Na Política

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21/09/10 | 13:35h (BSB)

"Se há algum gigantismo na minha ação política é o gigantismo da força do povo"

No debate da TV Atalaia, Déda apresenta propostas. Demais candidatos utilizam tempo para atacar

O candidato à reeleição ao governo de Sergipe, Marcelo Déda (PT), participou na noite dessa segunda-feira, 20, do segundo debate das Eleições 2010. Desta vez, o debate foi realizado pela TV Atalaia, afiliada da Rede Record de Televisão. O programa foi dividido em quatro blocos com duas rodadas de perguntas e respostas com direito a réplica e tréplica entre os candidatos.

 

Com a mediação do jornalista Gilvan Fontes participaram do debate, além do governador Marcelo Déda, Avilete Silva Cruz (PSOL) e João Alves (DEM). Os demais concorrentes ao pleito majoritário não foram convidados porque não possuem representantes na Câmara Federal.

 

Ao chegar à emissora, Marcelo Déda foi recebido com festa pela militância que ocupava a frente da TV Atalaia com bandeiras e faixas. No pátio interno da televisão, o candidato respondeu as perguntas dos repórteres de vários veículos. Disse que o debate é um instrumento da democracia, que iria responder as perguntas com firmeza e educação.

 

"O programa é uma oportunidade para que os eleitores conheçam as proposta do nosso programa de governo e, também, para que eu possa prestar contas à sociedade do trabalho que desenvolvi no governo de Sergipe nesses 3 anos e 9 meses", declarou Déda.

 

1° Bloco

 

No primeiro bloco do debate, Marcelo Déda falou sobre a política agrícola de seu governo. Lembrou que encontrou a Emdagro no início de seu governo, sob o risco de extinção, mas que ampliou a empresa investindo em máquinas e equipamentos, saindo de 14 mil agricultores assistidos para 40 mil famílias de agricultores familiares que hoje tem assistência técnica e extensão rural.

 

"Nunca antes um governo do Estado ofereceu horas de trator ao agricultor familiar para preparar a sua terra. Fizemos uma reforma agrária pacífica. Desapropriamos 100 mil hectares de terra e colocamos lá 1.200 famílias de trabalhadores. Progresso e paz para o campo é o que queremos para Sergipe", afirmou Déda.

 

Questionado por João Alves sobre o fechamento de hospitais, Marcelo Déda disse que: "sou um homem educado, e não vou chama-lo de mentiroso, mas o senhor está faltando com a verdade". E lembrou, aos telespectadores, que foi João Alves quem fechou 10 hospitais no Estado e que, no final do seu governo, contratou uma empresa baiana para administrar os hospitais de Sergipe. Em seguida rebateu a acusação de que o hospital de Socorro havia sido fechado.

 

"Em 2006, o hospital de Socorro fez 32 mil atendimentos e nós fizemos, até junho desse ano, 96.452 atendimentos. Nenhum hospital foi fechado para ser reformado", afirmou Déda e acrescentou que pode-se até criticar o atendimento, mas mentir para a população é feio.

 

O governador afirmou que tem a obrigação de defender a verdade e colocou que o ex-governador João Alves deixou, no último mandato, as escolas técnicas de Aracaju e Neópolis sem concluir, alertando que foi o seu governo que terminou a obra e colocou as escolas em funcionamento.

 

Ainda com relação à Educação, Déda lembrou que Sergipe foi o primeiro Estado a conceder o piso salarial dos professores de forma integral; já o ex-governador João Alves tem em sua biografia uma característica muito clara, a de ser um dos que mais maltratou o magistério público, fazendo com que eles tivessem perdas salariais.

 

"Eu não tenho 12 anos de governo, tenho 3 anos e 9 meses, e conseguimos nesse pequeno período ofertar aos professores uma proposta que eles aprovaram a partir da compreensão de que o direito dos professores de receber o piso nacional do magistério era elemento fundamental para melhorar a qualidade de ensino. Algumas gratificações que eram colocadas para incrementar o salario não eram incorporadas no ato da aposentadoria, mas com a aplicação do piso os aposentadores foram beneficiados. Na verdade, o piso foi uma conquista que esse governo tem orgulho de dizer que implementou ", destacou o governador.

 

Marcelo Déda questionou o ex-governador João Alves com relação à Lei de Responsabilidade Fiscal, perguntando como ele conviveu, em seu último mandato, com a Lei que impôs novos padrões aos Estados brasileiros. João Alves fugiu da resposta com acusações ao governador Marcelo Déda.

 

O governador alertou ao público que João Alves não respondia a pergunta e corria da resposta, fato que caracterizava a cabeça atrasada do ex-governador.

 

"A visão do ex-governador é de antes da Lei de Responsabilidade Fiscal, por isso que ele deixou o Estado com resultado primário deficitário, deixou um acumulo de R$ 172 milhões de dívidas. Quem diz isso é o próprio candidato à vice dele, que assinou a prestação de contas dizendo que o João Alves não é um governante que atende a Lei de Responsabilidade Fiscal", alertou Déda.

