exemplo do deputado Zeca, sai fortalecido e vai para o processo com bons nomes. Eu entendo que é bom para Sergipe ter várias opções. É bom para o governador que pode ter no PT um Rogério Carvalho candidato, um Sílvio Santos, no PSB Valadares Filho, Adelson Barreto, é bom para a gente ter dentro do nosso quadro bons nomes. Nomes competitivos que já mostraram identidade eleitoral em 2010 como é o caso do deputado federal Laércio Oliveira.

 

U.P.- Levando em consideração a vantagem que as pesquisas dão hoje ao ex-governador João Alves, numa eventual disputa pela Prefeitura de Aracaju, o senhor comunga com o senador Valadares, que defende o lançamento de mais de uma candidatura pela situação?
A.M.-
Eu acho que se todo o grupo sair unido, logicamente, não se pode deixar de ver a força desse grupo. Se nós pensarmos em vários candidatos para empurrar uma eleição para o segundo turno, o pensamento do senador Valadares, por si só, já demonstra a força política do ex-governador João Alves, porque quando o senador Valadares vem e diz que devemos ter vários candidatos para podermos levar a eleição para o segundo turno é porque tem um receio da base governista enfrentar o ex-governador João Alves Filho. Mas ainda é muito cedo. O nome do João é um nome que, por si só, por sua história política, qualquer cargo que ele venha pleitear sempre vai se sair bem. Eu acho que, enquanto não for consolidado os demais nomes, ainda é muito precipitado. Não podemos menosprezar: as pesquisar têm mostrado o ex-governador com largas vantagens e um amplo favoritismo, e o processo da eleição de 2010 demonstrou isso. Temos que analisar que João derrotou na capital aqueles que nos últimos anos, sem sombra de dúvidas, são as maiores lideranças políticas da capital: o governador Marcelo Déda e o seu vice Jackson Barreto. Então, João Alves, que historicamente nunca conseguiu isso, derrotou os dois de uma vez só na eleição do ano passado, o que demonstra a insatisfação da população da capital com a administração que hoje comanda a capital, e aí não vai nenhuma crítica ao prefeito Edvaldo Nogueira. É uma analise da minha opinião do quadro político. Agora, se você tiver uma eleição que possa ter nomes competitivos do PT, do PSB, do nosso agrupamento, logicamente que isso leva uma eleição para o segundo turno. Então, isso faz com que no segundo turno todos possam se unir a esse candidato. Mas entendo que esse processo ainda não pode ser bem avaliado porque não está ainda tão claro para a população se pronunciar, é muito precipitado. Agora não podemos menosprezar o ex-governador João Alves. Hoje a gente nota andando nas ruas de Aracaju um amplo favoritismo dele, mas volto a dizer: é cedo. É possível reverter esse quadro com bons nomes, nomes que a população conheça, nomes já testados que possam representar a mudança, o novo, para poder oferecer a população da capital.

 

U.P.- Por falar em novo, em idéias novas, André Moura é um político jovem. E há uma especulação sobre uma candidatura sua ao Senado, em 2014. Isso gratifica, mas aumenta a responsabilidade do homem público?
A.M.-
Com certeza. Temos uma responsabilidade muito grande com nosso mandato, mas a partir do momento que o nosso agrupamento político, que outras lideranças políticas começam a citar o nosso nome para uma candidatura, e eu não estou dizendo com isso que sou candidato nem pré- candidato, muito pelo contrário: eu estou muito focado no meu mandado como deputado federal, e ainda está cedo precipitar 2012 quanto mais 2014, mas só o fato de ser citado já demonstra um reconhecimento do trabalho que estamos desenvolvendo na Câmara Federal e aumenta ainda mais o nosso compromisso, e, com certeza, o compromisso e a responsabilidade do nosso grupo como um todo. Somos apenas dois parlamentares federais e o senador Eduardo Amorim, mas eu tenho certeza que tem um papel muito grande a cumprir lá na Câmara Federal e no Senado, representando Sergipe e trabalhando para poder, na parceria com o governo do Estado, ajudar. Ser um elo de ligação, para que os benefícios possam chegar de forma concreta para melhorar ainda mais a qualidade de vida do povo sergipano.

 

 

U.P.- O senhor está mais para soldado do partido ou sequer pensa na possibilidade de disputar o Senado?
A.M.-
Soldado do partido eu sempre fui. Tanto é que defendi internamente que o nosso agrupamento, em 2010, fizesse entendimento com o ex-governador João Alves Filho na eleição estadual, mas eu fui voto vencido. A prova maior que eu sou um soldado do partido é que segui a maioria de forma democrática, que optou pelo projeto de reeleição do governador Marcelo Déda. Aquilo no momento deixou de ser um desejo pessoal de André Moura para ser o desejo da maioria, e aí eu marchei unido com o grupo, com o PSC no projeto de reeleição do governador e acredito nesse projeto. Nós vestimos a camisa do PSC, vestimos a camisa desse projeto da renovação política do nosso partido e estamos à disposição do partido para poder discutir, para poder dialogar, para não ser um motivo de discórdia, mas de harmonia para que a gente possa contribui para o crescimento do PSC com o projeto maior do nosso partido que é crescer, que é sem dúvida o maior projeto de renovação dos partidos políticos.

 

U.P.- O senhor tinha uma reeleição tranquila na Assembleia Legislativa de Sergipe, mas teve a coragem de disputar uma eleição de deputado federal bem mais difícil. Essa coragem pode ser um termômetro para se avaliar a possibilidade do senhor tentar um mandato de Senador, em 2014?
A.M. -
Como você bem colocou, eu tinha consciência plena do meu projeto de reeleição para deputado estadual com certa tranqüilidade, mas quando fui convocado pelo partido, e o grupo fez o apelo para que o então deputado Eduardo Amorim disputasse o Senado, naquela mesma reunião, o senador disse que o PSC não poderia perder espaço na Câmara Federal, e o grupo me convocou para essa disputa. Aceitamos esse desafio porque tínhamos a unidade do grupo em torno do nosso nome a e prova maior é que esse planejamento deu certo. Eu sou do grupo e do partido, e se formos convocados vamos discutir o assunto, para analisar de forma coletiva para que esse entendimento seja amplo da melhor maneira possível. As divergências internas fazem parte da democracia, mas o diálogo tem que prevalecer. E prevalecendo, vamos procurar ainda mais fortalecer o PSC, o nosso grupo.

 

Da redação Universo Político.com



18-05-2024
 

 

 

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