Na Política

Biblia Online

25/06/14 | 06:12h (BSB)

Quadrilhas encantam público e animam os festejos juninos do Estado

Já é tradição. São João em Sergipe sem quadrilha junina não é São João. E de todos os cantos do Estado surgem grupos que se apresentam neste período, mostrando suas cores, coreografias e gritos de guerra, encantando e surpreendo o público que assiste fascinado a cada demonstração de tanta beleza.

 

Nos festejos produzidos pelo Governo do Estado não é diferente. No Arraiá do Povo, na Orla de Atalaia e no recém inaugurado Complexo Cultural Gonzagão, no Augusto Franco, as quadrilhas tem espaço para se apresentar e mostrar a população e aos turistas o trabalho de todo ano de dedicação.

 

E o ofício de dançar em uma quadrilha junina começa muito antes do mês de junho. Os ensaios muitas vezes iniciam no ano anterior, bem como o planejamento dos figurinos e adereços, para que tudo saia como planejado.

 

"Ser quadrilheiro não é fácil. São muitos meses de ensaios, abdicações, além do investimento financeiro. Mas é sempre muito prazeroso, pois na hora que estamos dançando, esquecemos de tudo e nós dedicamos a alegria de fazer aquilo", confessa o quadrilheiro José Carlos, que há 15 anos dança na quadrilha Apaga Fogueira, de Aracaju.

 

É também nessa fase que o corpo começa a sentir os efeitos da rotina exaustiva. Carla Juliana, de 26 anos, integrante da Assum Preto revela que chega a perder seis quilos durante a época junina. “Mas é muito gratificante, tanto que estou há 13 anos vivenciando isso”, pondera.

 

No momento da apresentação toda a adrenalina e a expectativa pré-apresentação se transformam em sorrisos e em passos ritmados que surpreendem o público e arrancam fortes aplausos do público. A quadrilheira Natali Vieira, que há 10 anos dança na Quadrilha Forró Kentão, de Nossa Senhora da Glória, compartilha esse sentimento, e lembra que as dificuldades são muitas, principalmente com relação a custos para manter a quadrilha, mas durante as apresentações tudo é esquecido.

 

“Dançar quadrilha é uma paixão. Quando começamos os ensaios, o sangue já começa a ferver e o desejo para que comecem os concursos e apresentações só aumenta. Em palavras é complicado explicar tudo isso, só quem passa sabe o que é”, descreve. Este ano, Natali não pôde dançar por estar grávida, mas afirma que em 2015 voltará com tudo para sua quadrilha do coração.

 

Puxadas sempre pelo ritmo da zabumba, sanfona e do triângulos, além das vozes marcantes dos seus cantores, as quadrilhas juninas se destacam atualmente pelas encenações que preparam e que introduzem no início das apresentações, contextualizando sua temática par ao público que as assiste.

 

O marcador da quadrilha Pioneiros da Roça, Luiz Rogério, explica que tudo isso é um ritual da quadrilha. Para ele, fazer parte desta tradição que é tão importante na cultura sergipana é parte de sua vida.

 

“Dançar quadrilha para mim é como se fosse uma religião. Desde os nove anos estou nesse meio, olhe já tenho 40”, brinca. “As dificuldades existem, e o que muitas vezes nos entristece são os resultados dos concursos, pois as vezes nos sentimos injustiçados, mas isso faz parte das competições”, completa.

 

Fascínio e encantamento

Não é difícil de encontrar pelo público durante o momento de apresentações das quadrilhas juninas os olhares atentos, capturando cada passo, grito e passada mais forte. Na era digital, os celulares e câmeras fotográficas também estão sempre a mão, registrando cada movimento, e eternizando-os para as lembranças de quem está por ali.

 

A dona de casa Arlete Paixão, por exemplo, que esteve na noite do último domingo, 22, no Gonzagão para ver o concurso de quadrilhas que acontece por lá estava hipnotizada com o que via. “É lindo! Gosto de tudo na quadrilha. A música, a dança, tudo. E ainda tem aqui pertinho de casa, pois isso sempre venho”, afirma.

 

Os festejos no Gonzagão são tradicionais na comunidade do Augusto Franco e adjacências e pessoas de toda zona sul comparecem para prestigiar. A estudante Islaine Costa, do bairro Santa Maria, também estava encantada com o que via por lá. “É uma tradição do nosso São João que temos que prestigiar. Além de ser muito bonito de se ver”, assegura.

 

No Arraiá do Povo o encantamento com as apresentações das quadrilhas é igual, ou até maior. Centenas de turistas que passam por lá a cada dia da programação ficam extasiados com o que vêem e registram tudo para mostrar em suas cidades-natal.

 

O paulista Alex Hoera era uma dessas pessoas. Ele disse que estava emocionado com a apresentação da quadrilha Pioneiros da Roça, que se apresentou no local no último domingo. “Essa apresentação é emocionante. Eu chorei, literalmente. Estou muito emocionado com o que vi aqui, principalmente porque vim para o Nordeste para desenvolver um trabalho de resgate da cultura entre os jovens, que hoje, por usar muito a internet, esquecem de suas raízes. Por isso, ver tudo isso aqui, me emocionou de verdade. É a primeira vez que vejo e não tenho palavras para descrever o quanto essa apresentação foi maravilhosa”, emocionou-se.

 

Apresentações prosseguem

As apresentações das quadrilhas juninas prosseguem até o dia 28 de junho no concurso do Gonzagão, e até o dia 29, no Arraiá do Povo. A programação das festas podem ser vistas aqui e aqui. O Arraiá do Povo é realizado através das secretarias de Estado da Cultura (Secult) e da Comunicação Social (Secom), com patrocínio do Instituto Banese, Torre e Petrobras, contando ainda com o apoio da NET, do Sebrae e do Banco do Nordeste do Brasil (BNB).

 

Da Secult/SE

Foto: Pritty Reis



19-05-2024
 

 

 

Resultados - Elei��es

 

Setransp

 

Setransp

 

Setransp

 

 

Parceiros

 

 

Fazer o Bem

 

Ciclo Urbano

 

Adjor

 

Sindjor

 

 

Twitter