Durante debate acirrado entre parlamentares da situação e oposição na Assembleia Legislativa, na sessão desta quinta-feira, dia 30, o programa eleitoral do candidato a prefeito de Aracaju, João Alves (DEM), acabou recebendo várias críticas do líder do governo, o deputado Francisco Gualberto (PT), que chegou a afirmar que a propaganda de João está virando gozação na cidade.
"É o João faz tudo. Está virando chacota. As redes sociais na internet estão cheias de piada. Dizem que João fez a nave que levou o homem à Lua, fez a muralha da China, fez a estátua da Liberdade. Mas uma coisa eu sei que ele fez e pode até patentear: a forma da inverdade contínua", analisou Gualberto. "Agora, se for eleito, ele vai querer fazer mais uma façanha: diminuir Aracaju", provocou.
De acordo com entrevistas concedidas por João Alves, a intenção do seu grupo é considerar a região do Mosqueiro como integrante do município de São Cristóvão. Isso para favorecer grandes empresários que possuem terra na região, já que os impostos ficariam mais baratos. "Esse debate veio à tona por conta de uma ação judicial apresentada por José Carlos Machado, candidato a vice na chapa de João. Ele próprio é dono de terras no Mosqueiro".
O deputado Gualberto chegou a sugerir a realização de um plebiscito na área para que a população decida sobre o destino do Mosqueiro, se permanece em Aracaju ou se transfere para São Cristóvão. "É que Machado e seus amigos são muito pobres. Precisam de ajuda para pagar o IPTU. Então, quem sabe, podem até ficar isentos do pagamento de impostos?", apontou o parlamentar petista.
Também em relação ao programa eleitoral de João, Gualberto disse considerar um absurdo a proposta de premiar guarda municipal que assassinar suposto bandido. "Ele disse isso numa reunião com empresários do comércio. Garantiu que vai armar a Guarda Municipal e promover o agente que executar um bandido. Onde já se viu isso?", indignou-se Gualberto, lembrando que no Brasil não existe legalmente pena de morte. "E o mais grave de tudo é fazer um anúncio desses como projeto de governo".
Com essa proposta de João, segundo Gualberto, a missão da GM será assassinar para ser promovido. "Tenho certeza que essa proposta não é de combate à violência. É de aumento da violência. Imaginem quantos adolescentes, até inocentes, poderão ser assassinados para que alguém receba uma promoção na carreira? Essa ideia é um absurdo e precisa ser combatida".
Da assessoria do parlamentar
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