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29/04/14 | 05:57h (BSB)

Festival de Poesia Falada chega a 18ª edição em Japaratuba

A poesia é um terreno em que, apenas seu criador, é capaz de pisar. É o caminho percorrido por um labirinto de palavras, usando recursos capazes de fazer o leitor viajar pelo mundo imaginário – ou não – visualizado pelo poeta. É a composição de versos que expõem críticas, pensamentos, sentimentos não correspondidos, momentos vividos, sonhos alcançados, ou apenas idealizados.


Foi pensando em valorizar essa manifestação artística que há 18 anos, a Prefeitura de Japaratuba, distante 54 km de Aracaju, criou o Festival de Poesia Falada “Poeta Garcia Rosa”. Homenageando um dos maiores trovadores do município, o evento é uma oportunidade para artistas locais e de outras cidades, exporem seus trabalhos a um público exigente e amante da principal “estrela” do festival: a poesia.


Este ano, mantendo a qualidade e sucesso do evento, o que pôde ser presenciado no Clube Social Rita de Cáscia no último sábado (26), foi um show de interpretação e criatividade. A começar pelo homenageado da 18ª edição, Gilberto dos Santos, que resolveu agradecer pela honraria recitando uma bela poesia, composta por ele. Amor, solidão, indignação, questionamentos, críticas, divindade e problemas sociais, foram alguns temas que inspiraram os 15 trovadores a escreverem versos inéditos, impressionando júri e público.


“Os textos foram selecionados cuidadosamente por uma equipe formada por especialistas, após o período de inscrição. Cada interessado por inscrever duas poesias e todos passaram por um processo de triagem. Os professores de português que nos auxiliaram, tiveram todo cuidado na hora da escolha. E dentre os critérios de seleção, o ineditismo foi o principal”, explicou o secretário de Cultura, Robson Santos.


Segundo o secretário Adjunto de Cultura, Zailton Ferreira, diferente das outras edições, em 2014, mais poetas puderam participar do festival, concorrendo ao prêmio “Gilberto dos Santos”. “Quando vimos a qualidade dos inscritos resolvemos dar oportunidade a mais artistas. Outra mudança feita este ano foi a retirada do julgamento de melhor cenário, visto que o maior destaque do festival é a poesia”, esclareceu Zailton.

 

Seleção – Com o aumento do número de participantes, para disputar os R$ 4 mil reais em premiações, os trovadores tiveram que “ir além” nas apresentações. Precisaram reunir um conjunto composto por diversos fatores para passarem nas peneiras rigorosas. E para isso, as apostas foram grandes, como no caso de Elker Luckas que resolveu falar do amor, como combustível para um relacionamento.


“Minha inspiração partiu de um amor, que ainda existe, mas que não prosseguiu. A poesia, em si, demonstra que no início, tudo era um mar de rosas, mas com o passar do tempo nossos caminhos se desencontraram. Toda a segurança foi substituída por medo, preconceitos e os sentimentos foram sucumbidos”, relembrou o artista.


Participando pela primeira do concurso, o japaratubense, que também interpretou a poesia, destacou que sempre teve vontade de participar do festival. “Só me faltava coragem. E iniciar justamente com essa poesia para mim, é muito importante porque é a primeira vez que escrevo sobre o assunto. Mesmo não ganhando, o que levo da participação é a experiência e a oportunidade de compartilhar meus sentimentos”, celebrou o rapaz.


Ao contrário se Elker, seu conterrâneo, Péricles da Rocha Santos, preferiu fazer uma crítica reflexiva aos problemas sociais que se espalham pelo país, para disputar as primeiras colocações. “O texto fala de duas sociedades distintas, o rico e o pobre, e o personagem, o mendigo, retrata a falta de respeito enfrentada por ele. O que para muitos é visto como resto, para ele, possui outro significado”, detalhou o jovem acrescentando que a busca pela reflexão faz parte de seus trabalhos artísticos.


“Jogar a realidade no palco é uma forma de sacudir a população sobre problemas que passam despercebidos. Vivemos em um país onde a sociedade é dividida e muitas questões acabam não sendo levantadas, apesar de fazerem parte do nosso dia-a-dia. É prazeroso poder erguer estes questionamentos, trazendo ao público um pouco de reflexão”, ressaltou Péricles, que também é ator.

 

Escolha – Com a diversidade de temas e com a qualidade das poesias, tornou-se difícil para a comissão escolher os primeiros colocados. Alcançaria, então, o lugar mais alto do pódio, aquele que conseguisse se encaixar nos critérios avaliativos. E em uma disputa acirrada, quem se sobressaiu foi o japaratubense, Darquiran Costa, com a poesia “Lágrimas de Sangue”.


“Infelizmente, não pude comparecer ao evento, mas é com muita felicidade que realizamos mais uma edição do festival, e que com um japaratubense sendo o campeão. Nossa cidade possui grandes artistas, que se destacam por onde passam , deixando o nome de Japaratuba registrado em todo o estado”, pontuou o prefeito, Hélio Sobral Leite, acrescentando.


“Fico mais feliz ainda por, este ano, ter homenageado seu Gilberto, nosso Gibras, que contribui de forma tão significativa para a construção município que nasceu e vive até hoje. Ele é músico, poeta, e por onde passa deixa sua marca, sua sabedoria e seu dom de fazer e acontecer. Uma homenagem bastante merecida”, salientou o gestor.

 

Classificação:

1º lugar: Darquiran Costa
Poesia: Lágrimas de Sangue

 

2º lugar: Péricles Rocha
Poesia: Via Crucis na Madrugada

 

3º Lugar: João Batista
Poesia: Sublime Criação à Imagem e Semelhança

 

4º Lugar: Diego Sansi
Poesia: Você tem um Título?

 

5º Lugar: Andréia Costa
Poesia: Fênix

 

Enviado pela assessoria

Fotos: Diego Sansi - Secom/PMJ



27-05-2024
 

 

 

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