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12/05/17 | 08:51h (BSB)

Moritos Matos lamenta fechamento da Maternidade de Capela

O fechamento da Maternidade de Capela anunciado pelo secretário adjunto de Saúde, doutor Luiz Eduardo foi tema do discurso do deputado Moritos Matos (PROS) durante o grande expediente da Assembleia Legislativa de Sergipe – Alese. “Apesar de ser natural de Propriá vivi minha infância emCapela e eu não poderia me furtar de maneira nenhuma sobre este problema. Os capelenses estão muitos preocupados com a situação da maternidade, principalmente com o pronunciamento do doutor Luiz Eduardo de que até o mês de julho a unidade vai fechar. Por isso, trago para esta Casa esse assunto, porque a maternidade atende ao povo de Capela e dos municípios vizinhos”, ressalta o deputado Matos.

Segundo dados encaminhados ao deputado Moritos Matos, a maternidade tinha 14 obstetras, mas agora só possui dois. “O Centro obstétrico Dra. Leonor Barreto Franco, situado em Capela é uma unidade gerenciada pela Fundação Hospitalar de Saúde – FHS – e atende as gestantes de risco habitual, prestando atendimento de saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde. A Maternidade dispõe de 32 Leitos Obstétricos, sendo a maior maternidade em números de leitos do Estado, responsável pelo atendimento da população de 12 municípios da região Leste de Sergipe. A Maternidade foi inaugurado em 22 de outubro de 2001, sendo gerenciado pela Fundação Hospitalar de Saúde desde abril de 2010”, expõe o deputado Moritos Matos.

Durante o pronunciamento, o parlamentar detalhou os procedimentos realizados de 2007 a 2012 na Maternidade de Capela. “Em 2007 foram 5.467 atendimentos, total de 3.771 procedimentos e 3.104 partos. Em 2008, foram 5.102 atendimentos, 3.820 procedimentos e 3.048 partos. No ano de 2009, foram 4.982 atendimentos, 3.627 procedimentos e 2.783 partos. Em 2010, a unidade atendeu 3.739, realizou 1.762 e fez 1.512 partos. No ano 2011 foram 5.069 atendimentos, 2.369 procedimentos e 2.079 partos. Já em 2012 a maternidade atendeu 3.488 pacientes, fez 1.167 procedimentos e 1.015 partos. Esses números eram possíveis porque o quadro de obstetra estava completo”, detalha Moritos Matos.

O parlamentar disse que esta semana o secretário adjunto, Luis Eduardo informou durante entrevista que no mês de março só foram cinco partos realizados em Capela. “Mas ele esqueceu de dizer que foram 200 procedimentos. Ou seja, tiveram 200 pessoas que foram até a maternidade. Ele esqueceu de dizer que quando a Fundação recebeu a maternidade tinha 14 obstetras e vários foram tirados dessa Unidade e dando aos médicos a vantagem de virem trabalhar na Capital. E quem não vai querer vir para Aracaju. A pessoa mora na Capital e lógico que vai preferir trabalhar perto de casa”, enfatiza o parlamentar.

E quando essa vantagem de trabalhar na capital foi dada aos médicos, oito deles saíram de uma só vez de Capela e foram deslocados para a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes. “Recentemente saiu mais um no mês de fevereiro e foi para maternidade de Socorro. Então hoje só tem dois obstetras na Maternidade de Capela, então fica difícil, é realmente para fechar, porque não tem condições das pessoas chegarem lá e serem atendidas. Mas se o secretário tivesse tido a curiosidade de ligar para os gestores que estão lá hoje saberia que no plantão de sábado foram 13 atendimentos e nove partos. Eles querem porque querem fechar a maternidade, que atende não só a cidade de Capela, mas as cidades de Muribeca, Aquidabã, até a cidade de Propriá, quando a maternidade de lá está com problemas. E as maternidades de Glória e Socorro também passam por dificuldades”, afirma Moritos Matos.

De acordo com o deputado Matos, a situação é uma questão política. “Eu fico muitas vezes indagando que quando chega no período da eleição nós temos o costume de chegar para a população e dizer que somos defensores do povo. E a gente fica na dúvida se realmente somos defensores do povo ou defensores dos nossos interesses políticos. A atual gestora de Capela rodou nos povoados e na cidade e se comprometeu que a Maternidade de Capela não ia fechar. E o doutor Luiz Eduardo deu entrevista sobre o fechamento da Maternidade e ninguém se pronunciou. Não tem gestor em Capela? Não tem vereador em Capela? Cadê os prefeitos das cidades vizinhas que também usam a unidade, Dores, Aquidabã. Japaratuba, Muribeca, Santana do são francisco, até do interior de Alagoas, Igreja Nova?”, questiona Moritos Matos. Ele ressalta que é necessário analisar essa situação com cuidado. “A situação é mais de interesse político do que de defender os interesses do povo”, lamenta o parlamentar.


E vai rolar a festa!


Enquanto a Maternidade de Capela está prestes a fechar foi divulgado esta semana que haverá a tradicional festa de São Pedro. “Agora já foi anunciado pelo Jornal da Cidade que Capela vai realizar o São Pedro e que festa terá um orçamento reduzido. Mas vai ter a festa e isso nós remete a antiga Roma e o famoso pão e circo. Hoje não tem o pão, mas tem o circo, naquela época o pão era o trigo que era dado para controlar a população”, enfatiza Moritos Matos.


Já foram confirmadas atrações de fama nacional para este evento. “Pelo que consta no jornal, Leonardo, Xandy do Aviões do Forró, Bel Marques estarão em Capela. A cidade deve gastar em torno de R$ 800 mil reais. Porém para manter a Maternidade será que não pode fazer um esforço? Eu já solicitei ao secretário de saúde, Almeida Lima uma audiência e está se formando uma comissão em Capela para que a gente possa defender a manutenção da maternidade, porque o povo necessita”, informa Matos.


O parlamentar acrescenta que os deputados não podem se calar. “Independente de lado. Nós não devemos politizar, ou partidarizar essa questão da saúde, que infelizmente no Brasil é dessa forma, mas vou solicitar também a presidente da Comissão de Saúde dessa Casa, Sílvia Fontes que façamos uma visita a Capela. Irei a cidade para converse com os gestores. A minha preocupação não é a criticar, mas sim de resolver o problema. E eu tenho certeza que temos condições de resolver. Não é possível que fechem a unidade e não ouçam os funcionários que atuam na Maternidade”, conclui o deputado Moritos Matos.

Por Assessoria Parlamenar



10-11-2024
 

 

 

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