No mês em que o poeta Mário Jorge completaria 67 anos se vivo estivesse, será relançada a sua obra intitulada “Poemas de Mario Jorge”, o livro organizado pela família foi lançado a 1º vez após a sua morte. O evento acontecerá no dia 22/11, sexta-feira, às18h, no Museu da Gente Sergipana.

O poeta que há 41 anos deixou esse mundo, ainda jovem, aos 33 anos em um fatal acidente automobilístico, teve sua trajetória marcada pela arte e pelo engajamento político. Sua história de vida e suas obras inspiraram os seus contemporâneos e as demais gerações.

Em janeiro deste ano aconteceu uma homenagem ao poeta no Teatro Atheneu com apresentações teatrais e musicais, além do relançamento de sua única obra pulicada em vida, o envelope “REVOLIÇÃO”.

Tais homenagens e publicações de suas obras e poemas concretistas só foram possíveis devido ao zelo de sua mãe, dona Ivone Menezes, que sempre guardou versos, poemas e poesias de Mário Jorge. Depois do dia 11 de janeiro de 1973, após a morte do poeta, ela passou a trabalhar para a publicação da obra do filho. Junto ao companheiro do Partido Comunista Brasileiro, Welington Mangueira, a senhora Ivone lançou com recursos da própria família o livro ‘Poemas de Mário Jorge’, cuja edição se esgotou.

A deputada estadual Ana Lúcia(PT), irmã do poeta, recordou que a publicação do livro ‘A noite que nos habita’, de 2003, pela Prefeitura Municipal de Aracaju, atendeu a um pedido pessoal de Dona Ivone Menezes ao então prefeito Marcelo Déda. O livro foi lançado no dia do aniversário de Mário Jorge, em 23 de novembro, na Galeria Álvaro Santos, que na década de 60 era um espaço cultural importante, abrigando grandes debates políticos e filosóficos.

“Mário além de poeta era uma pessoa extremamente sensível, tinha uma inteligência privilegiada, é uma pessoa que deixou o seu legado, e precisa ser conhecido pelos seus conterrâneos sergipanos, a ser conhecido pelo Brasil e pelo mundo”, afirmou Ana.

Por Laila Oliveira