O senador Eduardo Amorim (PSC-SE) considerou como “desperdício do dinheiro público” o que ocorre nas finanças da Companhia de Saneamento de Sergipe – DESO. Segundo ele, há um "assustador prejuízo acumulado". As informações passadas, direto do Plenário do Senado, dão conta que, desde 2007 a companhia apontava um prejuízo de R$ 11,7 milhões. O parlamentar afirmou que o grupo político que hoje comanda o Executivo Estadual é o mesmo desde então.
Para Eduardo, o que mais assusta é que após oito anos e três meses à frente do Governo do Estado, a atual gestão conseguiu ampliar de maneira “estarrecedora” os prejuízos da DESO. “O balanço de 2014, apresentado em 31 de dezembro do ano passado, aponta que existe uma perda acumulada de R$ 256 milhões”, mostrou o senador ao afirmar que “houve um aumento da dívida de mais de 2.000%”.
O senador mostrou, ainda, que há uma contradição nas contas do governo, pois segundo ele, há diversos anúncios de investimentos em obras de ampliação e construção de sistema de abastecimento de água na região metropolitana de Aracaju, no total de R$ 327 milhões, por exemplo. Em 2013, mais de R$ 73 milhões foram conquistados pelo Governo, e a informação passada à população é que esse montante beneficiará a Zona Norte de Aracaju “Diante desse contexto, como justificar o desequilíbrio financeiro”, indaga Eduardo.
Problemas
“Os problemas não param por aqui, temos informações de obras de saneamento abandonadas. Existem casos em que as prefeituras municipais precisam recapear mais de três vezes a mesma via em um curto espaço de tempo, devido ao péssimo serviço da DESO”, disse o senador.
Sobre o grave problema de gestão na DESO, Eduardo falou que Sergipe vem gastando muito mal. “Quase 60% da água tratada, apropriada ao consumo humano, é desperdiçada no caminho entre a captação e a distribuição”, mostrou baseado em pesquisas oficiais do Governo; já no Japão, segundo o senador, perde-se apenas 2%.
Para ele, o que acontece em Sergipe “é o desperdício e falta de respeito em todos os seus níveis”. O parlamentar lembrou matéria do CINFORM sobre declarações do secretário de Estado do Planejamento, João Augusto Gama, que levam a credenciar a DESO cair nas garras do empresariado. “No final, quem vai pagar dupla ou triplamente a conta por esses serviços básicos, garantidos constitucionalmente, é o povo sergipano”, disse.
Ao finalizar pronunciamento, Eduardo afirmou que é necessária uma análise criteriosa, responsável e corajosa sobre a grave situação financeira e administrativa da DESO. “Desse modo, buscar-se alternativas viáveis e efetivas, a fim de reverter o grave desperdício dos recursos públicos, além dos recursos hídricos e do potencial humano dos seus servidores”, lamentou Eduardo.
Da Ascom
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