Na apresentação, Pazuello também informou que, ainda em fevereiro, serão enviadas para todo o país mais 4,7 milhões de doses das vacinas, produzidas pela Fiocruz e Instituto Butantan. De acordo com o ministro, a perspectiva é entregar, até julho, cerca de 200 milhões de doses, número que dobrará, até o final do ano, alcançando a marca de 450 milhões de doses.
“Essa reunião representa um avanço, porque o ministério apresentou o planejamento para quem coloca a vacinação em prática, que são os municípios. São as prefeituras que recebem, diariamente, toda a pressão da sociedade para a vacinação, então é preciso que nós, prefeitos, saibamos com clareza o que vai ser feito. As cidades têm capacidade para vacinar. A gente só precisa receber as doses”, destacou Edvaldo.
Durante sua participação, o prefeito reforçou a importância de o ministério instituir regras claras para a definição de cada público em todas as fases da campanha de vacinação. “É fundamental que o ministério defina os critérios e envie para as prefeituras. Em Aracaju, por exemplo, estamos seguindo as diretrizes estabelecidas pelo governo federal, mas acredito que elas precisam ficar mais claras, sem deixar brechas para interpretações que sejam prejudiciais. Os municípios precisam se preparar com antecedência”, reiterou.
Edvaldo defendeu a inclusão dos professores na etapa de março, uma vez que as escolas municipais retornarão suas atividades presenciais no dia 22 do próximo mês. “É preciso que tenhamos, já na primeira semana, a definição sobre a inclusão dos professores na fase, com a informação de quantas vacinas serão disponibilizadas para a categoria”, frisou.
Planejamento
Ao detalhar o cronograma de entregas, o ministro da Saúde também informou que, pelo planejamento do governo federal, deverão ser produzidas, diariamente, a partir do dia 24 de fevereiro, 800 mil doses de imunizantes, com expectativa de ampliar, já em março, para 1,2 milhão de doses diárias.
De acordo com Pazuello, no mês de março, serão produzidas e importadas 37,9 milhões de doses das vacinas. Já em abril, serão 47,2 milhões de imunizantes. Em maio, 34,6 milhões. No mês seguinte, serão mais 34,6 milhões de doses das vacinas. Estes números, conforme apresentou o ministro, consideram tanto as doses produzidas no Brasil quanto as que estão sendo negociadas com outros países.
“O quantitativo vindo de fora não nos atende enquanto população, que é de 210 milhões de habitantes. Elas são complementares. Ou o Brasil produz vacina ou não conseguiremos imunizar a população”, afirmou Pazuello, acrescentando que, além da imunização contra a covid-19, o Ministério da Saúde antecipará em um mês a vacina contra a Influenza nas regiões Norte e Nordeste.
Participaram da reunião os prefeitos Jonas Donizette (Campinas/SP), Duarte Nogueira (Ribeirão Preto/SP), Rafael Greca (Curitiba/PR), Bruno Reis (Salvador/BA), David Almeida (Manaus/AM), Edmilson Rodrigues (Belém/PA), Sebastião Melo (Porto Alegre/RS) e Emanuel Pinheiro (Cuiabá/MT).
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