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24/11/14 | 12:09h (BSB)

Jackson diz que Sergipe será laboratório de compromisso social

Com uma população estimada de 2.219.574, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e com 21.915,116 km² de área, Sergipe, o menor estado da federação, se destaca no cenário nacional com números que o coloca à frente em relação à economia e distribuição de renda entre a sua população. Na semana passada, o Instituto divulgou a participação dos estados e setores da economia na composição do Produto Interno Bruto nacional (PIB). O estudo revelou que, em 2012, Sergipe registrou o maior PIB per capita do Nordeste e um crescimento quase quatro vezes maior que o PIB do país. Enquanto o Brasil obteve um crescimento real de 1% no PIB, Sergipe alcançou 3,6%.

 

Já no início deste mês, um relatório produzido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), destacou Sergipe como segunda unidade da federação com maior proporção de grandes empresas industriais no Brasil, ficando atrás somente do Amazonas. O estudo detalha o panorama estadual da indústria e informa que Sergipe possui um PIB industrial de R$ 6,7 bilhões, equivalente a 0,7% da indústria nacional.

 

Também no início de novembro, dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), baseados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), apontaram Sergipe como o estado do Nordeste com menor índice percentual de miseráveis, 6,13% de sua população. Os dados comprovam a preocupação do Estado em alinhar o crescimento econômico ao desenvolvimento social, o próprio governador, Jackson Barreto, garantiu que os resultados são um estímulo para que Sergipe seja, nos próximos quatro anos, “um laboratório permanente de compromisso social”.

 

Para o governador os resultados positivos em ambas as áreas, são fruto de políticas integradas entre os setores públicos e privados. “O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada registrou que Sergipe foi o estado que mais erradicou a extrema pobreza. O Ministério do Trabalho mostra que Sergipe tem batido recordes na geração de empregos. O Indicador sobre o crescimento do PIB. Tudo isso demonstra que o trabalho de atração de novas empresas, executado pelo governo do Estado, aliado às políticas públicas na área social tem alavancado nossa economia e melhorado de maneira significativa a qualidade de vida da nossa gente”, resumiu.

O assessor econômico do Estado, Ricardo Lacerda, atribui o desempenho superior que Sergipe tem apresentado na economia à capacidade que o Estado teve de atrair empreendimentos muito intensivos em mão de obra, tanto no setor industrial, como no setor de serviços.

 

“Foram mais de 115 mil empregos gerados, desde 2007, que propiciaram às famílias renda segura e crescente que impulsionaram o crescimento do comércio, da construção civil e de diversas atividades no setor de serviços. Muitos empreendimentos se instalaram em Sergipe em setores diversificados como autopeças, têxtil, calçados, brinquedos, material elétrico, cosméticos, embalagens, o que gerou emprego e renda relativamente bem distribuídos na capital e no interior”, diz Lacerda.

 

Atração de indústrias

Só de janeiro a setembro deste ano, 2014, o Governo de Sergipe atraiu 44 novas indústrias em 11 diferentes municípios do estado. Juntas, estas empresas irão gerar 1.433 novos empregos e R$ 393,4 milhões de investimentos. Através do Programa Sergipano de Desenvolvimento Industrial (PSDI), os novos empreendimentos recebem incentivos fiscais e locacionais do Governo do Estado.

 

Dados do Conselho do Desenvolvimento industrial (CDI) apontam que as empresas já incentivadas pelo PSDI e que tiveram seus projetos de extensão de prazo ampliados este ano, tinham previsão de investir, juntas, R$ 74,5 milhões e consolidaram R$ 138,8 milhões em investimentos (crescimento de 86,3%). Já no quesito faturamento, a previsão conjunta delas era cerca de R$ 287 milhões, conseguindo alcançar mais de R$ 1 bilhão, um aumento de 248,4%. “O mais importante foi o crescimento no número de empregos, cuja previsão dos projetos era de 1.431 e hoje estas empresas empregam 3.910, representando uma evolução de 173,2%”, comemora o secretário do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), Saumíneo Nascimento.

 

De acordo com Ricardo Lacerda, tanto empresas nacionais, quanto empresas originárias de diversos países, como Japão, Itália e França, se instalam em Sergipe visando atender o mercado nordestino que se encontra em grande expansão por conta da ampla incorporação de faixas da população no mercado de consumo, a chamada ‘ascensão da classe C’.

 

“As empresas vieram para o Nordeste atender esse crescimento do mercado e também para suprir as demandas por insumos ou serviços, em um efeito multiplicador do crescimento da renda e do emprego. Elas encontraram em Sergipe um ambiente de negócios favorável, um tratamento adequado por parte do governo, que fizeram do estado uma ponta de lança para atender o mercado regional. Outras empresas foram atraídas, também, pela disponibilidade de mão de obra ou pelas riquezas minerais de Sergipe”.

