A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde da Câmara Municipal de Aracaju (CMA) esteve na manhã desta sexta-feira, 4, visitando o Hospital São José. Recebidos pelo gerente geral, Fúlvio Leite e a advogada Caroline Teixeira, os vereadores constataram que, diferente das outras instituições inspecionadas, sobram leitos na unidade.
Além dos leitos vazios, os dirigentes do São José relataram aos parlamentares que a entidade nunca consegue cumprir a meta estabelecida no contrato. Segundo eles, todos os meses sobram vagas porque os pacientes não são encaminhados e o hospital não é solicitado para fazer os procedimentos oferecidos.
“Enquanto há filas quilométricas em outras unidades, o São José não é requisitado para cumprir o que foi pré-estabelecido no contrato. Estamos diante de um absurdo. A população sofre por falta de atendimento e encontramos leitos vazios. No mesmo hospital ouvimos uma paciente que foi atendida na unidade de Saúde da Soledade, dois anos depois vai realizar a cirurgia, porque só agora conseguiu uma vaga. Isso é inadmissível”, relatou o presidente da CPI, Seu Marcos (PHS).
Outros questionamentos
O vereador Isac Silveira (PCdoB) fez um apanhado geral sobre o cenário encontrado no São José. “O que parece é que o hospital é pouco solicitado. Existe uma diferença no atraso dos pagamentos pelo que percebemos. A unidade visitada hoje é a última a ser paga. Nunca tem a meta de cirurgias atingida e a ala do SUS não tem muitas demandas. No mínimo algo muito suspeito. Vamos chamar a diretoria, técnicos e analisar toda a documentação para tentar entender", destacou o relator.
Já para Cabo Amintas (PTB) está claro a questão da política adotada pelos secretários responsáveis pela Saúde. “Moeda de troca. O São José não faz política ou, faz pouca política. Não aceita participar de esquema e por isso é o último a receber, realiza poucos procedimentos e recebe o mínimo. Fica claro: politicagem”, relatou o parlamentar.
Para Jason Neto (PDT) todas as informações devem ser apuradas e confrontadas com as demais instituições. “Temos os contratos em mãos, precisamos saber o que difere. Quais são os serviços oferecidos, quanto é pago por eles. Tudo vai ser investigado. Mas, encontramos outra realidade neste hospital”, alertou.
Da Ascom
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