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25/07/11 | 22:21h (BSB)

Irmãos Amorim são os maiores entusiastas de uma candidatura de Laércio

Quem revela é o próprio deputado, falando que não existe especulação, e a ideia vem sendo amadurecida

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Laércio: disposição para o pleito

Por Joedson Telles

 

A julgar pelas palavras do deputado federal Laércio Oliveira (PR), nesta entrevista que concede ao portal Universo Político.com, o grupo liderado pelos irmãos Edvan e Eduardo Amorim terá, sim, candidato a prefeito de Aracaju, em 2012: o próprio Laércio. O deputado assegura que os irmãos são os maiores entusiastas de sua pré-candidatura. "Em todos os locais onde a gente se encontra conversamos sobre o assunto. E o bloco, os meus colegas têm externado a simpatia pelo meu nome como pré-candidato às eleições municipais de Aracaju. Para mim, é um orgulho muito grande, e me leva a pensar num projeto com muito mais responsabilidade que recai sobre os meus ombros a partir de uma decisão como essa. Tenho consciência que o momento é muito primário para discutir o assunto. Estamos avançando nesse entendimento, mas tenho mostrado ao grupo a minha disposição de ser. Dou uma palavra muito sincera: o grupo tem o compromisso de unir todos em volta do candidato", diz.

 

Universo Político.com - Deputado, o seu nome é sempre lembrado quando o assunto gira em torno das eleições 2012 que apontarão o próximo prefeito de Aracaju. Recentemente, o deputado André Moura (PSC) disse que o senhor já se colocou à disposição do grupo, e que, inclusive, tem a simpatia de Eduardo Amorim. A sua pré-candidatura sua é para valer ou mera especulação?

Laércio Oliveira- Não é especulação, não. Essa conversa está sendo amadurecida já há algum tempo. Nós estamos conversando. O nosso bloco tem se reunido constantemente. Não o bloco fechado, mas em grupos. Em todos os locais onde a gente se encontra conversamos sobre o assunto. E o bloco, os meus colegas têm externado a simpatia pelo meu nome como pré-candidato às eleições municipais de Aracaju. Para mim, é um orgulho muito grande, e me leva a pensar num projeto com muito mais responsabilidade que recai sobre os meus ombros a partir de uma decisão como essa. Tenho consciência que o momento é muito primário para discutir o assunto. Estamos avançando nesse entendimento, mas tenho mostrado ao grupo a minha disposição de ser. Dou uma palavra muito sincera: o grupo tem o compromisso de unir todos em volta do candidato. A única coisa certa, todavia, é que nós teremos um candidato. E me coloco na condição de pré-candidato sim, sei que tenho condições de contribuir com o município de Aracaju, com o povo de Aracaju, e estamos analisando as possibilidades. Logo mais, no tempo certo, teremos uma decisão. Respeito todos os concorrentes que irão para disputa, mas também reconheço as minhas condições. Eu tenho todas as condições. Julgo-me capaz de administrar a cidade de Aracaju.

 

 

U.P.- Há outro nome colocado no grupo comandado pelos irmãos Edvan e Eduardo Amorim ou só mesmo Laércio Oliveira, neste momento?
L.O.-
Não. Eu não tenho visto nenhuma apresentação de outro nome para concorrer. A verdade é que as ações e as conversas giram em torno do meu nome. E torço para que o nosso nome seja consolidado, porque numa disputa difícil como a que se desenha precisamos demonstrar o que historicamente o nosso grupo tem demonstrado: unidade. E a unidade vem se estabelecendo através dessas conversas que a gente tem tido. São conversas muito interessantes.

 

U.P.- Quando o senhor fala que "a gente terá candidato", esse "a gente" é o grupo dos irmãos Amorim, ou grupo do governador Marcelo Déda?
L.O.-
Falo do grupo que eu participo. Nós fazemos parte do grupo de sustentação do governador, mas o nosso grupo é PR, PSC, PDT, PRB, PTB... então são esses partidos que formam o nosso bloco, que vem se fortalecendo a cada dia, graças a Deus. As nossas ações contribuem para isso. Temos tido uma participação muito efetiva dentro da Câmara dos Deputados. Os três parlamentares federais do nosso agrupamento político (Laércio Oliveira, Heleno Silva e André Moura) trabalham muito firme em Brasília, para fazer valer a confiança que os sergipanos depositaram no nosso nome. E estamos avançando com muita seriedade, com muita firmeza. E, acima de tudo, com muita vontade de fazer sempre o melhor por Sergipe.

