O vereador Adriano Oliveira (PSDB), o “Adriano Taxista”, ocupou a tribuna da Câmara Municipal para rebater a proposta do vereador Renilson Felix (DEM), sustentada pelo também vereador Bigode do Santa Maria (PMDB), de tornar obrigatório, para os permissionários dos táxis cadastrados na SMTT (Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito) de Aracaju que assinem a carteira dos motoristas auxiliares ou defensores. Adriano avalia que os colegas parlamentares, defensores do transporte clandestino de passageiros, querem agora dividir a categoria que tem autorização para prestar o serviço.
Diante da proposta de Renilson Felix, apoiada pelo vereador Bigode do Santa Maria, Adriano disse que “desde o anúncio desta proposta que os taxistas de Aracaju estão revoltados. Até os defensores ficaram insatisfeitos! Infelizmente, os vereadores Renilson e Bigode ficaram chateados com as apreensões da SMTT, que está combatendo os clandestinos que eles apadrinham, e agora querem dividir quem trabalha legalizado”.
Em seguida, Adriano Taxista disse que “querem beneficiar a quem? Como é que faz uma proposta dessas sem consultar a categoria, sem reunir os taxistas e defensores e buscar um entendimento? O motorista auxiliar, quando o permissionário não está rodando, vai para a rua e tem que suar para tirar o dinheiro da diária e para fazer a sua renda. Como é que um permissionário vai assinar a categoria do defensor? É evidente que não vai e isso vai desempregar muita gente!”, explicou.
Adriano insistiu pontuando que este é um projeto polêmico, que não conta com o apoio da categoria. “Os trabalhadores não aceitam isso! Isso é desespero de quem defende a bandeira da ilegalidade! Os vereadores podem não ter o conhecimento, mas cada permissionário de táxi tem o direito pela lei de ter até dois defensores ou motoristas auxiliares. E esses defensores só podem trabalhar com um curso de capacitação de taxistas que é obrigatório, além de manter o seu INSS pago como autônomo! A categoria está revoltadíssima”.
Empresas
Adriano Taxista aproveitou para fazer um apelo às empresas de rádio-taxi. “É um direito adquirido dos taxistas de trabalhar na bandeira dois a partir das 22 horas. Mas umas empresas, querendo fazer uma promoção para os clientes, está oferecendo o serviço com bandeira um durante as 24 horas. Mas não desconta isso da mensalidade que o taxista paga para trabalhar com eles!”.
Em seguida, Adriano pontuou que “os taxistas também são clientes dessas empresas. Eles pagam mensalmente a taxa para trabalharem. E quando há uma melhora no mercado, as empresas colocam mais gente para trabalhar. Ou seja, o taxista fica apertado o tempo todo! A categoria está insatisfeita e precisa se manifestar. A empresa não sobrevive sem o táxi, já o taxista sobrevive sem a empresa”.
Por Habacuque Villacorte, da ascom
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