A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) reuniu-se, no início da noite desta quinta-feira (05), com o candidato à reeleição ao governo Marcelo Déda (PT) para debater a relação entre o Estado e a classe trabalhadora. O encontro aconteceu no auditório do Sindicato dos Bancários e representou um passo a mais no diálogo entre o movimento sindical e o candidato Déda. No encontro estiveram presentes diversas entidades representantes dos trabalhadores, além do candidato ao Senado pela coligação ‘Para Sergipe continuar seguindo em frente' Eduardo Amorim e do presidente estadual do PT e vice-prefeito de Aracaju Silvio Santos.
Na ocasião o presidente da CTB, Edval Góis, entregou ao candidato Marcelo Déda um documento com uma análise dos três anos e meio do seu governo, além de apontar sugestões para melhorar a relação entre os gestores do governo estadual e os trabalhadores.
"É preciso que haja mais profissionalismo de ambas as partes; e evidentemente nós, trabalhadores, temos que estar mais preparados para minimizar os conflitos. Ninguém ganha com isto, nem a população, que usa os serviços prestados pelo governo, nem os trabalhadores e nem o governo. Nós queremos uma comunicação mais direta com os dirigentes estaduais, um diálogo mais permanente com os servidores".
Marcelo Déda agradeceu o apoio da CTB para a continuação do projeto político que ele representa no Estado de Sergipe. "Recebo com muita honra o apoio de cada um dos companheiros. Recebo com respeito às críticas que fazem em alguns pontos. Recebo com humildade e faço uma autocrítica nas questões que vocês me colocam", destacou Déda.
O candidato Déda ainda acrescentou: eu me lembro que com 3 meses de governo eu tive trabalhadores na frente do Palácio me cobrando a solução dos problemas da classe trabalhadora. "Temos que ser humildes, a classe sindical não está aqui para passar a mão no governo, mas sim cobrar melhorias, apontar sugestões para melhorias das classes trabalhadoras", ressaltou o candidato.
Para Déda é preciso avançar, encontrar e contornar os erros. "Não é apenas o fato de sermos todos de esquerda que estamos em acordo com o movimento sindical. Precisamos revitalizar o diálogo entre os dois lados", salientou o governador, além de acrescentar que eleger um companheiro de esquerda não resolve todos os problemas da classe, mas garante o diálogo permanente.
O candidato Marcelo Déda lembrou ainda que a sua administração obteve avanços que diferenciam o seu governo do governo dos adversários. "Avançamos com o magistério, com a polícia, se não avançamos em todos os segmentos, também não houve retrocessos. Nós buscamos garantir a preservação do poder de compra de grande parcela dos trabalhadores", destacou o candidato.
A hipótese da privatização do Banese e da Deso foi enfaticamente negada por Déda. Segundo ele há no governo uma política clara de não privatização desses órgãos. "Deso e Banese são patrimônios do povo sergipano", afirmou o governador.
"Em nenhum momento do meu governo nem o Banese nem a Deso correram risco de privatização. No caso específico do Banese, ele não correu nem mesmo o risco de incorporação pelo Banco do Brasil ou Caixa Econômica. Eu não dei qualquer espaço para que o Banco do Brasil ou a Caixa tivessem a ousadia de propor a compra do Banco do Estado de Sergipe" desabafou Déda.
Para o governador o único risco que o Banese tem de quebrar é a volta dos governadores do passado. "O Banco correu risco em 2006 porque foi administrado com irresponsabilidade. Risco de quebrar o Banese é a volta do gestores do passado que não tem compromisso com o Estado, nem com o povo, nem com os trabalhadores", enfatizou o candidato.
Da assessoria de imprensa
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