* Por Lucas Lamonier
Nossa Senhora da Glória, a 126km da capital sergipana, vem enfrentando um período sombrio desde 01 de janeiro de 2013, quando o atual gestor assumiu a administração pública, e de imediato, ao escalar seu secretariado, desagradou a opinião pública, bem como o grupo político que sempre o apoiou.
No pleito de 2010, grande parcela da população da capital do sertão, depositou nas urnas a confiança em um líder, aparentemente forte, com um discurso de embalar o sono da tranquilidade. Mesmo com uma aliança nunca pensada, acreditavam que esse líder iria apresentar um NOVO jeito de governar. Acreditavam que as palavras se tornariam ações e que o município iria crescer consideravelmente com o auxilio público.
O tempo passou, e com ele as decepções e insatisfações dos glorienses aumentaram. De promessas, discursos e desculpas, os eleitores/cidadãos já estão fartos, pois, quando o atual gestor optou e se colocou a disposição para administrar a cidade, sabia os desafios que iria encontrar e os meios que deveria recorrer, de acordo com suas promessas políticas.
Na última quarta-feira(15) em entrevista a uma rádio local, o cidadão gloriense teve a desagradável oportunidade de ouvir um homem arrogante, que não sabe escutar críticas, que não esclarece de fato o que está acontecendo e que não mostrou organização e planejamento municipal. Entrevista que repercuti negativamente em todas as redes sócias.
A maior razão da entrevista era o esclarecimento sobre a maior festa da cidade, o CARNAFORRÓ. Evento que gera lucro em diversos segmentos sejam eles grandes, pequenos, formais e informais, a exemplificar: manicures, cabelereiros, vendedores ambulantes, lojistas, setor hoteleiro e gastronômico, etc. O prefeito alegou que no ano de 2014 não haveria possibilidade de realizar a festa devido à falta de recursos e que não deixaria de pagar os funcionários públicos para “fazer a vontade” de ninguém. Apresentou à decisão de unificar o referido a outra festa tradicional, que acontece no mês de janeiro, a Festa de Reis. Justificou a dificuldade que os municípios brasileiros vêm enfrentando e que em 2015 a situação seria pior.
É importante salientar, que festas que fazem parte do calendário municipal, não podem ser pensadas e organizadas a “toque de caixa”. É de conhecimento de todos que os municípios estão passando por dificuldades, no entanto, não é inteligente e sensato tomar medidas que sufoquem e extinguem eventos que giram a economia local e prejudicando aqueles que fazem o município crescer.
Faz-se necessário destacar, que essa não é a primeira medida que feri a economia e tradição do município e marcam um desrespeito ao calendário municipal de eventos. Em agosto, ocorreu à unificação da Festa da Padroeira com a Exposição Agropecuária, o que afetou a economia local. O dia da Emancipação Política do Município foi comemorado com caminhadas do gestor com a equipe, pedindo votos de porta em porta. O Rock Sertão, já consagrado como evento cultural do município. Não foi realizado em 2013 e possivelmente não haverá a edição 2014. Não deveria o município se preocupar em preservar aquilo que se consagrou?
Na oportunidade, o representante do poder executivo municipal, foi questionado sobre as 18 obras que estão paradas durante sua gestão. O mesmo culpou a Caixa Econômica Federal, contudo, não mencionou o ele e os vereadores do seu agrupamento estão fazendo para agilizarem esses processos. Provocou a população insatisfeita que buscassem investigar quais municípios tinham obras em andamento. Todavia, fica o questionamento: O que adianta ter 18 obras em andamento há meses, se não se conclui nenhuma?
Até o momento, também não se foi justificado o decreto de calamidade por conta da seca, tento em vista que chove no município desde maio, e lavradores dos quatro cantos do município, afirmam que só têm que louvar e agradecendo a Deus pelo bom tempo que estão tendo.
No dia dedicado a homenagear os professores, as declarações do poder público municipal foi um grande presente para os mesmos, que educam para a vida e que formam cidadãos críticos, que não terão suas vozes sufocadas, e não temerão correrem o risco de serem perseguidos ou tratados de forma indiferente por não estarem de acordo com as formas autoritárias e prepotentes de governar de algumas pessoas que perdem a dignidade por alianças políticas erradas só para deter o poder.
Lucas Lamonier, é professor/escritor. Membro fundador da ALAS – Academia Literária do Aplo Sertão Sergipano.
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