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09/09/10 | 19:36h (BSB)

Déda admite erro com os médicos

"É óbvio que o governador não lê o relatório técnico que tem centenas de páginas", justificou ao se retratar

"Jamais assinaria um documento com teor ofensivo aos médicos do meu Estado. Recebi um processo contendo um ofício para que eu assinasse, onde eu solicitava o apoio ao Conselho de Medicina para os cursos da Universidade de Lagarto. Li e assinei o ofício que não continha nem uma vírgula ofensiva a classe médica do Estado. É óbvio que o governador não lê o relatório técnico que tem centenas de páginas. Este é um trabalho para os técnicos da área. Quando tomei conhecimento do parágrafo, determinei à Secretaria de Estado da Saúde, Mônica Sampaio que pedisse desculpas públicas aos médicos", afirmou o governador.

 

Com essa justificativa, Marcelo Déda se apresentou junto à classe médica sergipana em almoço com representantes de diversas entidades médicas de Sergipe nessa quinta-feira, dia 9, na Sociedade Médica de Sergipe (SOMESE). Estavam presentes ao evento diversos médicos, além de representantes de entidades da categoria, como a Associação Médica de Sergipe, o Conselho Estadual de Medicina, além de dirigentes de vários hospitais particulares e públicos, e do candidato ao Senado, o médico Eduardo Amorim (PSC), da coligação ‘Para Sergipe Continuar Seguindo em Frente".

 

Inicialmente, o governador fez uma explanação sobre as etapas que seu governo desenvolveu para a construção da política pública de Saúde em Sergipe, destacando o investimento de R$ 300 milhões que seu governo aplicou na Saúde Pública de Sergipe e os avanços já alcançados com relação ao aumento da rede de hospitais, clínicas, unidades de pronto atendimento e Samu; além dos investimentos aplicados no atendimento mais humanizado à população e valorização dos profissionais.

 

Durante o debate que se seguiu, o governador foi questionado sobre o ofício, por ele assinado, solicitando apoio ao Conselho Federal de Medicina para a criação do Campus de medicina de Lagarto, no qual havia uma observação sobre a qualidade dos profissionais médicos de Sergipe.

 

Em seguida, Marcelo Déda passou às mãos do presidente da SOMESE, Petrônio Andrade Gomes, uma publicação do projeto do Campus de Lagarto, já sem o referido parágrafo infeliz e do ofício que foi assinado por ele. "Se alguém encontrar uma vírgula no ofício que eu assinei que seja ofensiva aos médicos do meu Estado eu abro mão da minha candidatura. Vou embora prá casa", desabafou Déda.

 

"Foi um erro do governo? Foi. Por isso que as críticas ao governo são procedentes e corretas. O governo não pode se dirigir a uma categoria da maneira como se dirigiu, pela via da Secretaria de Saúde, seja quem for que tenha elaborado esse documento", declarou Déda e acrescentou: "somos obrigados a assumir um erro de governo, quero afirmar que não é aquela avaliação que tenho da medicina do meu Estado".

 

O presidente da Somese, Sociedade Médica de Sergipe, Petrônio Andrade Gomes disse que esse era um assunto que deveria ser superado, que as justificativas já foram dadas, e em seguida, entregou um manifesto com algumas reivindicações da classe médica ao candidato Marcelo Déda. Segundo o presidente, o manifesto destaca dois pontos: a regulamentação da emenda constitucional n° 29 e a criação da carreira de médico no governo de Estado de Sergipe.

 

"A emenda 29, de autoria do Senador Antônio Carlos Valadares, fixa os percentuais mínimos a serem aplicados pela União, Estado e Municípios que a partir do ano 2000 tiveram que investir 5% a mais do que havia investido no ano anterior e determinou que nos anos seguintes esse valor fosse determinado pela variação nominal do PIB. Os Estados ficaram obrigados a aplicar 12% da arrecadação dos impostos em Saúde", destacou Petrônio.

 

"Nessa reunião, queremos saber do governo Marcelo Déda sobre a aplicação da emenda 29. Além, de ouvirmos qual a proposta de seu plano de governo para com a questão salarial da categoria médica que atua na rede estadual", destacou Petrônio.

 

"O Estado de Sergipe cumpre rigorosamente a emenda 29, tanto no valor reservado no orçamento para a saúde quanto na filtragem do destino das aplicações, só é contabilizado aquilo que, efetivamente, é aplicado na Saúde. Apesar da emenda ainda não estar regulamentada aqui nós cumprimos o que foi determinado", afirmou o governador.

 

Com relação à criação de um plano de cargos e salários para a categoria, Marcelo Déda informou que a política de remuneração depende da capacidade financeira e fiscal do Estado, além da observância da política de responsabilidade fiscal.

 

"Nós temos um grave problema na política de remuneração no Estado. E não é só com relação à categoria médica, mas com todas as categorias de nível superior da administração. A remuneração é composta do salário base e, na maioria das vezes, com as gratificações. Com as fundações nós resolvemos uma parte desse problema, quando incorporamos essas gratificações ao salário dos funcionários, enfim, demos transparência ao processo remuneratório", esclareceu Déda.

 

Quanto ao pessoal que não aderiu às fundações, Marcelo Déda, disse que deve trabalhar com algum valor como, por exemplo, a perspectiva de "trabalho igual, salário igual".

 

"Precisamos trabalhar com o objetivo de recrutarmos todos os aprovados em concursos anteriores e, assim, reduzir a necessidade de contratação externa de profissionais. Esse é o nosso esforço. Vamos incorporar essa necessidade na política salarial estadual, principalmente, com relação à categoria médica", justificou Déda.

 

Da assessoria do candidato Marcelo Déda



14-05-2024
 

 

 

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