Na Política

Biblia Online

10/02/14 | 09:42h (BSB)

Jackson participa de documentário sobre a ditadura militar em Sergipe

A participação do governador Jackson Barreto no processo de redemocratização do País será narrada no curta-metragem ' Operação Cajueiro'. O filme relembra a repressão militar ocorrida em Aracaju no ano de 1976 e é produzido com patrocínio do Governo de Sergipe, através do Edital de Apoio à Produção de Obras Audiovisuais promovido pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult). O vídeo-documentário tem sua estrutura narrativa baseada em entrevistas com pessoas que foram presas durante esta operação.

 

Preso e processado na Operação Cajueiro, Jackson Barreto gravou seu depoimento na manhã deste sábado e lembrou como iniciou na militância política. "Eu diria que esse trabalho de organização, discussão começou na paróquia. Sempre fui muito apaixonado pelas questões sociais, talvez por ter nascido em uma cidade cercada por canaviais e com poucas oportunidades. Depois, passei para a militância no Atheneu Sergipense e na Universidade Federal, que tinha dois grupos de esquerda. No carnaval de 1976, eu era deputado estadual e eles me tiraram da Assembleia Legislativa em um jipe para fazer acareação".

 

Para Jackson, o curta sobre a operação auxiliará no processo de conscientização política dos sergipanos. "Esse é um fato que marcou a história de Sergipe e de Aracaju de forma profunda diante da violência das torturas executadas pela ditadura militar. Relembrar isso em filme é um alerta para as novas gerações, para que nunca mais se permita que nosso País volte a vivenciar essa experiência. Esse depoimento mostra que devemos preservar a consciência política".

 

‘Operação Cajueiro: um carnaval de torturas’, título do curta, nasceu de uma ideia que foi amadurecida através de conversas entre os realizadores Fábio Rogério, Vaneide Dias e Werden Tavares com ex-presos políticos. “Queremos reabrir a discussão sobre o período da Ditadura Militar, e contribuir, através da nossa leitura, com a discussão”, frisa Fábio.

 

Para Werden Tavares, que divide a produção e direção do curta com Fábio Rogério, a construção do filme tem ar de dever histórico a ser cumprido. “A missão do realizador é buscar uma forma através da junção de imagens e som que comunique a sua verdade com o mundo. O momento político atual com essas manifestações e toda a tentativa de se entender, pede uma reflexão maior sobre o passado de luta, pra que se caia nem no discurso reacionário nem no discurso anacrônico. A gente não pode aceitar que a nossa geração não conheça algo com tanto conteúdo quanto a Operação Cajueiro”, destaca.

 

Sinopse do filmet

O documentário fala da maior ação repressiva do governo militar em Sergipe, conhecida como ‘Operação Cajueiro’, ocorrida no carnaval de 1976, com o objetivo de acabar com a reorganização do PCB em Sergipe. Memórias vivas nos revelam os acontecimentos deste período obscuro da história contemporânea de Sergipe e, paralelamente, no contexto atual, voltam a ganhar espaço as discussões sobre os Direitos Humanos, a abertura dos arquivos da Ditadura Militar e a revisão da Lei de Anistia.

 

Operação Cajueiro

A ditadura militar implantada a partir do golpe de março de 1964 atingiu o máximo da brutalidade em Sergipe com a Operação Cajueiro, realizada em fevereiro de 1976. Na ocasião, uma força especial vinda da Bahia, sob as ordens do general linha-dura Adyr Fiúza de Castro, comandante da 6ª Região Militar, sediada em Salvador, prendeu arbitrariamente 25 sergipanos, processando 18 deles, além de processar também o então deputado estadual Jackson Barreto. As vítimas foram levadas presas e algemadas para as dependências do quartel do 28º Batalhão de Caçadores, em Aracaju, onde ocorreram as sessões de torturas físicas e psicológicas, com participação de unidades dos órgãos de segurança sediados em Sergipe.

 

Da ASN



19-05-2024
 

 

 

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