Mais uma vez a Prefeitura de Aracaju investe na valorização do artista sergipano. Depois de um Forró Caju, onde a maioria dos que subiram ao palco eram do estado, agora está sendo preparado um Réveillon com o jeito e com o som sergipano. Um dos 15 artistas que irá se apresentar na Orla de Atalaia é Rogério, cantor e compositor que há 30 anos leva a sua arte e cultura através de canções.

"Dizem que da terra é minhoca, nós somos artistas do universo". É dessa forma que Rogério define os artistas e é assim que pretende levar a sua apresentação no Réveillon de Aracaju. Com o trabalho reconhecido em todo o Brasil, ele acredita que o fim de ano na capital será a oportunidade de mostrar, não só para os próprios sergipanos, mas principalmente para os turistas, que Sergipe é um estado que esbanja música e arte de qualidade que merecem ser valorizadas.

Com um CD pronto para ser lançado já em janeiro de 2014, Rogério agradece o apoio da PMA. "A prefeitura tem nos dado muito apoio, o que nos dá ainda mais estímulo para trabalhar para o público. Temos que expor a nossa arte para o mundo ver. Quando falo em valorização, não falo em finanças, mas falo do querer que estejamos no movimento", disse o cantor, autor de uma das músicas mais representativas do estado: 'Sergipe é o país do forró'

Com um repertório sortido de história e bagagem artística, Rogério crê que a valorização da música sergipana tem que partir do próprio povo do estado e também do artista sergipano. "Eu não me incomodo com o sucesso, me incomodo com a qualidade de vida, daquilo que eu aprendi, da escola que eu passei e daquilo que eu ouvi dos grandes mestres. Vejo eventos em outros estados em que o artista daquele lugar é o principal e os outros convidados. Temos que aprender a fazer isso, não por sucesso de um ou de outro, mas para levar o nome do nosso estado mundo a fora", ressaltou ele.

Grande nome de Sergipe, Rogério faz questão de incorporar ao seu repertório as canções de outros artistas sergipanos. Para ele, o apoio entre os participantes dos movimentos artísticos e culturais de Sergipe é o que mais pode impulsionar o reconhecimento do que é feito por aqui. "Vejo os artistas baianos, por exemplo, que quando um não vai tão bem, faz questão de tocar a música dele para dar apoio. É preciso que nós mesmos nos enxerguemos para fazer com que as pessoas nos enxerguem", destacou.

Ao longo de três décadas fazendo história com música, Rogério afirma que um dos seus mandamentos é respeitar o próximo e viver aquilo que compõe. "Tenho como base a filosofia educacional da música. Eu falo de amor de uma forma diferente, a minha forma de falar de flor é outra forma, de falar de uma mulher também é outra forma. Procuro cultivar também as minhas raízes. Eu vivo isso aqui, eu vivo Aracaju, eu vivo Estância, que é a cidade onde nasci", frisou ele.

Prestes a lançar o 18º CD, Rogério espera dar uma resposta de qualidade ao povo sergipano. "Preparei um CD que posso dizer que é da melhor qualidade. Por isso que eu digo que cantar é mover o dom", finalizou.

Da PMA