Por Eron Ribeiro

O ex-jogador de futebol brasileiro Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, considerado o maior atleta de todos os tempos, concedeu entrevista coletiva com transmissão e interação via web para todo o Brasil. Pelé respondeu diretamente do estado de São Paulo, em tempo real, as perguntas que foram feitas por jornalistas de quase todo país. Em Sergipe, os jornalistas selecionados para representar o estado foram Eron Ribeiro, da Rádio Jornal AM 540 e do Universo Político.com, Roberto Silva, da Associação dos Cronistas Desportivos de Sergipe, da TV Atalaia, e também Rádio Jornal AM 540, e Antonio Carlos Garcia, do Jornal da Cidade. A jornalista Rita Moraes, assessora de imprensa da regional de Salvador, fez a solicitação aos veículos de comunicação de Sergipe, para que os cronistas esportivos participassem da entrevista que foi bastante concorrida.

Na coletiva, que aconteceu na central da operadora VIVO em Sergipe, Pelé falou dos seus 70 anos de existência, sua trajetória como atleta de futebol, a atuação na área de publicidade e as conquistas pela Seleção Brasileira, que ocorreram nos mundiais de 1958, quando estava com 17 anos e foi titular e da última copa que disputou em 1970, conquistando o tri campeonato pelo mundial de seleções. Ele destacou a participação de vários jogadores que atuavam na mesma posição em seus clubes, como Rivelino, Tostão e Gerson. E Pelé foi lembrado, por alguns jornalistas experientes, que, na época, não havia vaga no time brasileiro para esses craques, porém todos foram escalados, e tudo deu certo.

Nesse ínterim, Pelé comentou sobre a convocação de Dunga para a seleção deste ano, que deixou de fora nomes como Ganso e Neymar, jogadores do Santos, time favorito de Pelé. "Dunga deve ter suas razões para a convocação", disse ele, que completou sobre os atacantes Adriano e Ronaldinho Gaúcho, também não convocados: "futebol eles têm, acredito que a questão foi disciplinar, mais torço para tudo ocorrer bem, foi com esse grupo que Dunga conquistou quase tudo até agora. Ele não merece ser criticado", entende ele.

"Por isso eu não quero ser técnico, porque é uma profissão de doido, muitas vezes não é compreendido", observou Pelé. O rei também foi compreensivo quanto a postura do técnico Dunga, em não permitiu o acesso da imprensa para acompanhar integralmente os treinos.

Para Pelé "o trabalho do comandante do time brasileiro deve ser respeitado, porque em anos anteriores, o fácil acesso foi muito grande permitindo até o envolvimento de amigos de jogadores durante as atividades. Isso poderia até atrapalhar, além de facilitar sua forma de trabalhar para os adversários", explicou Pelé.

Especial para o Universo Político.com