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13/09/10 | 22:30h (BSB)

Déda prestigia lançamento do livro de Gilton Garcia

Responsável pelo prefácio, Déda revelou ter sido aluno do autor, quando cursou Direito na UFS

Na noite desta segunda-feira, dia 13, o governador Marcelo Déda (PT) esteve no lançamento do livro ‘AI-5 em Sergipe - 40 anos Depois - A História passada a Limpo', de autoria do advogado Gilton Garcia. A obra reproduz as memórias do autor, que em 1968, quando o Ato foi promulgado, era o presidente da Assembleia Legislativa e foi perseguido pelo Regime Militar. O lançamento ocorreu na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

 

Responsável por elaborar o prefácio do livro, Déda revelou ter sido aluno do autor quando cursou Direito da Universidade Federal de Sergipe (UFS). "Foi meu professor de Teoria Geral do Estado. Com ele sempre mantive as melhores relações pessoais e hoje tenho uma relação de parceria política, inclusive. Foi então que me trouxe os originais de seu livro que relatavam a injustiça da qual ele foi vítima durante o processo político do golpe militar em Sergipe", comentou Déda.

 

Conforme o governador, o trabalho produzido por Gilton Garcia representa um verdadeiro resgate histórico. "Ele mostra com documentos e depoimentos de contemporâneos que foi um injustiçado; oriundo de uma família de classe média, pagou o preço de ter galgado, junto com seu pai, postos importantes na vida pública sergipana, o que despertou ciúmes de grupos opositores, que se valeram do regime de cessão para prejudicá-lo", comentou.

 

De acordo com Garcia, seu livro poderá contribuir com o aprendizado de todos os interessados em adquirir conhecimentos valiosos sobre o período da Ditadura Militar. "A ideia é que crie uma fonte de discussão sobre o processo que desencadeou o golpe militar de 64. Acho que os estudantes de história, os professores, aqueles interessados na vida pública brasileira, vão ter um apanhado de todo esse período", colocou.

 

Outro aspecto destacado pelo autor como fundamental está na difusão de um momento triste da história do país que não deve voltar a acontecer. "Por isso essa história foi escrita: para que as novas gerações não se esqueçam de que o Brasil passou por esse período negro; e que ele não retorne nunca mais", comentou Gilton.

 

"O AI-5 extinguiu a Constituição, retirou os direitos políticos de centenas de brasileiros, extinguiu a figura do habeas corpus e eximiu a justiça de apreciar qualquer ato revolucionário. Isso era um poder discricionário que à época prejudicou muitos brasileiros", concluiu.

 

Histórico

 

Um dos parlamentares mais jovens do país à época, Gilton Garcia foi eleito deputado estadual em 1962, aos 21 anos de idade. Em 1968, já presidente da Assembleia, foi preso e cassado. Após passar dez anos sem poder dedicar-se à política, foi trazido para a Procuradoria Geral do Estado pelo então governador Augusto Franco. Antes disso, Garcia também presidiu a seccional Sergipe da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SE).

 

O autor ainda elegeu-se deputado federal e em 1990 foi nomeado governador do Amapá pelo presidente Collor - por um período de sete meses - até a posse do primeiro governador eleito. Em seguida, Garcia voltou a Aracaju para exercer a profissão de advogado.

 

Por Lara Aguiar
Foto de Marcos Rodrigues



02-05-2024
 

 

 

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