 

2° Bloco

 

No segundo bloco, o governador Marcelo Déda colocou que é mesmo amigo, companheiro e compadre do Presidente Lula e tem muito orgulho disso. Em seguida lembrou: "O senhor foi nomeado prefeito biônico pelos generais. O senhor foi ministro de José Sarney por três anos, foram quase 40 anos de ligação ao poder".

 

Ao se referir aos problemas da zona de expansão de Aracaju, Marcelo Déda comentou que o ex-governador, como especulador imobiliário, sabia muito bem que região sul de Aracaju há muito tempo é explorada por construtores.

 

"O problema da zona de expansão iniciou-se com o senhor que foi quem construiu rodovias sem se preocupar com o meio ambiente, com a drenagem, sem se preocupar com o que viria depois. Então, o senhor não traga os problemas que o senhor criou para jogar no meu colo. Esses problemas eu tenho que resolver, mas o criador dos problemas está aqui do lado. É o estilo João Alves de construir, constrói hoje e os problemas virão depois", alertou o governador ao público.

 

Déda ainda falou sobre as políticas de geração de emprego e renda em Sergipe. Afirmou que trouxe 55 empresas para o Estado e, há 3 meses, Sergipe é proporcionalmente o Estado que mais gera emprego industrial.

O governador comentou também que foi a sua administração que resgatou a dignidade dos militares em Sergipe, implantado um plano de cargos e salários para a Polícia Militar que é referencia em todo o Brasil.

 

3° Bloco

 

Ao iniciar o terceiro bloco do debate, Déda falou sobre o processo que enfrenta na Justiça Eleitoral por ter cumprido o seu papel, enquanto prefeito de Aracaju, inaugurando obras para povo.

 

"Meus adversários argumenta que eu teria usado a inauguração de obras, quando eu era prefeito, para a campanha para governador. Lembrem-se, quando eu concorri ao governo na eleição passada, eu estava fora da prefeitura, eu não tinha nenhum cargo. Quando o processo foi julgado pelo TRE, eu fui absolvido por unanimidade. Esse processo está no TSE porque os partidos coligados com meu adversário o levaram até lá. Eu estou com a consciência tranquila, não pratiquei corrupção, não fiz qualquer crime eleitoral", esclareceu Déda.

 

Déda ao abrir a segunda rodada do bloco abordou a questão da malha rodoviária, se dirigindo à candidata Avilete, mas não conseguiu resposta quanto às propostas da candidata para a questão das estradas. Déda lembrou que, em seu governo, foram 216 km de recuperação na Rota do Sertão. Afirmou que, na prática, a obras são verdadeiras reconstruções de estradas construídas por João. "João construía estradas no palanque, mas quando chegava no governo esquecia suas promessas", destacou o governador.

 

Em vez dos candidatos Avilete e João Alves perguntarem e responderem perguntas um ao outro, promoveram um verdadeiro bombardeio ao governador Marcelo Déda com informações contraditórias e infundadas.

 

Ao ser questionado sobre o fato de Sergipe não possuir a refinaria que João Alves dizia que iria trazer para Sergipe, Déda afirmou que os sócios espanhóis que iriam construir a refinaria não conseguiram comprovar a capacidade financeira e técnica para a obra.

 

"Um deles tinha uma empresa de aviação, de taxi aéreo, e outro era diretor do clube Real Madri. Eu tenho uma reportagem de uma revista espanhola mostrando a crise entre esses sócios e a completa incapacidade deles para construir a refinaria. A refinaria de doutor João foi um conto de fadas, uma invenção para tentar vencer uma eleição. Não conseguiu. Mas mesmo assim, nós demos o benefício da dúvida a essa empresa e eles não conseguiram provar capacidade financeira para levar o projeto à frente", esclareceu Déda.

 

4° Bloco

 

Nas considerações finais Marcelo Déda afirmou que está na luta pelo povo de Sergipe há muito tempo. Pediu aos telespectadores que lembrassem a transformação promovida por ele, enquanto prefeito de Aracaju, fazendo dela a capital com mais qualidade de vida do Brasil. Que atentassem para a luta para libertar Sergipe das oligarquias, dos poderosos.

 

"Parece até brincadeira dizer que eu, servidor público federal, que eventualmente estou no governo, seja este ‘Golias' que João Alves tanta fala, e ele que é o dono de um jornal, de uma rádio, o dono da construtora Habitacional, dono da fazenda Jundiaí, este grande proprietário de Sergipe, agora virou o pequenino ‘Davi'. Pode até ter alguma verdade, porque a minha força é a força do povo de Sergipe; se há algum gigantismo na minha ação política é o gigantismo da sua confiança, da sua fé no meu trabalho", afirmou Déda aos telespectadores, concluindo que acredita no povo que deseja continuar seguindo em frente com as mudanças para a construção de um Sergipe forte e desenvolvido.

 

Da assessoria do candidato Marcelo Déda

Foto: César de Oliveira



15-05-2024
 

 

 

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