Trabalhadores na Área da Saúde do Estado de Sergipe (Sintasa) manteve a decisão da paralisação de 24 horas dos servidores da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), da Fundação Estadual de Saúde (Funesa) e da Fundação de Saúde Parreiras Horta (FSPH), que acontecerá nesta quarta-feira, 31, mesmo depois da audiência desta terça-feira pela manhã, 30, com o desembargador Carlos de Menezes de Faro Filho e representantes da fundação. Com a decisão, manteve-se ainda o ato desta quinta-feira, 1º de setembro, quando haverá uma caminhada do Hospital de Urgência de Sergipe (HUSE) até o prédio do Tribunal Regional do Trabalho da 20ª Região, onde haverá o julgamento da possibilidade das ações trabalhistas transitadas e julgadas dos servidores e empregados públicos da FHS irem a precatório.
Na audiência de conciliação desta terça-feira, as duas partes envolvidas chegaram ao acordo apenas do percentual da escala de trabalho durante as 24 horas de paralisação nas 15 unidades hospitalares atingidas. Ficou acordado que o setor de Quimioterapia contará com 100% da escala, Oncologia e Radioterapia 50%, assim como Pronto-Socorro Ala Azul e Verde com 50%, Enfermaria 30%, e Ambulatório de Retorno com 0% da escala.
Não houve consenso em relação ao Centro Cirúrgico, UTI, e Ala Vermelha e Amarela. Diante disso, o desembargador relator determinou que seja observado o percentual de 60% em cada um destes setores, sob pena de pagamento de multa.
A paralisação desta quarta-feira atingirá os servidores da FHS da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, HUSE, Hospitais Regionais de N. Sra. do Socorro, Itabaiana, Lagarto, N. Sra. da Glória, Propriá, Estância; Hospital Local de Neópolis, Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Boquim e Tobias Barreto, Maternidade de Capela, Unidade de Banco de Leite, SAMU e o Serviço de Remoção Inter-hospitalar Assistida (SRIHA).
Dívidas trabalhistas da FHS
A decisão do Sintasa e de outros sindicatos da área da Saúde de fazer uma paralisação em um dia e um ato no outro deve-se pela preocupação das categorias em relação ao fato de que, caso no julgamento do TRT as dívidas virem precatório, os trabalhadores serão prejudicados significativamente, visto que atualmente o Estado está demorando mais de 15 anos para pagar seus precatórios.
“Só para se ter uma ideia, este ano em 2016, temos conhecimento de que o Estado pagou precatórios de 2001. Imagine, como os trabalhadores que tem seus direitos adquiridos sofrerão com isso? A sociedade precisa saber deste cenário. Os servidores precisam que a dívida trabalhista seja paga o mais rápido possível porque muitos estão com empréstimos atrasados para serem quitados, outros tem problemas de doença, e há aqueles que precisam até mesmo para se sustentar”, explica o presidente do Sintasa, Augusto Couto.
Da Ascom
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