Mulheres, homens, crianças, jovens, adultos e idosos de várias partes de Sergipe se reuniram nesta sexta e sábado de carnaval (28 e 01) para celebrar a alegria, a cultura e a força do povo em mais uma edição do bloco cultural de resistência Aratu Vermelho.
A festa, que abriu a programação do carnaval de Aracaju, teve início com o Esquenta Aratu, como é conhecido o primeiro dia de atividades do bloco, na Praça Tobias Barreto, em frente à Casa do Poeta Mário Jorge, patrono do Aratu Vermelho. A animação começou ao som da cantora Karla Isabella e sua banda, seguida pelas cores, sons e ritmos marcantes do Maracatu do Sintese e foi finalizada com o frevo da banda Os Indomáveis.
O Aratu Vermelho continuou com a festa no sábado (1), com a tradicional Feijoada do Aratu, encerrando sua participação no Carnaval de Aracaju. Novamente a animação tomou conta do bloco, que reuniu centenas de pessoas em frente à CUT. Após compartilharem da deliciosa feijoada, os participantes do bloco seguiram em direção ao Rasgadinho, embalados pelo frevo da banda "Os Indomáveis".
Homenagem
A homenageada desta edição do Aratu Vermelho foi a professora Ofenísia Freire, que completaria 100 anos em 2014. "Todos os anos homenageamos pessoas que lutaram e lutam por um novo modelo de sociedade. Este ano, escolhemos a sergipana Ofenísia Freire, que foi professora do poeta Mário Jorge e educadora de muitos sergipanos e sergipanas de várias gerações, por isso nada mais justo que relembrar a sua memória e a sua história", disse a professora e deputada estadual Ana Lúcia, autora da Lei 242/2013, que institui 2014 como o “Ano Educacional Ofenísia Freire”.
Grande educadora, escritora e militante socialista, a estanciana Ofenísia Freire fez história em nosso Estado e contribuiu para a formação educacional de milhares de sergipanos. Ela foi a primeira mulher socialista a concorrer ao cargo de deputada estadual, pelo Partido Comunista Brasileiro, compôs a Academia Sergipana de Letras, eleita em 1980, além de ter publicado diversas obras , a exemplo do livro, “A Presença Feminina nos Lusíadas”, publicado em 1980 e reeditado em 2000.
Inclusão social
Em 2014, o Aratu Vermelho se consolidou como o bloco da diversidade, ao levar dezenas de pessoas com deficiência para brincar nas ruas da cidade, garantindo a inclusão desse segmento na festa. "O nosso bloco respeita e valoriza a diversidade, em todas as suas formas. Por isso, esse ano decidimos viabilizar, com segurança, a participação das pessoas que fazem aqui em Sergipe o 'Festival Arte Sem Barreiras'. Precisamos garantir a inclusão e acessibilidade das pessoas com deficiência em todos os espaços e momentos", disse a deputada estadual Ana Lúcia.
A iniciativa do festival de arte para pessoas com deficiência é da ONG Albertina Brasil, que desde 1996 atua em Sergipe para incluir socialmente pessoas com deficiência motora e transtornos mentais. “Hoje, atuamos nos municípios de Nossa Senhora da Glória, Tobias Barreto, Carmópolis, Itabaiana, Simão Dias, Monte Alegre Aracaju e Socorro”, conta o psiquiatra Cordeiro, coordenador da organização.
A ONG - que leva o nome da freira e assistente social Albertina Brasil, que se tornou um ícone da luta pela inclusão de pessoas com deficiência - teve início com o Projeto Luz do Sol, que desenvolvia atividades artísticas, musicais e culturais para pessoas com deficiência no município de Nossa Senhora da Glória. O Projeto, que hoje é Ponto de Cultura, deu origem ao primeiro CAPES de Sergipe, modelo que foi copiado pelos outros municípios sergipanos.
Do Luz do Sol fazem parte os Tambores do Sertão - banda de percussão formada por jovens da comunidade juntamente com pessoas que possuem transtornos mentais – e a Banda Luz do Sol, vencedora de diversos prêmios nacionais de música para pessoas com transtornos mentais. A equipe de dança da ONG recebeu no ano passado o título de Campeão e vice-campeão do Campeonato Brasileiro de Dança em Cadeira de Rodas, mais importante título nacional na área.
Aratu Vermelho 2015
Também durante a Feijoada já foi anunciado o homenageado do Aratu Vermelho no Carnaval de 2015. Será o poeta, escritor, crítico de cinema, professor e jornalista Alberto Carvalho, nascido em Itabaiana. "Alberto Carvalho foi um dos sergipanos mais ativos em termos de produção cultural e artística, com textos, livros e escritos de caráter progressista, sempre pensando um modelo de sociedade em que prevaleça a igualdade. Alberto foi o primeiro itabaianense a tornar-se professor da Universidade Federal de Sergipe e, hoje, o campus da UFS de Itabaiana leva o seu nome. Além disso, Alberto Carvalho era amigo de Mario Jorge, patrono do Aratu Vermelho", conta Ana Lúcia.
Enviado pela assessoria
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