A Comissão Permanente de Negociação (CPN) de Aracaju, da bancada sindical, saiu insatisfeita da reunião extraordinária, dea última sexta-feira (22), no Centro Administrativo Prefeito Aloísio Campos, com a secretária Marlene Alves Calumby, da Secretaria Municipal de Governo (Segov), que seria para discutir sobre o reajuste salarial linear, mas que acabou sendo para adiar ainda mais a entrega da proposta real da prefeitura em relação ao reajuste, uma vez que a secretária tentou fazer uma análise de conjuntura econômica do Município de Aracaju, mas não decidiu nada.
A presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Sergipe (Seese), Shirley Morales, não gostou do resultado da reunião. “Deram mais um prazo, até terça-feira, para os sindicatos enviarem as novas propostas para só depois reavaliar a questão do reajuste. Esperávamos ouvir o resultado dos estudos para que pudéssemos negociar na própria CPN, que é o objetivo da comissão, poder fazer os nossos contrapontos, mas não, adiantaram que não vai haver nenhum reajuste específico. Então para que as propostas dos sindicatos?”, argumenta a líder sindical, que mesmo assim, irá seguir os trâmites e enviará a proposta do Seese para a Segov e Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplog).
Estatuto dos servidores
Outro ponto do qual houve insatisfação foi sobre o estatuto dos servidores municipais de Aracaju. A secretária Marlene Calumby tentou convencer os representantes dos sindicatos dizendo que estava havendo um avanço, uma vez que estaria sendo estudado o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV). Na verdade, para os sindicatos, o que houve foi um retrocesso porque todas as atividades da comissão dos sindicatos de Aracaju acerca do estatuto já estavam concluídas e só faltava levar a proposta do estatuto para ser aprovada na Câmara de Vereadores. “Foi um trabalho conjunto entre trabalhador e gestor, mas a gestão atual não aceitou isso. E aí começou a rediscutir o estatuto que já estava pronto. Então, isso pra gente é um absurdo!”, afirma taxativamente, Shirley Morales.
Contribuição sindical
Em relação à contribuição sindical urbana não foi depositada para alguns sindicatos de legítimo direito este ano, uma vez que foram concentradas nas mãos de outros sindicatos, também não houve definição da prefeitura, mas disseram apenas que iriam avaliar os ofícios encaminhados pelos sindicatos. “Há muito tempo, o Seese está regular para receber a contribuição sindical urbana, mas alegaram que quatro sindicatos foram os eleitos a receber esse valor de todos os servidores do município de Aracaju. Isso não foi conversado e põe em xeque a própria autonomia sindical e o processo de canal de diálogo”, argumenta Morales, acrescentando que até que se conclua essa avaliação, os sindicatos que dependiam dessa contribuição vão ficar com as suas atividades prejudicadas.
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