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26/03/14 | 06:58h (BSB)

Museu da Gente Sergipana exibe documentário sobre ex-presos políticos do regime militar de 64

O Museu da Gente Sergipana exibirá na próxima terça-feira, 1º de abril, o documentário “A Mesa Vermelha”, filme que apresenta depoimentos de 23 ex-presos políticos sobre a experiência que tiveram nos presídios masculinos pernambucanos durante a ditadura militar brasileira (1964-1985). O lançamento do filme acontecerá às 19h, com exibição gratuita e aberta ao público. O Museu da Gente Sergipana fica localizado na Avenida Ivo do Prado, 398, no centro histórico de Aracaju, e o evento conta com o apoio do Instituto Banese, do Banco do Estado de Sergipe (Banese), que administra o Museu, e da Secretaria de Comunicação do Governo de Sergipe.

 

Dirigido pela cineasta pernambucana Tuca Siqueira, o documentário resgata a memória dos anos de chumbo através dos depoimentos de 23 militantes de organizações de esquerda da época que estiveram detidos, de 1969 a 1979, entre a antiga Casa de Detenção, a atual Casa da Cultura, em Recife, e a Penitenciária Professor Barreto Campelo, na Ilha de Itamaracá.

 

Entre os entrevistados do filme, está o sergipano Bosco Rolemberg. Ex-preso político e militante do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Bosco, de 66 anos, viveu por cinco anos, entre 1974 e 1979, atrás das grades da Penitenciária Barreto Campelo, na Ilha de Itamaracá. Ele é casado com a ex-presa política sergipana, Ana Côrtes, que também permaneceu detida em Pernambuco, entre junho e novembro de 1974, nas dependências da Delegacia de Ordem Política e Social (DOPS), no centro de Recife.

 

Gravado em Recife, entre maio e junho de 2012, o documentário foi, para Bosco, o momento de reencontrar colegas de luta e cela que não via há 35 anos, e de reencontrar sua própria história, seus silêncios, suas dores e suas convicções desses anos sombrios. “Eu vim porque é uma experiência que não pertence a mim. Pertence ao povo brasileiro, pertence aos comunistas do Brasil, pertence aos meus filhos, pertence ao meu neto, pertence a minha esposa. Então eu não tinha o direito de ficar com isso escondido ou guardado”, afirma Bosco no filme, no depoimento que abre “A Mesa Vermelha”.

 

Com 80 minutos de duração, o documentário é fruto do Projeto Marcas da Memória da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça em parceria com o Movimento Tortura Nunca Mais de Pernambuco. Idealizado pelas ex-presas políticas Lilia Gondim e Yara Falcón, desde que foi lançado, em maio de 2013, “A Mesa Vermelha” já passou por Recife, Brasília e Porto Alegre, e circulará nos próximos meses por várias cidades do país, com o Festival Cinema pela Verdade, da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça.

 

Da ASN



19-05-2024
 

 

 

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