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19/10 | 22:38h

Lombalgia: prevenir ainda é o melhor remédio

A lombalgia representa uma das principais queixas de quem procura os ambulatórios de fisioterapia de todo o mundo. De acordo com o 1° Consenso Brasileiro Sobre Lombalgias e Lombociatalgias, as dores lombares atingem cerca de 80% das pessoas em algum momento da vida, além de sobrecarregar a previdência social e o sistema público de saúde.

Diariamente, e de forma progressiva, é possível encontrar pacientes que deixam de realizar suas atividades, desde as mais simples da vida diária até as trabalhistas devido às limitações funcionais que essas dores produzem. O diagnóstico da lombalgia se baseia, de forma geral, nos sintomas e sinais do paciente em questão. Apesar de ser um problema tão constante, seu estudo aprofundado ainda é um grande desafio tendo em vista a difícil associação de seus fatores causadores.

Dentre os fatores que desencadeiam e tornam a dor lombar crônica estão: a obesidade, o tabagismo, a rotina em atividades que exijam grandes esforços, os hábitos posturais, além do fator genético. Analisando os fatores que tornam a dor lombar crônica, podem ser encontrados vários problemas de saúde pública que, se combatidos através de programas preventivos, diminuem o alto índice de afastamento laboral, por exemplo. Entretanto, o estabelecimento de atividades de combate à instauração de síndromes como a lombalgia ainda é uma problemática para a Saúde Pública.

Cita-se o caso, por exemplo, de várias empresas que tem a alta produtividade como principal foco e que acabam sobrecarregando seus funcionários com atividades que exigem um esforço exagerado da musculatura lombar sem oferecer pausas regulares. Outro grande problema de saúde pública e que também é um agravante da dor lombar é a obesidade. A distensão abdominal encontrada em obesos produz efeitos extremante indesejáveis em pacientes que apresentam lombalgia: a dor torna-se crônica e o tratamento torna-se cada vez mais complexo.

Quando se fala em maus hábitos, convém lembrar a necessidade da adoção de medidas simples no dia a dia, mas que auxiliam na diminuição das lombalgias. A redução de peso transportado nas bolsas e mochilas, um local de trabalho adequado e atividade física voltada para o alongamento e fortalecimento muscular orientada por profissional atuam como excelentes meios de prevenção da lombalgia em todas as idades.

A lombalgia constitui um sério problema de saúde pública que, vista apenas como uma queixa de rotina, não é entendida pela maioria da população e alguns profissionais como um caso a ser combatido desde a raiz. É necessária a propagação de medidas de prevenção assim como as feitas com outras doenças de grande conhecimento de todo o mundo. Uma grande colaboração para o tratamento das lombalgias foi o programa criado na década de 70, na Suécia, e que recebeu o nome de “Back School” ou Escola da Coluna que mais tarde foi difundida pelo mundo. No Brasil, esse programa foi organizado e desenvolvido com excelência pela Divisão de Medicina da Reabilitação do Hospital das Clínicas de São Paulo FMUSP.

A lombalgia possui seus efeitos reduzidos nos vários programas de reabilitação, que deveriam ser aplicados não somente com os sintomas já instaurados, mas de forma primária, como o programa “Back School” supracitado, que se baseava em informações, aconselhamentos e treinamentos. Afinal, prevenir ainda é o melhor remédio.  

Drª Leila Lessa é fisioterapeuta generalista formada pela Universidade Estácio (Faculdade de Alagoas – FAL), pós-graduada em Docência do Ensino Superior pela Universidade Paulista (UNIP/São Paulo), especializando em Acupuntura – Medicina Tradicional Chinesa, e colunista do Portal Na Política.

 

Email: leilalessa@gmail.com




04-05-2024
 

 

 

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