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01/07/14 | 07:06h (BSB)

Concerto em homenagem a Clemilda emociona público no Teatro Tobias Barreto

Sob a benção dos três santos juninos: São João, São Pedro e Santo Antônio, um grande arraiá se formou nesta sexta-feira, 27, no Teatro Tobias Barreto, para receber o concerto junino em homenagem a cantora Clemilda. O colorido pediu licença ao preto e branco característico de uma orquestra, o ritmo do forró se misturou com ousadia à música clássica, e a alegria, como sempre faz, invadiu os corações de todos que resolveram fazer parte da festança e prestar sua homenagem particular.

 

O momento especial dedicado à cantora Clemilda Ferreira da Silva, a Rainha do Forró, pelos seus 50 anos de carreira artística e pela sua devoção à Sergipe através de canções que marcaram a cultura e o povo nordestino, é uma realização do Instituto Banese, da Secretaria de Estado da Cultura e do Governo de Sergipe, com a promoção do Museu da Gente Sergipana, e também faz parte da programação do São João da Gente Sergipana. A homenagem teve início com a quadrilha Xodó da Vila, que recebeu o público no foyer do teatro.

 

Para o diretor de programas e projetos do Instituto Banese, Marcelo Rangel, o concerto é resultado do esforço conjunto de todos que reconhecem o valor da artista Clemilda e querem manter viva a cultura que ela representa. “O sucesso desse concerto mostra o desejo e o trabalho em conjunto dos artistas que subiram no palco, da Secretaria de Cultura e do Instituto Banese, que ajudaram a proporcionar essa noite mágica, esse encontro de gerações, e acima de tudo, seguem colaborando para manter essa tradição e esse espírito nordestino vivo, revelado nessa noite através da música da grande artista Clemilda”.

 

Manter a tradição nordestina viva através de sua música também é um compromisso da Orquestra Sinfônica de Sergipe (Orsse), anfitriã da noite e que dividiu o arraiá com outros artistas. Segundo o maestro Guilherme Mannis, a homenagem a Clemilda é muito especial e está em sintonia com a proposta da ORSSE de popularizar a sua produção e buscar novos públicos. “Esse momento é muito especial para a Orquestra Sinfônica porque ela também faz a sua homenagem a grande cantora Clemilda e agradece pelo que fez por nossa cultura. O concerto traz arranjos orquestrais bem elaborados para que o encontro entre o forró e o clássico seja o mais harmônico possível. Esse trabalho cuidadoso de transformar os sucessos de Clemilda em uma linguagem sinfônica também permite que a orquestra faça parte dos festejos juninos do Estado, chegando aos diversos segmentos da sociedade”.

 

Enquanto o clássico ficou por conta da sinfônica, o forró ficou a cargo da Orquestra Sanfônica de Aracaju, e dos cantores Sergival, Marluce e Virgínia Fontes. A homenagem a Clemilda é um momento especial que gera outros inesquecíveis, como o primeiro encontro entre as duas orquestras. “Essa é a primeira oportunidade de tocar com a Orquestra Sinfônica, por isso é um orgulho participar deste momento, principalmente por ser em benefício de uma pessoa tão querida e tão merecedora que é Clemilda. Parabéns ao Instituto Banese por esta iniciativa de homenagear Clemilda e de reunir estes dois projetos, o erudito e o popular”, afirma Evanilson Rocha, maestro da Orquestra Sanfônica de Aracaju.

 

O público também aprovou a iniciativa de misturar os dois estilos. Conceição Barbosa ficou encantada com o concerto. “Achei maravilhoso, é a primeira vez que prestigio um evento deste estilo. Essa questão do ecletismo, da mistura do clássico com o popular combinou demais, deu uma dinâmica ao evento e valorizou o que Sergipe tem de jenuíno. Sem falar que escolher a Clemilda como homenageada, uma figura tradicional de Sergipe, ajudou a engrandecer ainda mais o evento”.

 

A secretária de Estado da Cultura, Eloísa Galdino, fez questão de comparecer ao concerto e ficou muito feliz com o bom resultado e da receptividade do público. “A noite de hoje foi muito especial! A relação do forró com um ícone dessa força que tem esse ritmo na região Nordeste, que é Clemilda, consegue coroar o trabalho da Orquestra Sinfônica que faz parte da trajetória de cinco anos da nossa gestão. Sem dúvida nenhuma é um dos maiores nomes da música forrozeira no país e é muito importante pra nós que ela seja homenageada ainda em vida”, alegrou-se.

 

As vozes do concerto

Para acompanhar os violinos, as sanfonas, e os demais instrumentos que deram um arranjo diferente às músicas de Clemilda, nada melhor que as vozes de cantores e amigos da artista. Tomados pela emoção de prestigiar aquela que para eles é uma referência do autêntico forró, Marluce, Virgínia Fontes e Sergival deram o melhor de si no palco. “Nunca cantei com uma orquestra, mas por Clemilda eu faço isso com toda dedicação e orgulho porque ela merece. É uma amiga, uma companheira de vida e uma guerreira que precisa receber esse carinho de todos nós”, conta Marluce.

 

Canções que exaltam Sergipe, que falam de amor, do cotidiano e que expressam duplo sentido fizeram parte do repertório. A cantora Virgínia Fontes interpretou alguns dos sucessos de Clemilda, dentre eles ‘Recado pra Zetinha’. “São canções que marcaram uma época e que carregamos até hoje nas nossas memórias e nos nossos corações. Por isso é um misto de alegria e responsabilidade cantar músicas dessa ilustre artista”, destaca.

 

Ilustre não só pelo sucesso e pelo público que alcançou, mas principalmente pela simplicidade com que expressava a sua arte e pelo incentivo aos que compartilham do seu amor pelo autêntico forró. “É uma felicidade muito grande poder homenagear essa figura folclórica, referência no forró e que sempre abriu espaço para todos os artistas no seu programa ‘Forró no Asfalto’ e em qualquer lugar que estivesse. É uma honra muito grande pra mim, agradeço e parabenizo todos que fizeram esse momento acontecer”, afirma o cantor Sergival.

 

Homenagem que chega

Apesar de não poder estar presente no concerto, a homenagem chegou até Clemilda pelas ondas do rádio. A rádio Aperipê AM e FM transmitiu todo o concerto, fazendo com que as canções, as palavras de carinho e respeito e principalmente os aplausos do público alcançassem a homenageada.

 

Quem também irá transmitir toda emoção do concerto será o filho da artista, Robertinho dos 8 baixos, integrante da Orquestra Sinfônica de Aracaju, que agradeceu a homenagem. “É de doer o coração esta homenagem, doer de tanta alegria. Nós estamos muito felizes, afinal são 50 anos de forró, uma carreira imensa, que está sendo reconhecida. Ver as pessoas aplaudindo e prestigiando, outros artistas cantando as músicas, e a imprensa falando da carreira dela é muito gratificante. Mesmo não estando aqui ela está feliz com esse momento. Ao meu lado no palco seria muito melhor, mas as coisas na vida são assim, porém ela só tem a agradecer”.

 

Sem dúvida, o público também agradece e não cansa de tornar mais forte os aplausos que a artista ouviu de casa. “Uma homenagem justa e merecida, que faz bem a Clemilda e a todos nós, pois refletimos mais sobre nossa tradição e também nos divertimos com o bom forró”, afirma Gustavo Filho, que com certeza não foi o único a se divertir, afinal, a festança foi tão boa que, se duvidar, até São João, São Pedro e Santo Antônio, além de abençoarem a noite, caíram na dança.

 

Da ASN



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