"Sergipe passa por um processo ainda muito embrionário de desenvolvimento de Segurança Pública. Nós não trabalhamos o grupo, a corporação. E o resultado disso é que nós não conseguimos frear a violência, que cresce em números absolutos e relativos". A afirmação é de Antonio Moraes, presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Sergipe (Sinpol/S, na tarde desta quinta-feira (24), ao lamentar que Sergipe fique como 5º estado mais violento do país.
A consideração foi feita pelo sindicalista, durante entrevista concedida ao jornalista Carlos Batalha, no programa Batalha na TV, na TV Cidade, onde afirmou que "para se combater a violência e diminuir os índices de criminalidade, precisamos melhorar a gestão da polícia".
Moraes defende que é preciso encarreirar as corporações, onde os profissionais possam ser promovidos e valorizados. "Polícia Civil, Polícia Militar e Bombeiro Militar precisam ter carreira, para que esse profissional possa ascender ao posto de comando e, com experiência e qualificação, trazer novos modelos gestacionais. Infelizmente, nossas corporações, que são sempre comandadas pelas mesmas pessoas, estão estagnadas e não crescem, não se capacitam e nós, entra governo e sai governo, ficamos com o mesmo modelo de segurança pública", avaliou.
Antonio Moraes defendeu, mais uma vez, a desburocratização da PC diante da figura do delegado, interiorizando a PC através da delegação de funções e recriminou a espetacularização midiática. "Agora estão falando da Operação Visibilidade. Eu, como cidadão, não quero apenas ver a PM, eu quero perceber a PM constantemente na prevenção. E eu preciso ver a minha PC na investigação", disse o sindicalista.
Moraes afirmou que, apesar de não ter saído na pesquisa que aponta Sergipe como o 5º mais violento do país, "há um índice muito elevado de pessoas que não acreditam na polícia e que sequer vão registrar boletins de ocorrência. Isso acontece por falta de resolutividade nas investigações", lamentou.
Questionado, Antonio Moraes afirmou que há uma competitividade entre PC e PM. O sindicalista explica que isso acontece por conta de não haver um marco regulatório. "Não há, por exemplo, uma Lei Orgânica Nacional para a PC e nem para a PM. Não há um marco regulatório, então, cada unidade da federação passa a fazer o que quer. Nós somos a polícia da espetacularização, a polícia dos mutirões. O modelo está falido", concluiu.
Por Ju Gomes do Sinpol
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