Na Política

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29/09/13 | 21:32h (BSB)

Bons ventos a favor de Eduardo Amorim

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Aliados lotam Assembleia durante evento

Por Paulo Márcio

 

O senador Eduardo Amorim (PSC) é daqueles homens que abraçam uma causa - seja ela qual for -, com verdadeiro espírito de devoção. Pragmático, pouco dado a arroubos retóricos e debates estéreis, firmou-se como liderança política defendendo com vigor suas ideias e projetos em benefício do Estado, bem como colocando seus mandatos e sua estrutura no Congresso Nacional à disposição de representantes dos mais variados segmentos sociais que demandam a capital federal em busca de apoio para o equacionamento dos seus problemas.  

 

Como todo político em ascensão, Eduardo sofre diariamente um bombardeio de críticas dos adversários, algumas, obviamente, tão despropositadas quanto ofensivas. A mais recorrente é a de que suas duas vitórias para o parlamento federal deram-se mediante abuso de poder econômico. É o típico ataque de quem, centrado no próprio umbigo e habituado a medir os outros com a própria régua, nega-se a enxergar qualidades nos adversários. Sobretudo aqueles que despontam como ameaça concreta aos seus projetos políticos.

 

A força do senador não está - nem jamais esteve - nessa suposta montanha de dinheiro que insistem em lhe atribuir, mas na palavra dada e no compromisso firmado. Não há quem tenha precisado do seu apoio que não dê reiterados testemunhos da fidalguia e do tratamento sempre cortês com que é recebido pelo senador e seus auxiliares em Brasília. Tudo isso, aliado ao seu característico empenho em solucionar as demandas que lhe são apresentadas, pesa bem mais no momento de firmar alianças do que o simples poder econômico, que degrada a atividade política e gera pobreza e atraso. E são as verdadeiras alianças, construídas em torno de ideais e valores republicanos - e não os conchavos e acordões que imperaram no passado - que conduzem alguém à vitória. Não fosse assim, os detentores de mandato, por terem nas mãos a caneta e as chaves do cofre, jamais seriam derrotados em uma disputa eleitoral contra um grupo economicamente mais frágil.

 

Na última sexta-feira (27), na II Plenária Partidária, 14 partidos políticos anunciaram a adesão à pré-candidatura de Eduardo Amorim ao governo do Estado. Durante o evento, o empresário Ricardo Franco, filho do ex-governador Albano Franco, assinou sua ficha de filiação ao PTB; na mesma ocasião, o advogado Antônio Neto, filho do empresário Adierson Monteiro, filiou-se ao Partido Progressista (PP), liderado em Sergipe pelo deputado estadual Venâncio Fonseca. Trata-se, sem sombra de dúvida, de um ato político grandioso, com potencial para elevar a confiança dos aliados e impor certo receio nas fileiras adversárias.  

 

Diferentemente das duas outras campanhas eleitorais (2006 e 2010), quando iniciou com menos de dois dígitos nas pesquisas de intenção de votos, desta feita Eduardo larga em segundo lugar, empatado tecnicamente com seu principal oponente, o governador em exercício Jackson Barreto (PMDB), que figura como terceiro colocado. É bem provável que o prefeito de Aracaju, João Alves Filho (DEM), que aparece em primeiro lugar nas primeiras sondagens, não se lance ao governo estadual. Em tal conjuntura, a maioria dos seus votos tende a migrar para Eduardo, haja vista a maior afinidade político-ideológica entre o seu grupo e o do ex-governador.

 

Por outro lado, não há indicativo de que a disputa à Presidência, envolvendo nomes como Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB), Eduardo Campos (PSB) e Marina Silva (Rede), influenciará o quadro estadual. Somente a presença de Lula como candidato do PT teria o condão de mobilizar parte da militância adormecida e impactar certas disputas locais. Como isso provavelmente não ocorrerá, Eduardo Amorim e Jackson Barreto disputarão o governo em um cenário mais igualitário, ressalvado o desequilíbrio provocado pelo sistema de reeleição em favor da candidatura oficial.

 

Ampliar o arco de alianças, de modo a atrair tanto os pesos-pesados quanto as lideranças regionais para os seus respectivos palanques, é tarefa a que Eduardo e Jackson se dedicam diuturnamente. O primeiro marcou um tento ao conseguir o apoio de Albano Franco e família; o segundo derrapou ao fazer um acordo tênue com o deputado Augusto Bezerra (DEM), que se dissolveu sem produzir um fruto sequer. Não obstante, é o prefeito João Alves Filho a menina dos olhos de ambos os candidatos. Experiente, o prefeito valoriza cada vez mais o passe e só deverá anunciar seu apoio em meados do próximo ano, visto que importa ao seu grupo, sobretudo, manter a vaga no Senado, hoje ocupada por Maria do Carmo Alves (DEM), e ampliar a representação na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa.

 

A um ano da eleição, Eduardo Amorim entra bem na disputa. Cauteloso, sabe que focar a campanha nas propostas de governo e não ceder a provocações dos adversários é a melhor e mais segura estratégia para alcançar a chefia do Executivo Estadual. Os ventos, até agora, sopram a seu favor. Cumpre a ele içar as velas e manejar o leme com maestria. No horizonte de 2014, há algo a indicar que o mar estará para peixe.  

 

 

 

 

PAULO MÁRCIO é Delegado de Polícia Civil desde 2001. Especialista em Gestão Estratégica em Segurança Pública (UFS) e em Direito Penal e Direito Processual Penal (Fase).  Foi Presidente do Sindepol-SE, Superintendente de Polícia Civil de Sergipe, Corregedor Geral de Polícia Civil. Atualmente é titular da 10ª Delegacia Metropolitana. É colunista do portal Universo Político.com E-mail paulomarcioramos@oi.com.br  paulomarcioramos.blogspot.com.br 



25-04-2024
 

 

 

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