Após 13 horas de votação na Câmara Municipal de Aracaju, onde os vereadores aprovaram nove projetos de lei de autoria do Poder Executivo Municipal, Lucas Aribé, vereador do PSB, mostrou a sua indignação com os procedimentos tomados no Legislativo.
"Durante todo o dia de ontem, analisamos os projetos, entre eles, a atualização da planta dos imóveis de Aracaju, atualizando o valor venal. Consequentemente, o preço do Imposto Predial e Territorial Urbano, o famoso IPTU, iria aumentar na grande maioria dos espaços da Capital em cerca de 30% para edificações e 60% para terrenos. Conseguimos uma importante vitória e derrotamos este projeto por alguns instantes, entretanto, em uma manobra da bancada de situação, a votação foi prolongada e os parlamentares que apoiam o prefeito João Alves (DEM) conseguiram a maioria absoluta e aprovaram este projeto, mesmo com toda a nossa revolta e reclamação", relatou.
Além do IPTU, outros projetos que mexem diretamente com os espaços urbanos e que deveriam fazer parte do Plano Diretor, também foram discutidos. "Eram nove projetos ao total, que tinham emendas da bancada de oposição e foram vetadas ou reprovadas, e a votação se prolongou até quase 23h. Projetos que são extremamente importantes para a nossa comunidade e que precisa de participação popular, a exemplo da instalação de rádios-base. Proposituras que mexem no plano diretor por vias transversas. Muita coisa importante. Porém, depois desta extensa votação e independentemente do adiantado da hora, estávamos prontos para votar a Lei Orçamentária Anual e encerrar o ano legislativo, mas tivemos uma surpresa não agradável".
Lucas Aribé falava da votação às pressas da majoração da tarifa de ônibus na Capital. "Entretanto, tivemos a desagradável surpresa da chegada de um novo projeto do Poder Executivo e um dos mais importantes para a população: o aumento da tarifa do transporte. Nossa revolta foi enorme e explico o motivo: como analisar os números que fundamentam o aumento de uma taxa como essa em menos de 24 horas? Como discutir essa questão sem ouvir a sociedade civil? Como aceitar um projeto como esse às escuras, sem o conhecimento do povo? Não temos como aceitar essa situação", disse Aribé.
Da Ascom
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