Candidato a prefeito de Aracaju, João Alves Filho (DEM) apresentou as diretrizes do seu plano de governo para o setor imobiliário na capital sergipana em uma reunião com os empresários do ramo e da construção civil, realizada na manhã desta quarta-feira, no auditório do Celi Praia Hotel. Entre as diretrizes para o setor imobiliário traçadas por João Alves estão a criação de uma Secretaria Municipal de Meio Ambiente; o levantamento dos terrenos do município de Aracaju que podem ser usados na construção de habitações destinadas às famílias de baixa renda e a construção de novos atrativos turísticos para a cidade.

Na oportunidade, João Alves deixou claro que pretende dar apoio aos empresários locais da construção civil, assim como estará sempre aberto às sugestões da classe empresarial. "A prefeitura de Aracaju precisa de uma Secretaria de Meio Ambiente com autonomia. Lógico que sem interferir na esfera do Instituto Nacional de Meio Ambiente - Ibama -, mas a autonomia municipal terá que prevalecer. Isso vai resolver boa parte das questões que hoje são angustiantes", declarou o candidato, lembrando das construções irregulares em áreas de preservação permanente (manguezais).

João Alves destacou que é preciso ter um detalhamento das áreas da prefeitura onde poderão ser construídos novos conjuntos habitacionais para as famílias de baixa renda. "Nós não temos um levantamento dessas áreas. E com o levantamento poderemos franquear os terrenos para as empresas da construção civil objetivando a construção de casas que atendam a classe de baixa renda", disse, ao acrescentar que a população de Aracaju poderá adquirir as casas a um preço ínfimo.

"E se as famílias forem de baixíssima renda, as casas sairão de graça", frisou. Com relação ao apoio à classe empresarial João Alves foi taxativo: "nessa campanha eleitoral não estou tendo o apoio dos empresários da construção civil, mas no meu governo, se eu for eleito pela vontade de Deus e do povo, eles terão o meu apoio, principalmente os pequenos e médios empresários do ramo". Disse. João Alves lembrou que para a construção da ponte que liga Aracaju à Barra dos Coqueiros, feita no seu último governo foi buscar projetos de engenheiros civis da Holanda, mas esse foi um caso à parte.

"Construir uma ponte toda de concreto armado foi uma audácia. Tanto que isso foi motivo de reportagens em revistas européias. São vãos enormes de estaiamento. E a iluminação inferior da ponte foi inspirada nas pontes de Paris. Mas aí foi um caso à parte, pois a maioria das obras que quero fazer em Aracaju vou dar preferência aos empresários locais. Pois eles ganham aqui e investem aqui. Por isso que tenho o maior respeito por eles", destacou. "Infelizmente falta ao empresário de Sergipe a sensibilidade na hora de pesar a diferença de um candidato que é executivo e que sabe fazer, para aquele que é um neófito", ressaltou. Na reunião, João Alves tirou dúvidas dos empresários com relação às mudanças que pretende fazer no Plano Diretor de Aracaju, que já está em desenvolvimento na Câmara de Vereadores.

"Não dá para planejar o desenvolvimento urbano com pessoas que não têm expertises nisso. Não julgo o idealismo dos vereadores, mas o desenvolvimento urbano hoje é de uma complexidade imensa. Exige um trabalho macro. A gente não pode, por exemplo, dar soluções para o transporte sem um plano urbanístico, e quem vai fazer isso é o plano diretor, que não deve ficar somente na Câmara de Vereadores. Se eu for reeleito vou reformular o plano, criando meios para aumentar a densidade urbana, sem causar prejuízos", declarou.

Para João, o ideal, certo e racional, é deixar o plano diretor para a próxima gestão municipal, independente de quem vai ser o prefeito eleito. "Pode ser eu, ou outro prefeito, mas o que importa é que o próximo gestor terá quatro anos para organizar isso com um plano de desenvolvimento da cidade de acordo com a realidade atual. E que fique claro que não tenho interesse em prejudicar classe empresarial", afirmou.

Empresários

Tarcísio Teixeira, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Sergipe (Sinduscon) disse que a iniciativa de reunir os associados com o candidato João Alves foi não só para ouvir as propostas dele, como também dar aos empresários a oportunidade de fazer suas reivindicações. "Queremos ouvir o que ele pretende fazer por Aracaju e também fazer as nossas reivindicações. O pensamento único do candidato e dos empresários é o bem estar do crescimento de Aracaju e da valorização da cidade", concluiu.

O empresário disse que João Alves Filho tem uma visão de futuro com relação ao desenvolvimento urbano de Aracaju. "Ele já demonstrou isso na sua passagem pela prefeitura de Aracaju. Fez uma grande administração, ajudou no desenvolvimento da cidade, conhece o seu crescimento ordenado. Acredito muito na sua capacidade de desenvolver a capital sergipana", declarou Tarcísio Teixeira.

O presidente da Associação dos Dirigentes de Empresas da Indústria Imobiliária de Sergipe (Ademi-SE), Júlio César de Vasconcelos, explicou que para os empresários do setor é muito importante ouvir as propostas dos candidatos, "uma vez que o ramo imobiliário e o da construção civil de Sergipe são um dos setores que mais contribuem para o aumento do crescimento econômico e social do nosso estado e capital. Começamos com João Alves, mas vamos ouvir os outros, para aí vermos se essas propostas atendem nossos objetivos", completou.

Júlio César disse que João Alves tem muito a contribuir para o desenvolvimento de Aracaju. "João fez a abertura dessa rodada de reuniões com os candidatos à prefeitura por meio de um sorteio. No decorrer da semana vamos sorteando os outros candidatos. Acredito em todos, mas quero ouvir a proposta de cada um e aí escolher a melhor para o desenvolvimento do nosso Estado em vários seguimentos. Tenho certeza que João, por ser também do ramo da construção civil e do ramo imobiliário tem muito a contribuir", declarou.

Da assessoria do candidato João Alves