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01/06/12 | 02:41h (BSB)

Henri Clay: Déda afronta direitos legais e históricos dos professores

Ancorado pelo jornalista e radialista Paulo Sousa, o programa Jornal da Tarde, edição desta quinta feira, dia 31, abriu espaço para que o ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil seccional em Sergipe (OAB/SE), Henri Clay Andrade, comentasse a polêmica criada em torno da greve dos professores da rede pública, que já dura 45 dias. Henri Clay apontou aspectos jurídicos que comprovam a legalidade do protesto. Para ele, as atitudes do governado Marcelo Déda (PT) são duras e desrespeitosas. "O sindicato (Sintese) está certo política e juridicamente quando reivindica. A greve é um direito dos trabalhadores. O sindicato está certo quando diz que os 22,22% têm que ser para toda categoria porque se não for para toda categoria, como o governador do estado tem dito. Ele está de forma bem direta afrontando os direitos legais e históricos conquistados por essa categoria, que são os direitos da carreira. Está modificando a carreira para criar um discurso", critica o ex-presidente.

 

Sobre a acusação feita pelos diversos entrevistados, que disseram que Déda estaria jogando a sociedade contra os professores, a exemplo de dirigentes do sindicato e deputados, Henri Clay Andrade diz que não pode afirmar, mas que o discurso proferido pelo governador de Sergipe dá a entender que essa é a sua intenção. "Nesses últimos dias, o governador tomou uma atitude conservadora não condizente com a sua história, e tem revoltado a categoria e a própria sociedade. Os alunos é que estão aí há 45 dias sem aula, e muitos desses alunos, muitos pais estão aqui na praça Fausto Cardoso prestando solidariedade ao Sintese pela sua luta. Não sei se essa é a intenção, mas o discurso leva a isso. Do meu ponto de vista, é uma forma muito conservadora, muito dura e inábil e isso tem radicalizado o movimento e tem sido ruim pra todos", afirma.

 

O ex presidente da OAB também se pronunciou a respeito da declaração do governador, que pediu aos professores que entrassem na Justiça, caso achassem que estavam corretos em suas reivindicações. "Aprendi na militância sindical que o sindicato de luta prioriza o movimento reivindicatório, a negociação coletiva, a autonomia sindical da classe trabalhadora. Essa é a forma leal com os princípios da esquerda e da classe trabalhadora, constitucionalmente o Sintese tem duas opções: em determinado momento fazer a greve quando necessário, que é o caso, ou ajuizar ação só que isso é a última hipótese porque sabemos que o judiciário demora", retrucou Henri Clay.

 

Taxistas

 

Outra questão que anda em constante debate no programa Jornal da Tarde é dos problemas enfrentados pelos taxistas da capital sergipana. No programa desta quinta, o radialista Paulo Sousa conversou com presidente da Associação dos Trabalhadores em Taxis de Aracaju, Adriano Oliveira. Durante a entrevista, Adriano disse que a SMTT tem sido omissa em relação aos clandestinos. "São duas questões preocupantes, hoje: o número de clandestinos que cresce a cada dia e a segurança. Sobre a questão dos clandestinos, temos que responsabilizar: isso é omissão da SMTT. Nós sabemos que a SMTT é o órgão fiscalizador e quem gerencia o trânsito de Aracaju. Então, não pode existir esse tipo de transporte, porque se sabe que existe taxi lotação no Santa Maria, taxi lotação na Coroa do Meio e, agora, também no Augusto Franco em torno de 15 a 20 carros. São carros particulares prestando serviço ilegal de taxi lotação por omissão da SMTT", denuncia.

 

Em relação à segurança, Adriano acredita na nova gestão do comandante da Polícia Militar de Sergipe, coronel Maurício Iunes, e pede a volta da fiscalização nas principais entradas e saídas da cidade. "Nós estamos apostando que o novo comandante venha com um projeto para resolver não só a situação dos taxistas de Aracaju, mas também dos trabalhadores de ônibus e de toda população. Hoje não tem um projeto emergencial que venha trazer segurança para esses profissionais de taxis. As barreiras que existiam na saída e na entrada de Aracaju funcionavam e, hoje, não funcionam mais. A Polícia Rodoviária Federal não pára nenhum taxi. Era bom que voltasse esse tempo, que colocassem barreiras, porque só existem mesmo três entradas principais na capital: uma pela BR, outra por Socorro e tem a da Barra dos Coqueiros, onde, inclusive, já existe um ponto da CPTran. Seria bom que parassem. É diferente de você profissional levar o carro até a polícia, vai gerar um desconforto com o cidadão, passageiro", coloca Adriano.

 

O programa Jornal da Tarde vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 17h às 19h, na Ilha FM, com apresentação de Paulo Sousa e reportagens de Robson Santana.

 

Por Mariana Ventura

 



28-04-2024
 

 

 

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