Na Política

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09/06/13 | 13:49h (BSB)

Popularidade de Dilma em queda: bom momento para as oposições

Não sou daqueles que fingem imparcialidade, a fim de agradar a gregos e troianos, mas que deixam exalar por todos os poros sua paixão por uma corrente ideológica ou pelo patrão que os remunera regiamente para falar mal dos adversários, quase sempre por meio do dinheiro do contribuinte, utilizado tanto para financiar veículos da imprensa chapa-branca quanto para bancar parentes e aderentes dos vassalos por meio de gordos cargos comissionados.

 

Sim, a queda da popularidade da presidente Dilma Rousseff (PT), bem como seu desempenho menos favorável na mais recente pesquisa Datafolha sobre intenções de votos deixaram-me mais esperançoso quanto ao pleito de 2014. Há sinais inequívocos de que a sua reeleição não será aquele passeio que tantos esperavam, não sendo exagero afirmar que, dada a situação conjuntural (pior seria se fosse estrutural), a candidata petista corre o sério risco de naufragar nas urnas, mormente se Aécio Neves (PSDB), Eduardo Campos (PSB) e Marina Silva (ainda sem legenda) conseguirem demonstrar ao eleitorado que as dificuldades por que passa o país não decorrem apenas da ineficiência de Dilma e de sua equipe, mas do próprio modelo administrativo implantado por Lula e pelo Partido dos Trabalhadores - fundado no assistencialismo, no clientelismo, no mau uso do dinheiro público e no aparelhamento do estado, transformado que foi em uma verdadeira República Sindical.

 

Embora do ponto de vista ético haja um abismo separando Dilma de seu antecessor, essa qualidade não raro superestimada da atual presidente não a impedirá de evitar um colapso em nossa economia - pela falta de projetos e ideias inovadoras, pela incapacidade de lidar com a inflação e, o que é mais grave, de promover o crescimento econômico com a geração de emprego e renda. Ninguém mais suporta ouvir falar em “bolsas” e “PACs”, enquanto a saúde, a segurança pública, a estrutura aeroportuária, o setor industrial e o mercado estão em situação periclitante. Até as estatais, como a Petrobras, sucumbiram ao amadorismo e à má gestão, sendo utilizadas para a prática de verdadeiras negociatas: crimes de lesa-pátria.

 

É inadmissível que um mandato inteiro tenha sido consumido apenas para preparar o país para uma Copa do Mundo e, por pressão da imprensa, defenestrar dos altos cargos da república uma súcia escalada por Lula para dar continuidade à sangria do erário iniciada com o mensalão.

 

Logo, uma eventual derrota de Dilma em 2014 - seja para Aécio Neves, seja para Eduardo Campos -, significaria a substituição de um modelo político-administrativo carcomido pela corrupção endêmica e pela incapacidade gerencial por algo novo, diferente tanto na forma quanto no conteúdo, que nos permita singrar águas menos poluídas e virar essa página imunda de nossa história recente.

 

 

PAULO MÁRCIO é Delegado de Polícia Civil desde 2001. Especialista em Gestão Estratégica em Segurança Pública (UFS) e em Direito Penal e Direito Processual Penal (Fase).  Foi Presidente do Sindepol-SE, Superintendente de Polícia Civil de Sergipe, Corregedor Geral de Polícia Civil. Atualmente é titular da 10ª Delegacia Metropolitana. É colunista do portal Universo Político.com E-mail paulomarcioramos@oi.com.br  

 

 

 

 

 

 

 

 

 



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