Por Raissa Cruz

O deputado federal e candidato a prefeito de Canindé, Heleno Silva (PRB), denunciou na nesta sexta-feira, 28, uma suposta perseguição que estariam fazendo aos seus eleitores no Município, e afirmou que o prefeito Orlandinho deixou a cidade nas mãos dos seus secretários, que segundo Heleno, temem qualquer possibilidade de quebra de sigilo. “Existe o presidencialismo, o parlamentarismo, mas em Canindé se instalou há o secretarismo. Onde quem manda são os secretários”, disse ele.

“O vice que assumiu por trinta dias (quando o prefeito se afastou por problemas de saúde) tentou uma linha de diálogo com os professores, mas o secretário geral, Kaká Andrade, que manda em tudo lá proibiu. E o próprio prefeito desconhece a realidade do Município. Os secretários dizem que tem R$ 3 milhões na receita, quando na verdade a receita é em média R$ 10 milhões por mês. Em sete meses Canindé recebeu R$ 64 milhões. Mas quem sabe, Orlandinho, os seus secretários estão dizendo uma coisa para você e fazendo outra”, cutucou Heleno, em entrevista hoje a rádio Mega FM.

Como o prefeito havia desafiado na imprensa Heleno de quebrar seu sigilo bancário, o candidato respondeu: “Como parlamentar minha prestação de contas é transparente no sistema das contas públicas para todo Brasil ver. Mas tem secretários de Orlandinho que só de ouvir falar em quebrar o sigilo tremem as pernas. Eu desafio que eles mostrem seus contracheques, mostrem quanto ganham da prefeitura”, provocou Heleno.

Perseguição

O candidato que está em destaque nas pesquisas eleitorais do Município, citou o caso de um servidor que, conforme contracheque apresentado, teve seu salário aumentado em julho com a gratificação, e no mês seguinte, por apoiar Heleno, sofreu uma redução de 50% em seu pagamento. “Agora, em setembro, contrariando a lei eleitoral, o Município demitiu esse funcionário. Tanto que o servidor já foi procurar o promotor eleitoral. E há pessoas em Canindé que tem um programa social de R$ 130 que se apoiarem um candidato contrário ao prefeito são ameaçadas”, denunciou ele.

Criticado pelo prefeito Orlandinho por ter em sua equipe de assessores um ex-presidiário, Heleno rechaçou: “ele usa coisas do passado para esconder o fracasso da sua administração. Se tem gente que vota em mim e foi preso há dez anos, tem gente do mesmo jeito que vota com ele. A diferença é que eu não vou citar nomes como ele fez para difamar a pessoa. Orlandinho me acusa até de cancelar a Festa do Quiabo que foi barrada pelo juiz. Mas eu prefiro frisar que minha campanha é limpa e de projetos, não de difamações”, defendeu-se Heleno.

Da redação Universo Político.com