Enquanto a cortina abria, os gritos ansiosos da platéia recebiam um gênero bastante diferente do teatro. A graça e a leveza do teatro de sombras no IV Festival Sergipano de Teatro emocionou muitos sergipanos na tarde desta sexta-feira, 4, no Teatro Atheneu. O grupo sergipano Cigari, em “Deixe-me-a-ma-la”, criou um movimento cultural que além de unir literatura, circo, dança, teatro, música, cinema e artes plásticas em suas montagens, arrancou gargalhadas e aplausos de pé do público. Mais uma vez o Festival lotou o teatro em sua segunda semana de programação.

Dona Ivanete dos Santos, de 41 anos, também foi ao espetáculo e já prometeu marcar presença no Museu da Gente Sergipana na quinta-feira com sua filha, Ingrid Vitória, de 12 anos. “Eu fiquei sabendo do Festival pela televisão, fui ao Teatro Tobias Barreto, peguei o folheto da programação e vou aos espetáculos com a minha filha. Ela é autista e pode ser divertido e positivo pra ela”, conta a mãe.

O Teatro Atheneu recebeu muitos estudantes entre o público. Renata Mendonça tem 15 anos e chegou ao teatro acompanhada de duas colegas de sala do Colégio Patrocínio de São José. “Minha professora de artes informou que ia ter uma peça de teatro aqui e eu vim com duas colegas da escola porque nunca tinha assistido a uma peça de teatro de sombras”, explica.

A Mais Forte

No mesmo dia, o Teatro Atheneu recebeu outro espetáculo do festival A Mais Forte. Com texto de August Strindberg, foi escrito por volta de 1889 e conta a história onde a paixão, amor, ódio e medo se confundem, formando um enredo em que cada olhar; cada gesto tem um significado muito mais profundo do que deixa transparecer. Na peça, cabe ao espectador resolver, com a imaginação e história pessoal, o desentrelaçar do drama.

Da Secult/SE

Foto: Fabiana Costa