Ao inaugurar ontem (quarta-feira) à noite o Comitê de sua campanha eleitoral, na Avenida Ivo do Prado, o ex-governador João Alves Filho, candidato a prefeito pela coligação "Aracaju não pode esperar" - que engloba uma coalizão formada pelos partidos DEM, PSDB, PP, PSC, PTN, PMN, PR, PTB, PRP, PSL, PTC, PRTB e PPL - , exortou o eleitorado da capital sergipana a se unir em torno de um objetivo comum: "o de afastar da gestão municipal da cidade aqueles administradores públicos que só se preocuparam com o seu próprio umbigo, com seus interesses pessoais, enquanto vilipendiaram Aracaju e abandonaram o seu povo à própria sorte" .

Com a realização do evento, João deu a partida inicial de sua candidatura a prefeito e externou a convicção de que a vitória será alcançada ainda no primeiro turno. Suas declarações repercutiram entre milhares de pessoas que compareceram à festa do candidato democrata para manifestar seu apoio e prestar uma homenagem, diante do retorno do ex-governador ao exercício pleno da vida politica sergipana.

Afirmando que os que hoje governam o estado e a capital não sabem trabalhar e sequer são afeitos ao trabalho, João Alves prometeu aos aracajuanos que, "ao contrário daqueles gestores públicos que só se comunicam com o povo através do twitter", ele pretende dedicar apenas 30% do seu tempo ao gabinete, enquanto destinará os 70% restantes ao trabalho junto ao povo da cidade, conhecendo pessoalmente seus anseios e necessidades e buscando as soluções adequadas a cada caso.

Ele disse que passou o último ano, antes de decidir por sua candidatura, percorrendo toda a cidade para conhecer os seus principais problemas, conversando com todos e municiando-se das informações que lhe permitiram a criação de um grande projeto para empreender as mudanças que Aracaju precisa em favor de sua população, principalmente dos mais carentes.

"Só então, depois de conhecer os problemas da cidade e perceber que com a minha experiência administrativa eu poderia solucioná-los, foi que decidi pela minha candidatura a prefeito, assumindo o compromisso com o povo da minha terra maravilhosa, terra que tanto amo, de que vou me dedicar com afinco à resolução dos graves problemas da cidade", esclareceu o candidato, explicando ainda que foi para a rua porque o povo lhe clamava para voltar com o objetivo de resolver as graves questões do município.

A razão do retorno

"Comecei a visitar todos os recantos da cidade e pude ver mais de perto o abandono a que os diversos bairros foram relegados. Levei um susto com o descaso, o caos e a tragédia que pude presenciar. E as pessoas com quem eu conversava me pediam para voltar. Você tem que voltar, João Alves, diziam. Então por que eu estou voltando, depois de 37 anos em que administrei a cidade, disposto a querer cuidar novamente de Aracaju? Porque, meus amigos, eu tenho muito amor pela minha cidade e tenho um compromisso com a minha gente boa; com todos estes aracajuanos. Pois tudo o que sou, tudo o que tenho e sou na vida, todos esses cargos que exerci, tudo começou aqui, nesta terra maravilhosa, nessa terra que amo tanto, onde tive o apoio de toda essa gente tão boa".

João Alves enumerou alguns desses graves problemas enfrentados pelos aracajuanos e que ele pode observar "in loco" através das suas extensas visitas a todos os bairros da cidade, especialmente na periferia, onde, segundo ele, as condições de vida são ainda mais precárias: "não se consegue mais trafegar nas ruas. O trânsito parece o de São Paulo, simplesmente porque não se fizeram mais obras infraestruturantes. Na minha primeira gestão encontrei quatro avenidas em Aracaju e, quando assumi a prefeitura, em quatro anos, fiz 14 avenidas. Em 37 anos de gestões que me sucederam, meus adversários não fizeram um terço disso durante todo esse tempo".

"No transporte coletivo, o povo está andando como sardinha em lata, num completo desrespeito aos direitos do cidadão", frisou, continuando "temos a educação de Aracaju como a de pior qualidade dentre todas as capitais do país, segundo dados do IDEB e do próprio Ministério da Educação; a saúde, nem se fala: se tornou um caos crônico, onde a população é submetida a todo tipo de atrocidades. Esse grupo político que está no poder foi o primeiro grupo que vi a destruir hospitais públicos. Destruíram literalmente, usando marretas, o Hospital Infantil que construi; e a melhor maternidade do Nordeste, que inauguramos aqui, a Nossa Senhora de Lourdes, hoje está sobrecarregada e repleta de tragédias. No hospital João Alves, colocaram tratores para derrubar as paredes, em prejuízo de toda a população".

Ele citou outros exemplos de descaso na gestão municipal, como a questão do lixão a céu aberto, que obrigou a prefeitura a ser multada pelo Ministério Público Federal diante do descaso de mais de seis anos em que não cumpriu a determinação legal no sentido de fechar o lixão e implantar aterros sanitários, de conformidade com a Política Nacional de Gestão de Resíduos Sólidos .

"Diante de tudo isso, está na hora de mudar e, quando dou a minha palavra, eu nunca falho. Me comprometo com vocês, o povo amado desta cidade: eu voltei porque o povo me convocou e não posso negar nem falhar diante das responsabilidades que assumi", completou.
Concluindo, o candidato destacou que vai administrar a prefeitura com a ajuda de Deus e com o povo, que será o meu patrão, quando então vamos resolver os problemas da nossa cidade" - garantindo, ainda, que tanto a educação quanto a saúde, além da questão do trânsito e do transporte coletivo, detre outros temas relevantes da administração municipal, terão prioridade absoluta em sua gestão e serão equacionados com a devida presteza, a partir do trabalho incessante que pretende desenvolver.

Como referência a sua ação como administrador e, inclusive, ex-prefeito da cidade, João Alves fez ainda um breve relato pessoal, lembrando que nos quatro anos em que geriu a prefeitura de Aracaju, transformou a cidade, modernizando-a, saneando-a e adaptando-a ao futuro.

A festa de inauguração do comitê eleitoral da aliança democrata contou com a participação da maioria dos parlamentares integrantes dos partidos coligados, dentre os quais a senadora Maria do Carmo e o senador Eduardo Amorim, além de deputados federais e estaduais, vereadores e candidatos que aderiram ao candidato do DEM.

Da assessoria do candidato João Alves Filho