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23/06/14 | 06:29h (BSB)

Exposição ‘Clemilda Morena dos Olhos Pretos’ é lançada no Museu da Gente Sergipana

Ela já exaltou Sergipe em algumas de suas canções e o chamou de querido dos seus sonhos, mas nesta quarta-feira, 18, foi a vez de Sergipe exaltá-la e agradecer-lhe pela devoção e respeito à terra que escolheu como sua. Essa pessoa encantada pelas terras sergipanas é Clemilda Ferreira da Silva, homenageada com muita justiça e carinho pelo Instituto Banese e pelo Governo de Sergipe com a exposição ‘Clemilda Morena dos Olhos Pretos’.

 

A bela homenagem não poderia deixar de contar com a presença do povo sergipano, agraciado ao longo dos 50 anos de carreira da cantora com a sua alegria e com o seu autêntico modo de fazer forró, foi por isso que o foyer do Museu da Gente Sergipana foi tomado por apreciadores da Clemilda artista e da Clemilda mulher. “Eu não tenho modéstia pra falar de Clemilda. Participei com muito prazer e orgulho de momentos importantes de sua vida e por isso digo que essa homenagem linda já poderia ter acontecido, afinal ela é uma diva nacional, respeitada até por Luiz Gonzaga, uma cantora que marca o forró com muita cadência e por isso se tornou um nome importante na música brasileira. Ela merece tudo isso que está aqui. Parabéns pela iniciativa”, afirma Augusto Barreto, o palhaço cheiroso, como é chamado pela artista.

 

Quem irá transmitir a Clemilda toda emoção da exposição é a sua nora Telma Maria Dantas, que agradeceu a homenagem. “Achei a exposição linda, é uma honra poder ver o respeito que os sergipanos têm por Clemilda. Quero agradecer a todos em nome da família. Se ela estivesse aqui estaria sapateando lá no meio. O museu é a cara dela, não teria outro lugar ideal para realizar essa exposição”, afirma.

 

Uma iniciativa que busca, acima de tudo, retribuir a contribuição de Clemilda com a cultura sergipana e, ao mesmo tempo, levar, até o sergipano e o brasileiro, as riquezas culturais do estado. “O Instituto Banese, através do Museu da Gente Sergipana, tem celebrado aspectos que representam a sergipanidade, tornando esse museu um espaço vivo e participativo. E essa noite revela pra gente que estamos no caminho certo ao valorizar aqueles que projetam Sergipe para o Brasil. Hoje foi a vez de Clemilda e nada mais justo do que trazer para o público um pouco da sua história artística e da sua vida através da sua discografia, das suas roupas, dos seus prêmios. Essa é a contrapartida do Museu para a sociedade sergipana”, destaca Ezio Déda, diretor-superintendente do Instituto Banese e Curador da exposição, juntamente com Marcelo Rangel, diretor de Programas e Projetos do Instituto Banese.

 

Realizar exposições como essa é de fato reconhecer o passado, lembrar ao presente e acima de tudo perpetuar para o futuro, assim como destaca com emoção a historiadora e professora Aglaé Fontes. “Eu estou extasiada com tanta beleza e com tanta verdade transmitida por essa exposição. Há muito tempo ela precisava receber essa homenagem e o Instituto Banese fez justiça a essa pessoa merecedora. Não se pode falar em música popular sem falar em Clemilda, por isso essa exposição tem o papel de passar para as novas gerações quem é essa grande cantora e não permitir que ela seja esquecida”.

 

A Secretária de Estado da Cultura, Eloísa Galdino, prestigiou a exposição e falou sobre a importância de se preservar a cultura sergipana. “A exposição me emocionou bastante, ela transmite para a geração de hoje e para as futuras gerações quem é Clemilda, uma artista que conseguiu levar a cultura de Sergipe para além das nossas fronteiras. Além disso, é gratificante perceber que esse museu, feito para ser uma casa de defesa da cultura sergipana, está cumprindo muito bem o seu papel”.

 

A homenagem à cantora foi além de painéis, imagens, música, luzes, ela ganhou mais vida ainda com a apresentação do Reisado de São José, do município de Japaratuba, que pegou o público de surpresa e o emocionou. Ao interpretar algumas canções de Clemilda, como o seu grande sucesso Prenda o Tadeu, Dona Marlene Moura, uma das integrantes do grupo dizia com emoção: “Clemilda, que Deus lhe dê muita saúde para que a gente possa dançar esse forró”. E por falar em ‘Prenda o Tadeu’, esses e outros sucessos estão reunidos em uma coletânea lançada pelo Instituto Banese e vendida durante a abertura da exposição, cuja renda será revertida para a cantora.

 

Ação viral

A exposição ‘Clemilda Morena dos Olhos Pretos’ não poderia deixar de se utilizar de uma das características principais do Museu da Gente Sergipana, que é o uso da interatividade através da tecnologia. Dessa forma, a exposição reservou um espaço para que os presentes pudessem fazer uma homenagem particular à cantora, tirando uma selfie com uma boneca representativa de Clemilda e algumas das frases de duplo sentido de suas canções.

 

Utilizando as hastags #ClemildaTudoDeBom e #MorenaDosOlhosPretos, a homenageada, que não pode comparecer, irá acompanhar tudo. O estudante de história, Osvaldo Ferreira Neto, aprovou a ideia. “Uma exposição incrível que traz a possibilidade de interação até mesmo entre o público e a homenageada através dessa ideia da selfie. Isso é fantástico. Além do mais, ao ser feita por um museu reconhecido internacionalmente, essa exposição leva para o mundo a nossa Clemilda”.

 

Documentário

A exposição também contou com um momento especial: o lançamento do longa-metragem ‘Morena dos Olhos Pretos’, do diretor e roteirista Isaac Dourado. O filme biográfico conta a trajetória de uma das grandes arquitetas da música nordestina e uma das responsáveis pelo reconhecimento do autêntico forró em todo o Brasil. Para Isaac Dourado, realizar o filme foi um desafio, mas trouxe uma recompensa inestimável por ser uma grande oportunidade de fazer com que mais pessoas conheçam Clemilda para além do que era mostrado no rádio e na TV. “Através desse documentário as pessoas poderão saber quem é Clemilda, mulher que militou por nossa bandeira cultural e milita até hoje. Estou muito feliz por ter o privilégio de vê-la sendo homenageada em vida, pois ela merece, é a rainha do forró”.

 

O que era para ser um curta-metragem se tornou um longa e esse novo formato permitiu que outros registros importantes sobre a cantora pudessem ser mostrados ao público, fortalecendo ainda mais o caráter biográfico do documentário, que conta ainda com entrevistas de artistas e amigos da cantora, a exemplo de Anastácia, Alcymar Monteiro, Genival Lacerda, Trio Nordestino, Elba Ramalho, Joelma, Adelmário Coelho, Sandro Becker, Jorge de Altinho, Sergival, Erivaldo de Carira, dentre outros.

 

Presente na abertura da exposição, Erivaldo de Carira, declarou seu total apoio à homenagem feita à amiga. “A exposição é uma demonstração da importância dela para Sergipe. E que bom que as pessoas reconhecem isso e que bom também que essa homenagem veio com ela ainda vida, afinal ela sempre diz que quem quiser homenageá-la que faça isso enquanto ela estiver em vida. Imagino a felicidade dela. Parabéns aos responsáveis por essa exposição, ficou muito bonita”.

 

Da ASN



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