“O portador de deficiência mental não deixa de ser capaz, não deixa de poder, ele só precisa acreditar que pode e procurar os meios para fazer isso”, disse Marco Aurélio, autor do livro ‘Libertação da Saúde Mental’ e portador de esquizofrenia. Após tratamento no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), Marco escreveu este livro com a intenção de compartilhar as experiências de seu tratamento com a sociedade. O lançamento será nesta quinta-feira, 20, na Biblioteca Clodomir Silva localizada na Rua Santa Catarina, 314, Bairro Siqueira Campos.
“A idéia da escrita desse livro é para mostrar para a sociedade comum a importância e o valor do Centro de Atendimento Psicossocial para as pessoas que fazem o uso do mesmo como forma de tratamento. Durante o período manicomial, tínhamos uma vida que praticamente não existia, porque nós não tínhamos expressão, nós não tínhamos como nos manifestarmos diante das nossas dificuldades, diante dos maus tratos. O pior CAPS é melhor que qualquer manicômio e eu quero mostrar a importância desse serviço contando a história de um personagem que está neste livro”, explica o autor.
O livro contará a história de uma criança de sete anos chamada Joana, que presencia o assassinato do pai e suicídio da mãe e acaba desenvolvendo a esquizofrenia por conta disso. Depois de 14 anos trancada num quarto nos fundos de uma usina de cana-de-açúcar, ela é levada ao manicômio, onde recebe maus tratos. Então, um médico decide criar uma ONG para dar um tratamento mais humanizado aos pacientes.
Para Marco, a realidade vivida dentro do manicômio ainda é muito escondida e, ao escrever o livro, o autor espera mostrar essa realidade e desestigmatizar a pessoa portadora de transtorno mental. “O que me inspirou foi mostrar a capacidade que toda pessoa que faz tratamento no CAPS tem e a importância de ela não se estagnar, de não achar que, por estar lá, não pode fazer mais nada”, afirma.
As experiências contadas no livro fazem referência direta ao que Marco passou durante o período em que ficou internado em clínicas, antes de entrar no CAPS. “Eu não aceitava o tratamento e o diagnóstico de esquizofrenia, é muito difícil, eu tinha uma vida social normal e ela foi partida ao meio. O cordão umbilical se desprende de você e você fica totalmente desprovido de qualquer possibilidade e perspectiva. Eu cheguei a ser internado em clínicas e passei por muitos maus tratos lá e, dentro do CAPS, eu pude perceber o diferencial de atendimento à pessoa portadora de transtorno”, concluiu.
Enviada pela ascom PMA
Foto: Ana Lícia Menezes
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