A noite dessa terça-feira, 8, serviu como atrativo especial para o público mais eclético, que acompanha a ‘VII Semana Sergipana de Dança’. Priorizando um repertório que vai do axé music ao ritmo mais clássico, de natureza oriental, os grupos de dança que ocuparam o palco do Teatro Atheneu demonstraram com ampla desenvoltura o talento tão presente nos movimentos corporais produzidos individual e coletivamente.

O evento cultural foi iniciado na última sexta-feira, 4, e está sendo realizado pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e Instituto Banese, mediante apoio do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Diversão e Entretenimento de Sergipe (Sated/SE). Para os artistas que estão tendo a oportunidade de ocupar um dos palcos mais cobiçados de Sergipe e de testemunhar a formação de plateia, a ocasião é extremamente especial.

“Um evento desse porte me permite transmitir ao público feminino a ideia de que não é preciso tantos requisitos para praticar a dança oriental. Adaptando movimentos simples acentuados nos quadris, no ventre e nos braços, é possível despertar o interesse das espectadoras que, ao prestigiar os artistas aqui presentes, poderão conhecer diferentes modalidades da dança”, explicou Hayffa Souza, que coreografou o espetáculo ‘Essência: Música Clássica Oriental com solo de Derbak’.

O solo de Derbak, membranofone tradicional na música árabe, foi bem recebido pelo público que compareceu ao Teatro Atheneu na quarta noite da ‘VII Semana Sergipana de Dança‘. A apresentação foi conduzida com a abertura instrumental e logo em seguida, com a utilização de um véu e movimentos espaciais variados. A coreografia decorre com movimentos adaptados do balé clássico, e para finalizar, o solo.

Diversidade

Como já diz o próprio nome do espetáculo apresentado pela Cia. de Dança Ki-kebrança, o primeiro da programação, a junção de ritmos musicais empolgantes serviu para expressar a riqueza cultural presente na dança de rua. O espetáculo consiste, portanto, na forma livre de exalar emoções, onde o movimento por si só contagia seus espectadores.

A segunda apresentação da quarta noite de espetáculos, denominada ‘Memories’, foi liderada pela Juventu’s Cia. de Dança, que através da dança, homenageou alguns compositores brasileiros e destacou a importância da contribuição deixada pelos músicos mais veteranos, bem como de todos que incentivaram as manifestações culturais e o progresso do mundo.

O espetáculo ‘Devir’, o último da noite, é fruto de um projeto desenvolvido no Espaço Liso Cia. de Dança, que visa aproximar a dança contemporânea de outras linguagens, como o teatro e o audiovisual. Esteticamente inspirada na filmografia do cineasta espanhol Pedro Almodóvar, o espetáculo extrai das narrativas dos seus filmes a essência de personagens complexos que agem impulsionados pelos desejos. Diante de tal complexidade, bailarinos demonstram um devir constante da vida, onde a morte seria o limite desse processo.

Da Secult/SE