Em entrevista, na última sexta-feira, líder do Governo no Congresso Nacional, André Moura (PSC-SE) admitiu dificuldades enfrentadas pelo presidente Michel Temer ainda em ‘decorrência das pedaladas fiscais praticadas na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff (PT)’, para justificar o aumento de impostos.
– A população certamente tem dificuldade de entender qualquer reajuste, porém, trata-se de uma medida necessária para manter a responsabilidade fiscal e a meta da inflação. A recessão ainda é grande, em decorrência das pedaladas, com um número alto de desempregados no país. Mas os índices começam a melhorar”, justificou.
Questionado se a liberação de emendas parlamentares num momento de crise não seria uma ação para garantir votos no Parlamento, o líder lembrou da vocação do presidente Temer para a interlocução: “Após a reabertura do diálogo do governo com os parlamentares, e também para cumprir as emendas impositivas, têm sido realizados desembolsos de acordo com um cronograma. Começamos pelas emendas de 2010 a 2014, depois de 2015 e agora chegamos a 2016. Até o final do ano serão liberados R$ 6 bilhões. Agora, se fosse apenas por votos no Senado e na Câmara dos Deputados, as emendas da oposição não estariam inclusas”, ponderou.
Sobre como a impopularidade do atual governo afeta seus planos futuros, André Moura admitiu a crise de imagem, mas garantiu haver benefícios: “Sem dúvida, ao promover medidas necessárias mas impopulares para resolver os problemas do País, o governo sofre rejeição. A população, porém, já enxerga mudanças positivas, como a inflação em queda e os empregos voltando. No caso de Sergipe, temos conseguido liberar verbas como nunca nas duas últimas décadas. Nosso Estado tem sido privilegiado pelo Governo Federal e, tenho a certeza, o povo reconhece isso”.
Cobrado sobre os repasses dessas verbas, o parlamentar pontou o estágio dos processos. “Dos pleitos solicitados a mim pelo governador Jackson Barreto, as obras da BR-101 [trecho Propriá/Capela] já foram retomados; a reforma e ampliação do Aeroporto de Aracaju começam até novembro, com prazo de conclusão das obras em dez meses; e, para o Canal Xingó, a verba já está disponibilizada e a licitação para o projeto do primeiro trecho está em andamento. Em resumo, o que me foi pedido por ele e pelo prefeito Edvaldo Nogueira [Aracaju] foi feito”, disse.
André Moura tratou ainda do processo sucessório de 2018 e frisou a importância de ouvir todas as lideranças para saber quem será o candidato da oposição. “No momento certo, através do diálogo, do discernimento e do desprendimento dos homens públicos do nosso grupo, apresentaremos um projeto novo de governo para Sergipe. A escolha do nosso candidato será feita ouvindo todas as lideranças, prefeitos, vereadores. A partir dessas conversas, apresentarmos um nome que reúna as condições políticas necessárias para enfrentar uma eleição difícil, mas que se mostra mais favorável à oposição, porque a população quer mudança, quer um governo mais presente”, finalizou.
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