 

Geração de emprego e inclusão pela renda

Lacerda conta que por muitos anos, os planejadores acreditaram que o crescimento econômico por si só asseguraria e melhoria da vida das pessoas. “Essa característica foi particularmente forte nos governos militares. Hoje é inconcebível pensar dessa maneira. O planejamento hoje deve ser participativo e com forte componente de políticas sociais, combinando a atração de empresas para gerar emprego e renda e levar o desenvolvimento a todos os oito territórios do estado, com as políticas sociais e prestação de serviços na educação, saúde e direitos da cidadania. Não faz sentido pensar no eixo do desenvolvimento econômico dissociado do desenvolvimento social”.

 

A secretária de Estado da Inclusão, Assistência e do Desenvolvimento Social, Maria Luci Silva, explica que os avanços nos dados de Sergipe são reflexos do contínuo trabalho e compromisso com o desenvolvimento e execução de políticas públicas que buscam promover a inclusão do cidadão não só pelo direito, mas também pela renda.

 

“O Estado consolidou, no decorrer dos últimos anos, um modelo de gestão que valorizou a autonomia da população. Na área da Assistência Social, saímos da execução de ações meramente assistencialistas e passamos a executar ações estruturantes. Tivemos como público prioritário as pessoas em situação de extrema pobreza e buscamos inserir essa população em diversos programas e ações que estimulassem sua independência e desenvolvimento, a exemplo do programa das Feiras da Agricultura Familiar, que valoriza o pequeno produtor, estimula sua capacidade para os negócios e o incentiva a permanecer em sua região; o Novos Rumos, que oferta gratuitamente cursos de qualificação e formação profissional executados pelo Sistema S àqueles que buscam a qualificação profissional; projetos de inclusão produtiva nas áreas de piscicultura e apicultura, que ampliaram consideravelmente a capacidade de produção e gestão de centenas de pequenos produtores sergipanos; o programa de aquisição de alimentos PAA- Frutos da Terra, que adquire produtos dos pequenos agricultores e realiza a doação simultânea à entidades socioassistenciais; o Mão Amiga, que garante a subsistência do trabalhador da cana e da laranja no período da entressafra, mas que tem como contrapartida a alfabetização e a qualificação profissional dos beneficiários; a realização dos Editais de Apoio aos Arranjos Produtivos Locais, que proporcionou as condições necessárias ao fortalecimento de dezenas de pequenos empreendimentos em diversos municípios sergipanos, dentre outras ações desenvolvidas para assegurar a inclusão social no sentido mais amplo”, enumera a secretária.

 

Paralelamente ao atendimento direto à população, o Governo de Sergipe também alcançou um feito histórico ao regulamentar a política de Cofinanciamento Fundo a Fundo da Assistência Social, que representa o repasse direto de recursos do Estado para os municípios, de forma a ampliar e qualificar o atendimento da população em todos os pontos do estado, assegurando as condições para que os gestores municipais mantenham em funcionamento os serviços, programas e projetos desenvolvidos, de acordo com a Política Nacional de Assistência Social (PNAS) em áreas como o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família, Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos.

 

“Tudo isso se reflete diretamente nos indicadores sociais e econômicos. Estamos presenciando mudanças significativas no perfil dos assistidos, que são cada vez menos mero recebedores de benefícios e passam a ser cada vez mais sujeitos de direitos. Homens e mulheres comprometidos em alcançar sua inserção ou recolocação profissional, que investem mais em si e que passam a compreender a importância de fazer seus saberes e recursos circularem principalmente nos locais em que vivem, como forma de estimular também o crescimento daqueles que estão em seu entorno. Sabemos que ainda possuímos muitos desafios a serem superados, mas é inegável o quanto Sergipe avançou na última década”, explana Maria Luci Silva.

 

Desafios

O economista Ricardo Lacerda explica ainda o contexto delicado vivido pela economia mundial e como o Brasil conseguiu nesses anos de crise se manter instável quando comparado a grandes economias como as dos países europeus, e como Sergipe, apesar das dificuldades impostas pelo cenário internacional e nacional, tem trabalhado para conseguir destaque em tempos de crise.

 

“Nenhum estado isoladamente está imune aos efeitos da crise. Nem mesmo um país isolado. O Brasil hoje sente os impactos da maior crise financeira internacional desde a grande depressão de 1930. Esse período se iniciou em 2008 , já se estende por seis anos e deve se prolongar por alguns anos ainda. Alguns economista chamam a atual crise de ‘a grande recessão’. A crise não apenas afeta o setor produtivo como limita as receitas dos estados e dos municípios, restringindo a expansão das políticas públicas. O fundamental é assegurar a continuidade da geração do emprego para que as famílias não sejam atingidas na sua sobrevivência, como vem acontecendo nos países europeus. O Brasil vem conseguindo transitar na crise em situação muito melhor do que a ampla maioria dos países. E dentro do Brasil, Sergipe e boa parte dos estados nordestinos continuam crescendo em ritmo superior a 3% ao ano e com capacidade de gerar emprego, mas não significa que não estão sendo atingidos”, informa o economista, ao evidenciar os desafios enfrentados pelos estados e países e o quanto a gestão do Governo de Sergipe tem trabalhado para não permitir que a crise mundial interfira na qualidade de vida dos sergipanos.

 

Fonte: ASN



26-04-2024
 

 

 

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