Machado: dando resposta/Foto Diógenes Di
Por Joedson Telles
A provocação feita por Marcelo Déda (PT) à candidatura de João Alves à Prefeitura de Aracaju, ao declarar que "a coligação dos caranguejos se organizou para levar Aracaju para 1974" não ficou sem uma resposta a altura. Na noite desta quarta-feira 25, o candidato a vice-prefeito na chapa de João, o ex-deputado federal José Carlos Machado (PSDB), disse, ao Universo Político.com, que, se a coligação de João foi batizada como caranguejo, a dos adversários deve ser chamada de preguiça.
Machado assegurou que a explicação para, sobretudo a periferia de Aracaju, espelhar que a capital precisa de um gestor está no fato de o prefeito acorda às 10h para trabalhar. "Ficam nos gabinetes e os problemas se acumulando", disse. Segundo Machado, ser comparado a um caranguejo não é demérito nenhum para a sua coligação, dada a importância do crustáceo, sobretudo na vida de muitos aracajuanos de menor poder aquisitivo.
"O caranguejo é responsável pela sobrevivência de muitos pobres. Talvez, com a certeza de que João vai administrar para os pobres, ele tenha denominado a nossa coligação de caranguejo. Não me sinto ofendido em nenhum momento. Assim como o caranguejo, vamos ter importância na vida dos mais pobres", disse.
Multa de R$ 30 milhões
Machado, todavia, enfatizou que o discurso adversário leva a uma discussão inútil, no momento em que a oposição está pronta para discutir os graves problemas de Aracaju. "Estou preocupado, agora, com a multa de R$ 30 milhões que o Ministério Público Estadual e o Federal impuseram à Prefeitura de Aracaju. Sabe por quê? Porque a PMA não cumpriu aquilo que acordou, em 2006. Passados seis anos, não tomou uma providência para a construção do aterro sanitário", enfatizou.
De acordo com Machado, o valor da multa é superior ao que seria gasto na hipótese de a PMA construir o aterro sanitário. "É uma irresponsabilidade. A conclusão que eu chego é que a atual administração não tem interesse em construir o aterro sanitário porque o que está lá é bom para eles e para a (Empresa) Torre. Junta a fome com a vontade de comer. Vão tirar o dinheiro da multa da saúde e da educação. Quem vai pagar é o pobre. Devia tirar do bolso do prefeito. Obrigá-lo a pagar ", acredita Machado.
Da redação Universo Político.com
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