 

U.P.- O senhor sente que, pessoalmente, Eduardo e Edvan Amorim, nutrem sentimento por uma candidatura sua?
L.O.-
100%. Posso lhe afirmar com exclusividade: os dois são os maiores entusiastas da minha pré-candidatura a Prefeitura de Aracaju.

 

U.P.- Em o grupo o escolhendo para a disputa, o senhor concordaria com o senador Antônio Carlos Valadares (PSB), que defende mais de uma candidatura na situação, ou recuaria, caso não fosse o único candidato do grupo liderado pelo governador Marcelo Déda?
L.O.-
Estamos num momento em que todos conjecturam ações. Porém, acho muito cedo para definições. Agora, tenho uma posição firmada: a gente tem que refletir muito para dar o passo correto. Depois que o passo estiver dado, não dá para voltar. Não gostaria de macular minha história política com um retrocesso em algum momento. Por isso a gente precisa conversar muito, e estamos buscando, analisando todos os cenários possíveis. Agora, eu tenho a impressão que com o entusiasmo com que a gente discute o assunto, a partir do momento que a gente efetivar o nome - bloco fechado, candidato escolhido -, acho que não podemos mais volta atrás.

 

 

U.P.- O senhor está exercendo um mandato de deputado federal. Já refletiu sobre as consequências, caso precise deixar o mandato pela metade. Isso lhe trará algum prejuízo político?
L.O.-
O prejuízo político para mim significa junto às pessoas, e tenho certeza que a sua pergunta foi nesse sentido.

 

 

U.P. - Evidente. As pessoas que o elegeram parlamentar...
L.O.-
Confesso que penso muito nisso. Preparei-me e persegui durante todo esse tempo a conquista desse mandato. E o exerço com muita vontade, realizando esse desejo de contribuir com o meu estado através de minhas idéias, através de ações, buscando, realmente, validar a política como exercício de cidadania para as pessoas, e isso me deixa muito feliz. O cenário nacional é um cenário que me fascina bastante não só pelos gabinetes de Brasília, mas pela minha atuação nacional. Como você sabe, eu tenho uma atuação muito forte na identidade de classe do Brasil inteiro, quase que mensalmente meu nome é referenciado de alguma maneira - seja com alguma ação em favor da coletividade ou mesmo da classe empresarial, da qual faço parte. O setor mexe muito comigo. Mas eu preciso cuidar do meu povo, da minha gente. E um mandato de prefeito é um instrumento poderoso para colocar em prática ideias benéficas ao coletivo. Algumas pessoas têm comentado comigo: ‘Laércio, você é muito primário. É muito cedo para você disputar a prefeitura, deixando todo o cenário que você construiu' E, realmente, eu tenho refletido muito sobre isso. Como não tem nada definido, estamos caminhando e estudando os cenários. Prefiro ficar como soldado do meu bloco, do meu partido. Opto por ficar nas fileiras. No momento certo, a gente decide.

 

 

U.P.- A vantagem que as pesquisas dão ao ex-governador João Alves não dão cores vivas a tese do senador Valadares? Ou o grupo deve lançar só um candidato e concentrar toda força nele?
L.O.-
Eu acho interessante haver vários candidatos. Eu concordo com essa tese. No nosso partido, nas nossas conversas, defendo isso: que precisamos ter vários nomes. Eu acho que a gente precisa fazer isso mesmo. O eleitor precisa ter algumas opções e é uma estratégia política lançar vários candidatos com potencial para que as pessoas consigam enxergar um processo mais dinâmico. As pesquisas têm surgido, e merecem o nosso respeito. Acredito nas pesquisas. Reconheço que o ex-governador João Alves Filho tem esse potencial pela história política dele. Uma história de muita luta pelo nosso estado, pelo nosso povo, mas isso é o cenário de hoje. A partir do momento que os candidatos se apresentam, esse cenário muda muito, e é nisso que eu aposto. Agora, é preciso deixar claro que eu não estou colocando uma candidatura. Mas se no momento certo eu for declarado candidato sei o que fazer através da minha história, da minha luta e do trabalho que eu venho fazendo até hoje.

