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16/12/13 | 17:13h (BSB)

História do Almirante Negro tomou espaços históricos de Sergipe

Com um texto construído com base na história de João Cândido Felisberto, o espetáculo "Chegança do Almirante Negro", da Grande Companhia Brasileira de Mystérios e Novidades, foi apresentado em três cidades sergipanas no último final de semana. Selecionado pelo Programa Petrobras Distribuidora de Cultura, o espetáculo foi apresentado em Aracaju, São Cristóvão e em Laranjeiras entre os dias 13, 14 e 15 de dezembro, respectivamente.

 

Para a diretora do espetáculo e atriz, Ligia Veiga, foi um momento fantástico para a companhia carioca. "Foram três dias com lindas apresentações. Percebemos uma atenção e grande do público sergipano que nos recepcionou muito bem. Contamos com o apoio da Petrobras Distribuidora para poder trazer a montagem para Sergipe, que nos serviu de fonte de pesquisa para a construção do espetáculo", afirma.

 

As apresentações ocorreram em espaços públicos das três cidades. Em Aracaju, a Praça Fausto Cardoso, Centro da Capital, receberá a primeira das três apresentações da companhia a partir das 16 horas do dia 13. São Cristóvão, a cidade mais antiga do Estado, cede a Praça São Francisco, tombada pelo Patrimônio Histórico, para a apresentação da peça no dia 14, às 17 horas. Par a finalizar a série de apresentações, a Praça do Largo da Prefeitura, em Laranjeiras, recebe a montagem no dia 15 às 18 horas.

 

Para Neu Fontes, secretário de Comunicação Social de Laranjeiras, foi muito bom ver a participação popular na apresentação. "Esse grupo veio a Laranjeiras para pesquisar a Chegança e hoje, nos trouxe esse lindo espetáculo. A cidade é berço de cultura, mas não temos mais a tradição de apresentações como esse durante o ano", destaca.

 

Espetáculo na rua
O projeto, que foi selecionado pelo programa Petrobras Cultural, apresenta uma montagem baseada no episódio da Revolta da Chibata e seu líder João Cândido Felisberto. Através do Teatro de Rua, os atores encenam um dos principais marcos da história do Brasil.

 

A Revolta da Chibata foi uma manifestação de militares da Marinha do Brasil, planejado por cerca de dois anos que culminou em um motim entre os dias 22 e 27 de novembro de 1910, na Baía de Guanabara, Rio de Janeiro. O movimento de revolta com mais de dois mil marinheiros foi liderado pelo marinheiro João Cândido Felisberto. Eles lutavam contra a aplicação de castigos físicos a eles impostos como punição.

 

Para contar essa história, espaços públicos são os palcos e os curiosos formam a plateia. Músicos, atores e dançarinos atuam sobre pernas de pau, chamando a atenção para o espetáculo apresentando ao ar livre. Com apresentações ao vivo, a trilha sonora também é uma atração. Referenciada nos folguedos populares, foi composta especialmente para o espetáculo, seguindo uma linha de pesquisa baseada em melodias e ritmos do auto popular brasileiro: cheganças e marujadas.

 

A Companhia traz a tradição do teatro de rua com o intuito de fortalecer essa que é uma das mais importantes manifestações culturais da história. A peça “Chegança do Almirante Negro” se trata de um auto popular nacional que entrelaça intimamente essas raízes e revela parte essencial da memória e identidade do povo brasileiro. A história do líder da Revolta da Chibata, o herói popular João Cândido, será contada em forma de Epopéia Marítima, reapresentando nas ruas este capítulo da história do povo brasileiro, pouco conhecido, mas de grande valor histórico e cultural.

 

O espetáculo tem direção geral de Ligia Veiga, que também assina os textos ao lado cordelista Edmilson Santini. Conta com direção de arte de Helio Eichbauer, figurinos e adereços criados por Domingos de Alcântara e é encenado pelo elenco da Grande Companhia, em parceria com a Orquestra sobre pernas de pau “Gigantes pela Própria Natureza”.

 

Grande Companhia Brasileira Mystérios e Novidades
A Grande Companhia Brasileira de Mystérios e Novidades foi criada em 1981, no Rio de Janeiro, pela diretora Ligia Veiga, e há quase três décadas contribui para a valorização do Teatro de Rua. Em seu repertório busca-se recuperar a linguagem musical e gestual dos antigos atores/músicos populares, inscrevendo-se na categoria do Circo Dramático que inclui teatro, dança e música. Sob a tônica do imaginário cultural das tradições e raízes brasileiras, contribui para a valorização e preservação da memória cultural do país.

 

Seu histórico soma parcerias com entidades como o SESC, a OI Futuro, Eletrobrás, Funarte e Secretarias de Cultura do Estado do Rio de Janeiro e Municípios, a Companhia tem levado seu teatro, literalmente nas alturas, às praças e ruas de norte a sul com espetáculos e oficinas gratuitas, divulgando a arte pública.

 

Por Tirzah Braga



19-05-2024
 

 

 

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