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23/10/14 | 11:18h (BSB)

Heleno cobra da Chesf, Sefaz e TCE posição sobre crise financeira de Canindé

Prefeito acusa Ministério da Fazenda de prejudicar Município com acordo sobre venda de energia de hidrelétrica

Por Raissa Cruz

 

O prefeito de Canindé do São Francisco, Heleno Silva (PRB), depois de passar por uma série de críticas devido aos cortes que fez no Município, insistindo na alegação de crise financeira, chamou feito à ordem aos órgãos de controle e à Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), sobre a queda na arrecadação por conta da redução do preço de venda da energia elétrica produzida na localidade. Segundo ele, a condição econômica da cidade turística Canindé foi duramente abalada. “Uma cidade que montou sua administração em cima da hidroelétrica Xingó e agora este recurso está indo embora. Como é que vamos administrar? Só minha folha de efetivos, servidores, é R$ 4 milhões. Você imagine perder R$ 2 milhões por mês. Eu já entro janeiro infringindo a Lei de Responsabilidade Fiscal! ”, reclamou ele, em entrevista ao portal NaPolítica.

 

De acordo com o prefeito, o caos se deu depois que uma Medida Provisória foi aprovada na Câmara e no Senado com a decisão do Ministério da Fazenda e o Governo Federal baixando o preço da venda da energia, e, com isso, comprometendo a arrecadação de Canindé a partir da venda de energia da hidrelétrica de Xingó. "Em 2012, Xingó vendeu R$ 980 milhões de energia, e no ano de 2013 vendeu R$ 230 milhões. Em 2014 ela vai vender R$ 220 milhões. Então a arrecadação de Canindé que é em cima disso, está caindo brutalmente. A arrecadação ano passado foi R$ 120 milhões, este ano vai ser 90 e o próximo ano 80, então nós vamos viver com uma nova realidade administrativa em Canindé. O Município foi desestruturado financeiramente”, declarou Heleno.

 

Segundo o prefeito, não há o que se fazer mais, e a situação só tende a piorar. “Canindé, Piranhas e Paulo Afonso, todos os Municípios que dependem dos recursos da hidroelétrica vão ter que se adequar a nova realidade financeira. Ninguém pode fazer nada mais. Só o Ministério Público, Tribunal de Contas do Estado (TCE), Câmara de Vereadores, Secretaria do Estado da Fazenda (Sefaz, que gerencia os números de arrecadação) e a Chesf vim discutir e explicar a sociedade dessa nova realidade. Não é só Heleno, porque quando Heleno, fala, é como se o político tivesse falando, eu quero que os técnicos falem. Eu preciso que me ajudem!”, cobrou o prefeito.

 

Heleno Silva disse, inclusive, que estará esta semana pedindo apoio formal da imprensa e dos órgãos fiscalizadores. “Vou fazer visitas e quero reunião com eles no Município de Canindé. Os órgãos sabem que a culpa é do Ministério da Fazenda, quando chamou as geradoras de energia para rediscutir o nosso contrato e a Chesf, Xingó. Minha arrecadação é R$ 9 milhões e vai para R$ 7 milhões, próximo ano R$ 6 milhões, e o prefeito depois de mim R$ 5 milhões, cotou ele, afirmando ainda que não pretende disputar a reeleição. “Apesar dos meus candidatos todos terem vencidos em Canindé, e ter mostrado força política, eu quero é fazer gestão. Preciso preparar o Município para o futuro dentro deste caos que vai se instalar em Canindé”, sustentou.

 

Da redação NaPolítica.com

 

 



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