 

U.P.- O deputado Mendonça Prado, que também aparece bem nas pesquisas, entende a campanha só começa de verdade quando tem início o programa eleitoral na TV. Como o senhor avalia este juízo?
L.O. -
Exatamente. Na verdade, é isso mesmo. O eleitor em sua maioria só começa a pensar em eleição quando vê os candidatos na TV. Então, faz parte do processo político, é natural, mas nós vamos avançando. Enquanto isso, continuaremos a trabalhar na Câmara dos Deputados para realizar pelo Brasil e pelo meu estado... E tenho procurado estreitar cada vez mais o relacionamento com os prefeitos. Não existe um deputado, se ele não conseguir recursos para o seu estado, mesmo tendo uma atuação muito positiva no cenário nacional. Aliás, o papel de um deputado federal primeiro é abastecer o seu estado com recursos de toda natureza para que os governantes municipais e o próprio governo do Estado tenham condições de empreender, de realizar e tornar o nosso estado um celeiro de desenvolvimento, de progresso para o seu povo. Portanto, somos a porta para que os prefeitos e os governos busquem esses recursos para o estado. Eu tenho consciência disso. Apesar de ter feito uma eleição totalmente fundamentada na vontade popular, só com o apoio do prefeito de Socorro, Fábio Henrique, mas eu havia me colocado à disposição de todos os prefeitos. Se você for visitar algumas prefeituras deve ter pelo menos umas seis correspondências do deputado Laércio Oliveira, porque eu quero conhecer as necessidades de cada uma. Quero buscar recursos, viabilizar os projetos. O que acontece é que às vezes os municípios têm vários problemas, além da questão fiscal existe também a questão da qualificação técnica para poder resolver os problemas. Estou muito preocupado com isso, penando em achar uma solução nesse sentido.

 

U.P.- Pelas suas palavras, pelo menos da parte de Laércio Oliveira, não se faz política com rancor, com ódio... Política é o momento. E não apenas Socorro, mas os demais municípios cujos gestores não votaram em Laércio podem contar com o senhor. É isso?
L.O.-
O primeiro ato meu, no ofício 001 do gabinete, foi me apresentar a todos os prefeitos. Eu abraço a todos, recebo a todos, aqueles que me procuram lá no gabinete tenho o maior carinho de recebê-los, tenho procurado conhecer pessoas que apenas ouvir falar no processo político e que não tinha aproximação. Aliás, ainda hoje existem prefeitos que eu não conheço. Mas a partir do momento que eu sei quem é, me apresento, me coloco à disposição para ajudar, e quero fazer como o senador Eduardo Amorim, que foi em todos os municípios, tentou ajudar a todos, e ajudou a grande maioria. Às vezes não é preciso que você consiga uma coisa enorme, mas qualquer coisa que você consiga levar para o município é positivo, e isso não é nenhum troféu, nenhuma conquista. Isso é uma obrigação que os deputados federais têm e eu tenho procurado me apresentar como tal. Sei que todos os prefeitos têm os seus deputados federais, mas eu tenho procurado me apresentar para oferecer o meu trabalho, independentemente de relacionamento com A ou com B. Isso é um fato que eu procuro praticar todos os dias quando chego lá (na Câmara). Outro detalhe importante que quero comentar aqui com você é o relacionamento com a bancada federal. Nós temos tido um relacionamento muito positivo e é muito interessante a atuação de todos. Acho um nível muito bom, todo mundo na sua área e todas as ações têm sido para o nosso estado. Então, a gente vem conversando sempre e, da minha parte, não existe rancor com nenhum deles. Pelo contrário: a gente tem procurado ter uma bancada forte para os interesses de Sergipe, e um fortalece as ideias do outro, porque aquilo ali vai ser bom para o nosso estado. Então, se é bom para o nosso estado, nós somos todos aliados.

 

 

U.P.- Como parlamentar e presidente do PR em Sergipe, como o senhor acompanha toda a polêmica envolvendo o partido em nível nacional, culminando com a queda do ministro Alfredo Nascimento?
L.O.-
Com muita tristeza, acima de tudo. É lamentável que o meu partido esteja envolvido num problema como esse. Mas acho que existe uma certa injustiça. O ex-ministro Alfredo Nascimento ofereceu todas as condições para ter os fatos esclarecidos. Abriu o seu sigilo bancário, ofereceu à Receita Federal todos os seus dados para serem investigados... Além disso, quando a revista Veja saiu com a reportagem, de imediato, o ex-ministro Alfredo Nascimento demitiu as pessoas que estavam supostamente envolvidas, mesmo sem ter provas de que alguém tenha cometido crime. Mas a maneira que as coisas foram colocadas foi como se já houvesse provas irrefutáveis. E partiu-se para a crucificação de pessoas sem apuração, sem provas. Existe sensacionalismo. Não só nesse fato, mas é comum em todo o Brasil o sensacionalismo, quando surge qualquer denúncia. Não se espera provas. Agora, havendo provas, minha opinião é que os culpados paguem pelos seus erros.

 

 

Da redação Universo Político.com



18-05-2024
 

 

 

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