Por Adriana Freitas
Os Servidores do Tribunal de Justiça de Sergipe (SINJUS) retornaram as atividades na terça-feira, 25, por causa do mandado de citação expedido pelo próprio tribunal de Justiça do Estado de Sergipe (TJSE) criminalizando a greve, mas em entrevista ao Portal Na Política, o coordenador de relações institucionais do SINJUS, Plínio Pugliesi, destacou que a luta da categoria por sua pauta de reivindicações continua. Plínio Pugliesi apontou com preocupação que o Tribunal de Justiça contratou cerca 200 cargos de comissão e de confiança, o que vai de contramão com a atual situação do Governo do Estado, que está propondo a redução de gastos.
“Esse é o ponto central da nossa divergência hoje, porque os cargos de comissão do tribunal já são os maiores do estado e um dos maiores do Brasil. Tem cargo de comissão no tribunal que sem concurso público que ganha R$ 16 mil. O salário quase de um juiz, então se um cargo desses recebe o reajuste de 6% o salário vai para R$ 17 mil. Isso é completamente desconectado e vai na contramão da conjuntura financeira que o estado passa”, ressaltou Plínio.
Segundo o coordenador de relações institucionais do SINDJUS, a pauta central das reivindicações da categoria é a redução de cargos de comissão e confiança no Tribunal de Justiça. “No Tribunal de Justiça, a situação é grave porque é um universo que trabalham três mil trabalhadores entre juízes e servidores, sendo que nesse universo de três mil pessoas, mil servidores de cargos de comissão e confiança. Ou seja, a cada três pessoas no tribunal tem uma que é cargo de comissão ou de confiança. O que é grave diante dessa conjuntura pautada em que o governo tem divulgado publicamente que falta dinheiro até para pagar salário”.
Atos
Mesmo depois do Tribunal de Justiça decretar a greve ilegal, os servidores prometem realizar mais atos até o fim do ano e acompanhar o andamento do projeto sobre o aumento do percentual de 6% para os cargos de comissão. Segundo Plínio, uma nova greve será realizada no dia da votação do projeto. O Sindicato pretende dialogar com os deputados.
“O Judiciário que não é uma ilha, e sim um órgão que faz parte do estado, assim como a Assembleia, Tribunal de Contas e o Ministério Público. Se o Judiciário, no decorrer do ano de 2014 criou mais cargos de comissão e agora a gente ver o governo dizendo que tem que reduzir, e Jackson já anuncia alguns cortes, então, com base nisso, as nossas preocupações só tendem a ficar mais aguçadas ainda”, afirmou Plínio.
Ainda segundo o coordenador de relações institucionais do SINDJUS, os atos continuarão. “Vamos fazer uma série de atos públicos em dezembro. Quando o projeto for assembleia vamos paralisar as atividades para irmos à Assembleia pedir aos deputados que não votem o projeto com esse aumento para cargo de comissão porque se já um consenso entre os órgãos que precisa cortar os CCS, então aumentar em 6% o valor do cargo de comissão é aumentar o problema”.
Campanha salarial
O Sindicato também reivindica pelo reajuste salarial de 10% para os servidores efetivos e pela isonomia no auxílio alimentação. Segundo Plínio, os juízes recebem R$ 750 de auxílio alimentação e os servidores receberão cerca de R$ 710 parcelado.
“Pedimos a isonomia do auxílio alimentação, pois o auxílio que é pago aos servidores é menor do que o valor pago aos juízes que hoje já estão recebendo R$ 750. Os servidores recebem parceladamente um aumento que pode chegar a R$ 710, ou seja R$ 40 a menos ainda no ano que vem. O debate não nem tanto os valores é a questão do direito em sim porque não se justifica que em nenhuma empresa que do executivo ao cargo de menor complexidade se pague ticket”, pontuou Plínio.
Da redação NaPolítica
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