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31/08/10 | 20:59h (BSB)

João diz que achou que Déda entraria para história como maior governador

"Foram quatro anos de desgoverno, de incompetência e de perseguição", disse o ex-governador

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João durante entrevista/ Foto Diógenes Di

O ex-governador João Alves Filho (DEM), candidato da coligação "Em Nome do Povo", garantiu, nesta segunda-feira, dia 31, na Rádio Cultura, que o seu programa de governo salvará Sergipe do abandono e do descaso nas áreas da Saúde, a Segurança Pública e Educação. "Foram quatro anos de desgoverno, de total incompetência administrativa e de perseguição política", disse João, revelando os dois pontos fortes do seu projeto político: erradicar as casas de taipas, levando energia elétrica e água encanada para todas as casas do Estado e implantar um programa de desenvolvimento auto-sustentável.

 

João respondeu às perguntas do apresentador do programa, tirou dúvidas dos eleitores, e explicou aos ouvintes porque aceitou ser candidato ao governo do Estado, ao invés de disputar o Senado Federal, e, segundo ele, se eleger folgadamente.

 

"Achei que esse governador entraria para a história como o maior administrador de Sergipe. Estava convicto de que ele iria encher o Estado de obras públicas e implantar uma forma diferente de governar. Mas foi um ledo engano. O compadre do presidente Lula não tinha Plano de Governo. O que ele sabe fazer é falar bem e representar. Daria um bom ator global", finalizou.

 

"Cheguei a falar com Maria, minha mulher, que iria para o Senado, no entanto quando voltei de São Paulo, onde passei dois anos, conheci uma nova realidade do Estado de Sergipe. Tudo estava abandonado, as escolas não funcionavam, os hospitais foram derrubados ou fechados e o povo morrendo nas eternas filas de espera e sem segurança em sua própria casa. O único caminho foi aceitar o desafio e me candidatar ao Governo novamente, disse convicto.

 

Observando que contando apenas com o apoio de apenas três prefeitos, sem dinheiro e sem caciques políticos, João disse que está fazendo uma campanha franciscana, que conta com dois pontos fortes que seu adversário não tem: a força de Deus e o apoio popular.

 

"Quando estava no Governo, éramos, segundo a ONU, o Estado da América Latina com o melhor programa de erradicação da miséria - deixamos Sergipe com o melhor IDH do Nordeste. O turismo gerava milhares de empregos diretos e indiretos e a economia dava sinais de crescimento ano a ano. Os empresários do trade turístico até hoje reconhecem que o nosso governo impulsionou o setor considerado a indústria sem chaminés".

Segurança

Em se tratando de Segurança Pública, o ex-governador lembrou como um fato dramático o atentado sofrido pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE/SE), o desembargador Luiz Mendonça, e o seu motorista, o policial militar Jailton Batista. "Uma autoridade de poder judiciário foi vítima de um atentado no meio da avenida mais movimentada da cidade, em plena luz do dia. Ele e seu motorista foram alvejados e os bandidos fugiram sem ser incomodados", lembrou.

 

De acordo com João Alves, "se uma pessoa dessas, com a autoridade de que está investido, sofre um atentado desses, imagine um simples cidadão?", indagou. Outro fato lembrado por João foi a tentativa de invasão à casa do Secretário de Segurança, o delegado João Eloy, na última semana. "É uma coisa patológica. E por conta disso o Estado virou um pólo do tráfico de drogas, e o crack está tomando conta dos nossos jovens. No meu governo, deixei Sergipe com a melhor Segurança Pública do Nordeste", lembrou.

 

O ex-governador observou que Sergipe tem um efetivo de policiais que não ultrapassa a casa dos oito mil militares e civis. "Esses números comprovam que a quantidade de policiais é insuficiente para combater o crime. É preciso aumentar o efetivo. Temos municípios com dois soldados para cuidar da segurança de 20 mil habitantes. Isso é fruto da política adotada. Eles deixaram de realizar exames para admissão de novos soldados. Vamos fazer uma ação que já fizemos com sucesso. O programa ‘Primeiro Emprego'".

Saúde

Ao comentar sobre a Saúde Pública, João Alves disse que se encontra destroçada. Segundo ele, a melhor expressão, hoje, está na entrevista concedida a Universo Político.com pelo presidente do Sindicato dos Médicos de Sergipe, José Menezes: "o governo que nós construímos foi uma decepção", resumiu o médico.

 

"Primeiro, destruíram o Hospital João Alves: colocaram máquinas, passaram tratores. Nunca vi tanta desumanidade. Quero afirmar que vou reconstruir o hospital. O Hospital Infantil Público, um dos mais modernos do país, foi quebrado a golpes de marreta. Recentemente, a Justiça condenou o estado a reconstruir em seis meses o hospital. O ex-secretário da saúde do atual governo está sendo processado por improbidade administrativa", disse.

 

João Alves foi indagado por uma ouvinte, de nome Kátia, que queria saber se, ao assumir o governo, o candidato acabaria com a Fundação Hospital. O ‘Negão', prontamente, desmentiu o que está sendo divulgado pelos seus adversários e garantiu: "Não vamos acabar com a Fundação Hospitalar, muito pelo contrário: vamos retomar o projeto da Fundação, transformando-o numa entidade jurídica de direito público, e os servidores serão submetidos ao regime estatutário e terão estabilidade no emprego. Eles criaram a fundação, como uma entidade de direito privado, passaram medo e insegurança e perderam os melhores profissionais", avaliou.

Educação

Sobre a área da Educação, o ex-governador garantiu que sempre foi sua paixão. "Examinando o que fizemos no passado, podemos projetar o futuro. Chegamos a ‘Era do Conhecimento'. Hoje, o País rico não é que tem ferro, petróleo ou ouro. Os tigres asiáticos provaram isso. Eles investiram na qualidade do ensino. Capacitaram os jovens e desenvolveram o País. No meu novo governo, vou retomar os projetos que elevaram Sergipe a condição de quinta melhor educação pública do País".

 

João assegurou ainda que, antes do seu último governo, apenas 92 estudantes da rede pública, de um total de 16mil alunos, conseguiram ser aprovados no vestibular da Universidade Federal de Sergipe (UFS), no primeiro ano após a conclusão do curso médio.

 

"Quando nós saímos do governo, aumentamos esse número de 92 para 3.250 alunos do ensino público que ingressaram na Universidade Federal de Sergipe. Implantamos o pré-vestibular gratuito. Dávamos incentivos para o aluno. O aluno melhor colocado ganhava um carro zero quilômetro. Muitos outros que moravam no interior eram contemplados com bolsas de estudo. Hoje, temos a pior educação do País. Esse desgoverno está com os dias contados", finalizou João, agradecendo ao professor e apresentador Jairo Alves de Almeida e aos ouvintes da Rádio Cultura de Sergipe.

 

Por Nubem Bonfim



14-05-2024
 

 

 

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