Por Paulo Márcio
Pálido Reflexo
Hoje eu quero lançar ao infinito
esse grito encarcerado em meu peito,
que por evos manteve-se cativo,
mas por fim se alforriou dos grilhões do medo.
A nau flutua suave e majestosa,
em mansas águas, sob sol refulgente.
Quem a vê ao longe, intrépida e ditosa,
não cogita a existência de ocultas correntes.
Ostentei falsas virtudes, emulei heróis e divindades:
mero farrapo humano envolto em veleidades.
Mas quem poderá dizer-me o que é errado ou certo?
Talvez quem desça ao porão dessa nave à deriva,
possa, da treva onde brota uma vida dentro da vida,
divisar, jamais a mim, mas meu pálido reflexo.
Aracaju, 12 de abril de 2013.
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